Por Guilherme Boulos, na revista CartaCapital:
No 18 Brumário de Luís Bonaparte, Karl Marx citou a famosa frase de Hegel de que a história se repete e acrescentou: “A primeira vez como tragédia, a segunda como farsa”. E eis que o governo Bolsonaro, com seus arroubos e personagens grotescos, nos faz lembrar de um trágico período, nem tão distante, que parece ser a matéria-prima do enredo farsesco imposto ao Brasil de 2019.
Falemos do general Sylvio Frota, morto em 1996. Oficial graduado, foi ministro do Exército do ditador Ernesto Geisel, entre 1974 e 1977, quando o regime anunciava a transição “lenta, gradual e segura”. Frota talvez tenha sido o maior opositor da abertura democrática, que considerava uma traição ao “processo revolucionário”. Anticomunista, elaborou a famosa lista dos 97 “subversivos infiltrados no Estado” e passou a minar Geisel, a quem pretendia suceder e que considerava ideologicamente de esquerda.
Falemos do general Sylvio Frota, morto em 1996. Oficial graduado, foi ministro do Exército do ditador Ernesto Geisel, entre 1974 e 1977, quando o regime anunciava a transição “lenta, gradual e segura”. Frota talvez tenha sido o maior opositor da abertura democrática, que considerava uma traição ao “processo revolucionário”. Anticomunista, elaborou a famosa lista dos 97 “subversivos infiltrados no Estado” e passou a minar Geisel, a quem pretendia suceder e que considerava ideologicamente de esquerda.