quinta-feira, 17 de outubro de 2019

O Brasil na porta dos fundos da OCDE

Editorial do site Vermelho:

Há uma aparente pasmaceira no governo Bolsonaro. Sua equipe e seus apoiadores aparecem mais pela prolixia do que por ações concreta. Esse método de governar tem a ver com a esfera econômica, por ser o cerne do governo, mas ele é, na essência, ideológico. É a ideia que, na prática, traduz um determinado modelo econômico. Algo que lembra a tese de Lênin de que a política é a expressão mais concentrada da economia, sua generalização e fim. Ou, numa definição sucinta, qualquer ação do governo tem como base interesses econômicos.

Tributos, isenções e ajuste fiscal

Por Róber Iturriet Avila e João Batista Santos Conceição, no site Brasil Debate:

A Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) divulgada recentemente pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostra que 36,3% dos orçamentos familiares são gastos em habitação, 18,1% em transporte e 17,5% em alimentação. A POF ainda mostra que quase 25% da renda dos mais pobres vem de aposentadorias e programas sociais. Fator que retrata o quadro brasileiro, em que a redução de desigualdade de renda está mais atrelada aos benefícios previdenciários e aos gastos em saúde e educação que aos impostos diretos.

O nazismo e seus métodos na crise

Por Emiliano José, na revista Teoria e Debate:

Livros são o diabo. Você está em busca de uma coisa, vem outra. Estava correndo as páginas de História da Internacional Comunista, de Pierre Broué. O título me chama a atenção, página 653: “Eles entregaram a cidadela”. Diminuo o ritmo, leio com carinho. Vou lendo, lendo, e ligo com o Brasil, talvez equivocadamente, e o leitor há de me corrigir se achar estranho, ancorado em Marx, aquela história da tragédia e da farsa. Só comento para dividir minhas apreensões, nesses tempos em que dormir bem é uma conquista, pesadelos constituem parte do cotidiano.

Crise do neoliberalismo e o autoritarismo

As "distrações" dos criminosos da Lava-Jato

quarta-feira, 16 de outubro de 2019

TV por assinatura despenca no Brasil

Por Altamiro Borges

O jornalista Ricardo Feltrin postou no UOL nesta terça-feira (15) mais uma notinha que confirma a gravidade da crise da TV paga no país. “Ao mesmo tempo em que perde assinantes – e foram mais de 3,5 milhões nos últimos cinco anos –, a TV por assinatura obviamente também está perdendo consumo e público. Os últimos dados da Anatel apontam que há hoje no Brasil 16,3 milhões de domicílios com pontos de TV por assinatura. Cinco anos atrás esse número estava batendo a casa dos 20 milhões. Desde então só houve perda da base”.

Mídia esconde eleições na América Latina

Os militares e o projeto nacional

O "exército" de Bolsonaro no WhatsApp

Por Fred Melo Paiva, na revista CartaCapital:

“BOMBA. Olha aí o deputado Glauber Braga (PSOL-RJ) recebendo propina, ele mesmo que chamou o Ministro Sérgio Moro de ladrão. Divulguem sem dó pra esse bandido safado perder o mandato. Isso a Globo ainda não mostrou é em primeira mão. Divulguem (sic).” A mensagem, sempre esse primor no trato com a língua pátria, foi postada às 8 horas e 22 minutos da terça-feira, 8, no grupo de WhatsApp MG MILITANTES B17, encaminhada de outro grupo ou conversa privada. Seguiu-se então a prova do crime: o vídeo que mostra um senhor de meia-idade, flagrado pela câmera escondida, a enfiar maços de notas em sua farta cueca. 

Neoliberalismo: nova forma do totalitarismo

Por Marilena Chauí, no site A terra é redonda:

Tornou-se corrente nas esquerdas o uso de termos fascismo e neofascismo para descrever criticamente nosso presente.

Estamos acostumados a identificar o fascismo com a presença do líder de massas como autocrata. É verdade que, hoje, embora os governantes, não se alcem à figura do autocrata, operam com um dos instrumentos característico do líder fascista, qual seja, a relação direta com “o povo”, sem mediações institucionais e mesmo contra elas. Também, hoje, se encontram presentes outros elementos próprios do fascismo: o discurso de ódio ao outro – racismo, homofobia, misoginia; o uso das tecnologias de informação que levam a níveis impensáveis as práticas de vigilância, controle e censura; e o cinismo ou a recusa da distinção entre verdade e mentira como forma canônica da arte de governar.

