Por Luiz Carlos Bresser-Pereira
Neste Dia da Consciência Negra (20 de novembro) quero fazer minha homenagem aos negros brasileiros apresentando minha visão do imperialismo moderno, que se realiza através de sansões econômicas e hegemonia ideológica – com a conivência de nossas elites periféricas dependentes. Minha visão da dominação moderna, neoliberal, que tem como principais prejudicados no Brasil seu povo negro.
Neste Dia da Consciência Negra (20 de novembro) quero fazer minha homenagem aos negros brasileiros apresentando minha visão do imperialismo moderno, que se realiza através de sansões econômicas e hegemonia ideológica – com a conivência de nossas elites periféricas dependentes. Minha visão da dominação moderna, neoliberal, que tem como principais prejudicados no Brasil seu povo negro.
O imperialismo moderno – dos países ricos ou industriais – sobre os demais países ou sociedades pré-capitalistas passou por fases desde que foi inaugurado pelo Reino Unido e pela França em meados do século XIX. Só então, depois de haverem realizado sua revolução industrial e capitalista, esses países tiveram forças suficientes para dominar os impérios tradicionais da Ásia e da África e reduzi-las à condição de colônia, na Índia, por exemplo, ou de quase-colônia, na China. Antes disso, no século XVI, Espanha e Portugal, no quadro do mercantilismo, precisaram de menor poderio econômico e militar para conquistar as sociedades primitivas ou pouco desenvolvidas da América Latina.