A Folha publica, sem dizer o nome do alvo que a “Bolsa cai quase 1% com rumores de delação premiada contra presidenciável” acrescentando que o dólar, que abriu a R$ 3,717 e chegou a cair para R$ 3,704, fechou em alta de 0,93%, cotado a R$ 3,767″.
Manchete onde se conta o milagre sem dizer o santo, no meu tempo, não era jornalismo mas, vá lá, mudaram os tempos e não mudei eu.
Para saber do que se trata o distinto leitor e a aguda leitora têm de ir à página do Valor – que já pertenceu à Folha – para saber que o santo, provavelmente é aquele que recebeu este codinome na suposta lista de propinas da Odebrecht, embora não se diga, expressamente.
Lá, na capa, diz-se que a “Defesa de ex-presidente da Dersa da gestão Alckmin nega delação” (premiada). Contra o candidato do PSDB, é óbvio, pois a Folha aceitou um “segredo de Polichinello”.
Preso e denunciado por corrupção no trecho Norte do Rodoanel, o ex-diretor-presidente da Desenvolvimento Rodoviário S/A (Dersa) e ex-secretário de Transportes no governo Geraldo Alckmin (PSDB) Laurence Casagrande Lourenço não está em tratativas para um acordo de delação premiada, segundo sua defesa. “Negamos categoricamente que Laurence Lourenço esteja negociando acordo de colaboração premiada”, afirmou o advogado Eduardo Carnelós em nota enviada por sua assessoria de imprensa.
Ao Estadão, a defesa chega a usar a expressão “mentira nojenta” sobre a delação.
Haja ou não tratativa para isso, o fato deixa claro que há forças se movendo no submundo da Polícia Federal ou do Ministério Público (ou de ambos) cuidando de preparar munição contra o ex-governador paulista, que adotou a estratégia de partir para cima de Jair Bolsonaro.
Naquelas áreas, como se sabe, não faltam “míticos” e não inofensivos como os “minions”.
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