sexta-feira, 17 de agosto de 2018

Eles só pensam no Lula

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

É um furor a corrida para ver quem é que ganha o “privilégio” de impugnar a candidatura Lula.

Está ficando interessante a composição da tropa de oportunistas que querem tirar uma “casquinha” do TSE para se promoverem como “aquele que tirou Lula das urnas., para ficar à frente.

Raquel Dodge não se constrangeu em seguir a “nau dos apressados” capitaneada por Kim Kataguiri e Alexandre Frota e, por fazer ontem uma representação às pressas, remendou-a hoje.

As propostas trabalhistas de "Bolsanaro"

Por João Guilherme Vargas Netto

As propostas trabalhista e sindical registradas pelo candidato "Bolsanaro" na Justiça Eleitoral e que fazem parte de seu programa de governo, totalmente submisso a Paulo Guedes, representante da bolsa, da banca e dos rentistas, são um ultraje à história de resistência e de organização dos trabalhadores. Merecem repulsa.

Reativando antigas propostas neoliberais e agravando ainda mais os efeitos danosos da lei trabalhista celerada compactuam com uma maior desorganização sindical e agridem de maneira letal a própria Constituição.

Carta aos companheiros em greve de fome

Por Pedro Tierra, no site Carta Maior:

"Ensinam lutas antigas que os poetas eram chamados a banhar com os unguentos da palavra a alma dos combatentes feridos. E distribuir sementes de fogo para acender e alumiar o coração dos que voltavam à frente de batalha.

Alguns poetas, ao longo da vida, se moveram no front e se confundiram entre homens e mulheres à luz das fogueiras dos acampamentos. Há quem diga que para isso servem os poemas: para acender as fogueiras dos acampamentos..." (*).

Moro, Dodge e a ditadura em tempo real

Por Jeferson Miola, em seu blog:

O arbítrio e a exceção jurídica caracterizam uma ditadura. A ditadura pode ser militar, civil-militar ou, ainda, jurídico-midiática, como a ditadura instalada com o golpe de 2016 com o impeachment fraudulento da Presidente Dilma.

O chefe da polícia federal revelou, pouco mais de 1 mês da arbitrariedade ocorrida no domingo de 8 de julho, que recebeu ordens criminosas da procuradora-geral da república [Raquel Dodge] e do presidente do tribunal de exceção da Lava Jato [Thompson Flores] para descumprir mandado de soltura concedido por juiz federal a Lula.

Para os que pretendem votar em Bolsonaro

Por Antônio Augusto de Queiroz e Luiz Alberto dos Santos, no site do Diap:

Parcela do eleitorado - indignada com a situação do País, enfurecida com a corrupção e com a violência - tem sede de vingança. E esse sentimento aproxima essas pessoas do candidato Jair Messias Bolsonaro, que não faz outra coisa na vida senão reforçar esse sentimento de revolta nas pessoas.

Quando um agente político identifica uma situação de desconforto e recomenda punição para os supostos responsáveis por ela, esse gesto o aproxima das pessoas que estão incomodadas com a situação, fazendo-as imaginar que esse diagnóstico comum é suficiente para fazer desse agente político seu representante no Congresso ou no Poder Executivo. O “messianismo”, ou a crença na vinda de um salvador ou redentor, caído do céu, imaculado e justiceiro, para libertar o povo de seus males, é fato na cultura da Humanidade, mas, ao mesmo tempo, pode gerar a alienação dos indivíduos quanto a serem, eles mesmos, os agentes para a solução dos problemas identificados.

Abril foi vítima do capitalismo de compadrio

Por Carlos Fernandes, no blog Diário do Centro do Mundo:

O grupo Abril entrou nessa quarta (15) com um pedido de recuperação judicial junto à justiça de São Paulo. Trata-se de um dispositivo legal que visa socorrer empresas com situações financeiras falimentares.

Segundo nota oficial do grupo, as dívidas englobadas nesse processo somam a importância de R$ 1,6 bilhão. Mas não é tudo.

Segundo Marcos Haaland, da consultoria Alvarez & Marsal, que assumiu o controle, ainda existem outros passivos que, por características próprias, devem seguir outras formas de negociações com os seus credores.