A era da devastação no Brasil pós-golpe

Por Vitor Nuzzi, na Rede Brasil Atual:

A crise política no Brasil mostra uma democracia comandada pelo capital, para poucos, ou que nunca existiu de uma perspectiva histórica e social? Uma economista (Laura Carvalho), um filósofo (Vladimir Safatle) e um sociólogo (Ricardo Antunes) analisaram as mazelas brasileiras, sob diversos pontos de vista, no primeiro seminário do encontro Democracia em Colapso?, promovido pela editora Boitempo e pelo Sesc São Paulo. O evento, que tem apoio da RBA, começou ontem (15) e vai até sexta-feira (18), na unidade Pinheiros, na zona oeste da capital. Confira aqui a programação.

EUA tentam interferir na eleição da Bolívia

Por Leonardo Wexell Severo, de La Paz, Bolívia:

O presidente da Bolívia, Evo Morales, informou que logo depois de ter “enviado agentes da inteligência” para dar orientações à oposição ao seu governo, em julho deste ano, a Embaixada dos Estados Unidos decidiu apelar, financiando obras em troca de votos contra o Movimento Ao Socialismo (MAS) nas eleições do próximo domingo, 20 de outubro.

“Na semana passada eu convoquei o Encargado de Negócios da Embaixada dos Estados Unidos, apresentei os documentos, como este carro da Embaixada tem ido às comunidades dos Yungas de La Paz para oferecer pavimentação e asfalto, sempre e quando não apoiarem Evo”, denunciou o presidente.

Barão de Itararé repudia ataque de Ciro Gomes


Com o país conflagrado entre a extrema-direita e o bloco democrático de centro-esquerda, Ciro Gomes escolheu o oportunismo.

Filiado a um partido que integra o campo progressista, o PDT, Ciro parece cada vez mais prisioneiro da estratégia que traçou para si mesmo, desde o segundo turno da eleição de 2018, quando se refugiou em Paris evitando enfrentar a candidatura neofascista.

Acredita, talvez, que ocupará assim o espaço, entre o centro e a direita, deixado vazio pelo desmoronamento do PSDB.

Laranjal do PSL está pegando fogo!

As mudanças climáticas e as cidades

Guerra no PSL? É o fundo eleitoral, estúpido!

O fascismo na política e na sociedade

Canibalismo no PSL para agitar a matilha

Por Fernando Brito, em seu blog:

A estratégia escolhida por Jair Bolsonaro para enfrentar a crise interna do PSL – ao que parece, a da destituição do grupo de Luciano Bivar – não tem caminho fácil.

Temos seis meses até a data limite da filiação partidária para quem queira concorrer às eleições de 2020 e é impossível que, neste espaço de tempo, se obtenha a inédita ordem para auditar cinco anos de contas partidárias, realizar a tal auditoria, confrontá-la com perícias contrarrequeridas, julgar uma eventual destituição da direção do partido, tentar estendê-la ao diretório que a reporia, provisoriamente, obrigar à convocação de eleições que preparassem uma nova convenção nacional e eleger um comando bolsonarista-raiz para o PSL.

Lula humilha seus algozes

Por Benedito Tadeu César, no jornal Brasil de Fato:

Dando mais uma prova de sua dignidade, Lula se recusa a solicitar a progressão do regime de prisão a que tem direito por já ter cumprido 1/3 da pena a que foi condenado. Assustados com a indignação e a determinação inquebrantável de um homem de 73 anos, condenado, injustamente e sem provas, a 12 anos e um mês de prisão, a totalidade dos 15 procuradores federais que integram a Força Tarefa da Operação Lava Jato, exatamente os que forjaram o processo contra Lula, tomaram a iniciativa, inédita na prática dos agentes persecutórios brasileiros, de solicitar que Lula passe para o regime semiaberto de prisão.

terça-feira, 15 de outubro de 2019

Bolívia, Uruguai e Argentina somem da mídia

Por Altamiro Borges

A mídia brasileira, que andava tão excitada com os revezes das forças de esquerda na América Latina – quase sempre rotuladas pejorativamente de “bolivarianas” –, tem evitado dar maior destaque às eleições na Bolívia (20 de outubro) e na Argentina e no Uruguai (27 de outubro). A razão é simples: todas as pesquisas sinalizam uma reversão do cenário, com a derrota dos candidatos neoliberais, o que desaponta a imprensa burguesa.