Por Tarso Genro, no site Sul-21:
O velho Kant não deixaria por menos se escrevesse sobre o Presidente Bolsonaro. Usaria certamente a sua definição da “Crítica da Razão Prática” de “fanatismo moral”, para caracterizá-lo como pessoa que pensa estar fazendo o bem, “por inspiração, por entusiasmo, por um impulso que naturalmente satisfaça sua própria natureza”, que tem o direito de “substituir a virtude, que é a intenção moral em luta” (…) pela “santidade, de quem se crê possuído pela pureza perfeita das intenções da vontade”. O fanático moral se imagina um santo e portanto se julga um ser superior que pode celebrar a tortura, adorar a morte e chamar de idiotas àqueles que a ele se opõem dentro do rito democrático.
O velho Kant não deixaria por menos se escrevesse sobre o Presidente Bolsonaro. Usaria certamente a sua definição da “Crítica da Razão Prática” de “fanatismo moral”, para caracterizá-lo como pessoa que pensa estar fazendo o bem, “por inspiração, por entusiasmo, por um impulso que naturalmente satisfaça sua própria natureza”, que tem o direito de “substituir a virtude, que é a intenção moral em luta” (…) pela “santidade, de quem se crê possuído pela pureza perfeita das intenções da vontade”. O fanático moral se imagina um santo e portanto se julga um ser superior que pode celebrar a tortura, adorar a morte e chamar de idiotas àqueles que a ele se opõem dentro do rito democrático.