O discurso que legitima o feminicídio

Por Luciana Ramirez da Cruz, no site Brasil Debate:

A polarização e as disputas por ideias são marcas da história política, social e econômica do Brasil, e está no centro dos debates sobre os rumos e caminhos que decidiremos em outubro próximo. Essa polarização explodiu nas manifestações de junho de 2013 e desde ali estamos numa guerra declarada sobre o que queremos como projeto nacional. Foi ali que os grupos que representam os maiores retrocessos para um projeto de desenvolvimento do país com inclusão e justiça social encontraram ressonância e lideranças que mostraram que o Brasil não só é um país cheio de conflitos, mas também que os direitos e as leis são dinâmicas e estão em constante mudança, a depender da correlação de forças que se apresentam. De forma simplificada, foi nessas tensões e conflitos de interesses que presenciamos o golpe em que vivemos desde 2016, com o impeachment da presidenta Dilma Rousseff.

Intervenção no RJ produz resultados pífios

Por Rodrigo Gomes, na Rede Brasil Atual:

Metas descumpridas, nenhuma ação significativa de inteligência policial, aumento da criminalidade e da violência em várias regiões, investigação ineficiente e falta de transparência. Esse é o resultado da intervenção federal na segurança pública do estado do Rio de Janeiro após seis meses de operações que mobilizaram milhares de soldados do Exército e agentes policiais militares e civis, segundo o relatório Vozes sobre a Intervenção, divulgado na manhã de hoje (16) pelo Observatório da Intervenção, uma iniciativa do Centro de Estudos de Segurança e Cidadania (Cesec) da Universidade Cândido Mendes.

quinta-feira, 16 de agosto de 2018

Mídia prepara sua artilharia contra Haddad

Brasília, 15/8/18. Foto: Ricardo Stuckert
Por Altamiro Borges

Num país devastado por um golpe, onde imperam várias práticas de um típico estado de exceção, já há consenso de que as eleições deste ano serão atípicas. A tendência é que a disputa seja a mais agressiva e violenta dos últimos tempos. A mídia monopolista, por motivações políticas e também de sobrevivência econômica – já que seu modelo de negócios está falido –, tentará ocupar um espaço ainda mais saliente nesse embate. Ela usará sua artilharia pesada para interferir nos destinos da nação.

Bolsonaro surfa na onda do ceticismo

Por Eliana Alves Cruz, no site The Intercept-Brasil:

Está na pesquisa deste ano sobre o Índice de Confiança Social, do Ibope Inteligência: numa escala de 0 a 100, o nível de confiança da população brasileira na instituição “presidente da República” é de 13 pontos. É o pior desempenho em uma década e ocupa o último lugar da lista – uma pontuação ruim nunca vista para nenhuma instituição.

Em um cenário de tão baixa estima pela cadeira presidencial, o que importa quem a ocupa? Talvez isso explique, em parte, por que há perfis tão distintos na liderança das intenções de votos. A sondagem mais recente feita pela Paraná Pesquisas, divulgada hoje, aponta Jair Bolsonaro na liderança, com 23,9%, sem o ex-presidente Lula no páreo. Marina Silva, Ciro Gomes e Geraldo Alckmin disputariam ir ao segundo turno. Considerando Lula na briga pela presidência, ele lidera com 30,8% das intenções de votos.

Temer detona Alckmin, o governista

Por Ricardo Kotscho, em seu blog:

O presidenciável tucano Geraldo Alckmin sofreu nesta quinta-feira o mais duro ataque à sua candidatura, depois da aquisição do Centrão para aumentar seu tempo de TV.

Pesquisa após pesquisa, o candidato governista não sai do lugar, mas agora vai ficar ainda mais difícil desempacar: em entrevista exclusiva a Bruno Boghossian, da Folha, Michel Temer abriu o jogo que Alckmin tentava esconder.

A manchete da página A10 (não saiu nem chamada na capa), já diz tudo:

“Quem o governo apoia? Parece que é o Alckmin, né?”

Lula “está” candidato

Por Tereza Cruvinel, no Jornal do Brasil:

O PT protocolou ontem, depois de registrar a candidatura do ex-presidente Lula no TSE, requerimento ao tribunal para que lhe seja garantida a participação no debate de sexta-feira, 17, na RedeTV. Embora reivindicação semelhante tenha sido negada por ocasião do debate na TV Bandeirantes, agora as coisas mudaram de figura.

