Autoritarismo político e neoliberalismo, duas faces de uma mesma e péssima moeda (afinal, só uma ditadura pode reduzir os direitos trabalhistas, promover o fim da estabilidade dos servidores e achatar salários), são a base ideológica do desmonte da economia, que avança, sem encontrar resistência. Aliás, essa política não deu certo em nenhum país do mundo. A “joia da Coroa”, o Chile, acaba de explodir, e nenhum dos admirados Tigres Asiáticos, sucessos em desenvolvimento econômico relativamente rápido e continuado, adotou o catecismo da escola de Chicago.
domingo, 1 de março de 2020
País se desindustrializa; bancos fazem a festa
Autoritarismo político e neoliberalismo, duas faces de uma mesma e péssima moeda (afinal, só uma ditadura pode reduzir os direitos trabalhistas, promover o fim da estabilidade dos servidores e achatar salários), são a base ideológica do desmonte da economia, que avança, sem encontrar resistência. Aliás, essa política não deu certo em nenhum país do mundo. A “joia da Coroa”, o Chile, acaba de explodir, e nenhum dos admirados Tigres Asiáticos, sucessos em desenvolvimento econômico relativamente rápido e continuado, adotou o catecismo da escola de Chicago.
Bolsonaro é movido a sordidez
Por Fernando Brito, em seu blog:
O vagabundo que preside este país disse hoje que os torturados pelo regime militar não sofreram nada.
“É tudo cascata para ganhar indenização”, disse aos aduladores do cercadinho na porta do Alvorada.
Pau-de-arara, cadeira o dragão – onde se aplicavam choques elétricos aos presos – farpas de bambu e agulhas enfiadas sob as unhas, tudo isso era, claro, para ganhar uma”graninha”.
Só uma mente podre como a de Jair Bolsonaro pode, gratuitamente, fazer a apologia da brutalidade covarde da tortura. Sua cabeça, seja lá o que tem dentro dela, é movida a sordidez.
O vagabundo que preside este país disse hoje que os torturados pelo regime militar não sofreram nada.
“É tudo cascata para ganhar indenização”, disse aos aduladores do cercadinho na porta do Alvorada.
Pau-de-arara, cadeira o dragão – onde se aplicavam choques elétricos aos presos – farpas de bambu e agulhas enfiadas sob as unhas, tudo isso era, claro, para ganhar uma”graninha”.
Só uma mente podre como a de Jair Bolsonaro pode, gratuitamente, fazer a apologia da brutalidade covarde da tortura. Sua cabeça, seja lá o que tem dentro dela, é movida a sordidez.
Bolsonaro golpista leva povo de volta às ruas
Por Ricardo Kotscho, em seu blog:
Vamos ficar devendo ao capitão Jair Bolsonaro a temporada de manifestações de rua, de onde o povo andava sumido, previstas para o mês de março.
Ao convocar seus devotos para os protestos miliciano-militares do dia 15, em defesa do governo e contra os outros poderes, o presidente acabou insuflando também os que são contra ele.
Antes dele, nenhum líder de oposição tinha sido capaz até agora de mobilizar tanto a sociedade civil, que já vinha discretamente organizando três manifestações para as próximas semanas:
Brasil democrático marcha contra o golpismo
Editorial do site Vermelho:
Uma série de manifestações está programada para os próximos dias contra o avanço do autoritarismo no país. Já se revestiam de importância desde que anunciadas, no início do ano, mas agora, quando a extrema-direita, com apoio do presidente da República, convocou para 15 de maço um ato contra o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal (STF), em claro ataque ao regime democrático, adquirem relevância ainda maior.
Uma série de manifestações está programada para os próximos dias contra o avanço do autoritarismo no país. Já se revestiam de importância desde que anunciadas, no início do ano, mas agora, quando a extrema-direita, com apoio do presidente da República, convocou para 15 de maço um ato contra o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal (STF), em claro ataque ao regime democrático, adquirem relevância ainda maior.
sábado, 29 de fevereiro de 2020
sexta-feira, 28 de fevereiro de 2020
Steve Bannon e a ofensiva da extrema direita
Por Celso Japiassu, no site Carta Maior:
A ofensiva da extrema direita, herdeira ideológica do nazi-fascismo, tenta ocupar espaços no solo da Europa, onde um dia a sua matriz construiu uma triste e trágica história.
