Santiago, 20/10/19. Foto: AP |
E o Chile – quem diria? – pegou fogo por menos de vinte centavos. No início de outubro, o governo de Sebastián Piñera, composto por neoliberais e direita, autorizou a empresa privada que gere o metrô de Santiago a elevar a tarifa máxima, de 800 para 830 pesos (de R$ 4,63 a R$ 4,80). A Assembleia Coordenadora dos Estudantes Secundários (ACES) sugeriu resistência e evasiones, grandes atos coletivos de pula-catraca. O chamado caiu como fagulha em mato seco e incendiou um país castigado pela desigualdade, redução da vida a mercadoria barata e sensação de que o sistema político é insensível à dor e à falta de horizontes das maiorias.