Desde ontem, Lula “está” candidato. Só deixará de sê-lo a partir da impugnação de sua candidatura.

E como a lei eleitoral manda que os organizadores de debates convidem todos os candidatos cujos partidos tenham mais de cinco deputados, advogados do PT argumentam que agora sua participação é obrigatória.

Mídias escondem milhares em Brasília

A greve de fome contra a prisão de Lula

Foto: Matheus Alves
Por Beatriz Cerqueira, no site Jornalistas Livres:

Depois de 15 dias de greve de fome, Frei Sérgio entrou naquele suntuoso espaço acompanhado por um médico e recebendo auxílio para se deslocar. Ele, Adolfo Perez Esquivel (prêmio Nobel da Paz) e uma delegação composta por representação dos movimentos sociais, Igrejas, uma deputada do Podemos/Espanha, artistas e juristas fomos todos recebidos pela Presidente do STF, Carmen Lúcia. Para defender a liberdade do Presidente Lula.

Carta de Lula no registro da candidatura

Por Luiz Inácio Lula da Silva, em seu site:

Registrei hoje a minha candidatura à Presidência da República, após meu nome ter sido aprovado na convenção do PT, com a certeza de que posso fazer muito para tirar o Brasil de uma das piores crises da história. A partir dessa aprovação do meu nome pelas companheiras e companheiros do PT, do PCdoB e do PROS, passei a ter o direito de disputar as eleições.

Há um ano, um mês e três dias, Sérgio Moro usou do seu cargo de juiz para cometer um ato político: ele me condenou pela prática de “atos indeterminados” para tentar me tirar da eleição. Usou de uma “fake news” produzida pelo jornal O Globo sobre um apartamento no Guarujá.

A direita e a esquerda do cérebro

Por João Paulo Cunha, no jornal Brasil de Fato:

A mobilização em torno da eleição presidencial se justifica. O país vive uma encruzilhada perigosa e o abismo entre o aprofundamento das contrarreformas e a retomada da democracia é preocupante. A direita, mesmo desarticulada, tem uma plataforma única: retirada de direitos, entreguismo, submissão ao mercado financeiro e diminuição do teor de democracia, com perseguição a movimentos populares, militarização da questão social e garantia do monopólio midiático.

Moro produz prova de que persegue Lula

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

O juiz Sergio Moro acaba de produzir prova inquestionável de que persegue resultados po-lí-ti-cos contra o ex-presidente Lula. Nesta quarta-feira, 15 de agosto de 2018, Moro decidiu suspender o trâmite de processos judiciais que conduz contra Lula sob “argumento” que não encontra guarida alguma no código de processo penal: para não dar voz àquele que acusa.

O juiz federal Sergio Moro passou de setembro para novembro o interrogatório do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no processo do sítio de Atibaia. Moro alegou que a data inicial, 11 de setembro, coincide com o período de campanha eleitoral.



Um dia para ficar na história

Editorial do site Vermelho:

Agosto é encarado tradicionalmente como o mês do azar, má fama que aumentou na história política brasileira desde que foi nesse mês que Getúlio Vargas foi levado ao suicídio (no dia 24) pela campanha maledicente e golpista da direita; e foi nele também que Jânio Quadros tentou montar um golpe, que não deu certo, e sua renúncia à presidência da República ocorreu no dia 25 de agosto.

A visita do secretário de Defesa dos EUA

Por Luana Forlini, no site da Fundação Perseu Abramo:

No dia 13 de agosto, o governo brasileiro recebeu a visita do secretário de Defesa dos Estados Unidos, general James Mattis, que se reuniu com os ministros da Defesa e das Relações Exteriores, respectivamente, General Joaquim Silva e Luna e Aloysio Nunes. Após a parada no Brasil, Mattis também irá a outros países da América do Sul, como Argentina, Chile e Colômbia.

Carreirismo de Doria divide a base do PSDB

Por Rodrigo Martins, na revista CartaCapital:

Há quase dois anos, o tucano João Doria conseguiu um feito surpreendente. Elegeu-se prefeito da capital paulista em primeiro turno, com pouco mais de 53% dos votos válidos, algo que não ocorria desde 1988. Vestindo a fantasia de hábil “gestor”, investiu na campanha 3 milhões de reais do próprio bolso, além de surfar na onda do antipetismo que embalou o impeachment de Dilma Rousseff.