Por Martín Granovsky, no site Carta Maior:
A jornada de 36 horas de protestos, incluindo uma greve geral de 24 horas, configuram um cenário que pode ser lido através de cinco temas essenciais:
1) A comunhão entre as organizações sindicais foi superior às suas diferenças. As duas vertentes que utilizam a sigla CTA (Central de Trabalhadores Argentinos) convocaram juntas uma jornada de protestos, iniciada ao meio dia da segunda-feira (24/9), finalizando à meia-noite que inicia a quarta (26/9). Contou com a adesão do setor da Confederação Geral do Trabalho (CGT) liderado pelos caminhoneiros Hugo e Pablo Moyano, e que também conta com o apoio da Corrente Federal, que inclui, entre outros, os bancários de Sergio Palazzo, os professores particulares de Mario Almirón e María Lázzaro, e os supervisores de eletricidade de Carlos Minucci. Todos eles criaram, na semana passada, uma nova iniciativa, a Frente Sindical para o Movimento Nacional, com uma característica: os membros dessa frente que estão na CGT não formaram uma central nova. A CGT, dirigida pelo triunvirato Héctor Daer, Carlos Acuña e Juan Carlos Schmid, preferiu aderir somente às 24 horas de greve durante a terça-feira, ao menos oficialmente. Mas é o suficiente para dizer que nem todos os setores estavam presentes na manifestação desta segunda – mas quase isso.