Países como a Polônia e a Hungria estão virtualmente ocupados e vários outros abrigam partidos que, dentro da democracia, trabalham para desestabilizá-la e substituí-la por regimes populistas, radicais e reacionários. Um ardiloso agente dessa ação que pretende subverter por dentro os sistemas democráticos europeus chama-se Steve Bannon.
O americano Steve Bannon tem 66 anos, foi executivo de mídia no site direitista Breitbart News, onde veiculava material de cunho racista, antissemita, sexista e xenofóbico.
Ajudou a eleger Donald Trump, em cujo governo atuou como estrategista chefe até ser demitido em 2017.
A ofensiva da extrema direita, herdeira ideológica do nazi-fascismo, tenta ocupar espaços no solo da Europa, onde um dia a sua matriz construiu uma triste e trágica história.
Países como a Polônia e a Hungria estão virtualmente ocupados e vários outros abrigam partidos que, dentro da democracia, trabalham para desestabilizá-la e substituí-la por regimes populistas, radicais e reacionários. Um ardiloso agente dessa ação que pretende subverter por dentro os sistemas democráticos europeus chama-se Steve Bannon.
O americano Steve Bannon tem 66 anos, foi executivo de mídia no site direitista Breitbart News, onde veiculava material de cunho racista, antissemita, sexista e xenofóbico.
Ajudou a eleger Donald Trump, em cujo governo atuou como estrategista chefe até ser demitido em 2017.
Cheiro de golpe no ar
Por Frei Betto, em seu site:
O ministro Augusto Heleno, do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), sugeriu, em 19 de fevereiro, que o povo deve ir às ruas “contra a chantagem do Congresso”. Bastou este aceno autoritário para os aliados do presidente convocarem manifestação para o domingo, 15 de março.
Ora, quando uma autoridade do Poder Executivo convoca uma manifestação contrária a outro Poder da República, no caso o Legislativo, isso é gravíssimo e sinaliza conspiração golpista ou, sem rodeios, o fechamento do Congresso. Tomara que o Poder Judiciário, representado pelo STF, proíba tal manifestação, pois caso contrário correrá o risco de assinar o fechamento de suas portas.
Mais tarde será tarde, estaremos na ditadura
Por Tereza Cruvinel, no site Brasil-247:
Até quando as instituições, especialmente Congresso e STF, pouparão Bolsonaro, permitindo que ele avance com a tática de testar os limites da democracia, para em alguma hora romper a cerca e instaurar a ditadura?
A quarta-feira de cinzas foi de protestos, alguns mais enérgicos, como o do ministro do STF Celso de Mello, outros mais brandos, como os de Rodrigo Maia, presidente da Câmara, e Dias Toffoli, presidente do STF, sem falar no silêncio imperdoável do presidente do Senado e do Congresso, Davi Alcolumbre.
Até quando as elites econômicas vão acreditar que será possível haver reformas neoliberais, ajuste fiscal e crescimento com Bolsonaro na Presidência?
Até quando as instituições, especialmente Congresso e STF, pouparão Bolsonaro, permitindo que ele avance com a tática de testar os limites da democracia, para em alguma hora romper a cerca e instaurar a ditadura?
A quarta-feira de cinzas foi de protestos, alguns mais enérgicos, como o do ministro do STF Celso de Mello, outros mais brandos, como os de Rodrigo Maia, presidente da Câmara, e Dias Toffoli, presidente do STF, sem falar no silêncio imperdoável do presidente do Senado e do Congresso, Davi Alcolumbre.
Até quando as elites econômicas vão acreditar que será possível haver reformas neoliberais, ajuste fiscal e crescimento com Bolsonaro na Presidência?
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