Por Paulo Kliass, no site Carta Maior:
O debate sério e comprometido a respeito de alternativas de política macroeconômica para superar a atual crise social e econômica continua sendo interditado em amplos espaços de formação de opinião. A julgar pelas reiteradas manifestações do superministro da Economia e pelas avaliações dos chamados “especialistas” nas páginas e telas dos grandes meios de comunicação, não restaria alternativa que não seja a continuidade da aplicação das receitas do ajuste fiscal da perversidade.
sexta-feira, 9 de outubro de 2020
Os efeitos políticos da pandemia
Charge: Maurizio Boscarol/Itália |
Trump – seu modelo e inspiração – ronda cheio de raiva, nos EEUU, os limites da democracia representativa: corteja a Klu-klux-Klan, deprecia os negros e latinos, alimenta o negacionismo e exala ódio por todos os poros. Levanta o “espectro do comunismo”, que habita apenas os seus sonhos fascistas e trata seus adversários políticos como inimigos da nação que ele idealizou. E aquela que ele pretende impor, como modelo muito distante daquela idealizada pelos seus “País Fundadores”. Trump é o pai desvairado do nacionalismo dos países ricos, que só aceita alianças com sabujos e não se importa, no seu desvario, com o futuro dos seus compatriotas, muito menos com o futuro da humanidade. Trump só vive a sublimação histérica do seu presente fascista: sem passado e sem futuro.
O Novo é um partido de aluguel senil
Por Valerio Arcary, no jornal Brasil de Fato:
Há incríveis 35 partidos legais no Brasil. Vinte e quatro têm representação no Congresso Nacional, um recorde mundial. Mas fica pior. Mais de cinquenta partidos estão em formação em busca de legalização. Por exemplo, o pitoresco Partido Nacional Corinthiano (PNC), o darwiniano Partido da Evolução Democrática (PED) e o misterioso Partido Nacional Social Democrático Cristão (PNSDC). Além do sinistro Aliança pelo Brasil de Bolsonaro, o partido das milícias neofascistas.
Os tentáculos da fome na América Latina
MST doa alimentos no RS. Foto: Leandro Molina |
O estudo do Banco Mundial “Como evitar que a crise da Covid-19 se transforme em uma crise alimentar: Ações urgentes contra a fome na América Latina e no Caribe”, denuncia o crescimento significativo dos níveis de fome na região e argumenta que pela primeira vez haverá um impacto conjunto na educação, saúde e renda, com quedas drásticas no Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). Segundo o relatório elaborado pela FAO e pela CEPAL, após sete anos de crescimento lento, a América Latina e o Caribe poderão ver a maior queda do PIB regional em um século (-5,3%), o que trará em 2020 um aumento da extrema pobreza de 16 milhões de pessoas em relação ao ano anterior, totalizando 83,4 milhões. O impacto na fome será também muito significativo, considerando que em 2016-2018 já havia 53,7 milhões de pessoas em grave insegurança alimentar na América Latina.
Bancos privados demitem na pandemia
Da Rede Brasil Atual:
Bancos Santander, Bradesco e Itaú – os três maiores privados do país – seguem descumprindo acordo firmado com movimento sindical e já demitiram mais de mil trabalhadores durante a pandemia de coronavírus. Os bancos demitem mesmo depois de investir quase R$ 1 bilhão em publicidade no período.
O processo de dispensa começou começou no mês de junho, no Santander , que soma 1.063 trabalhadores demitidos. O banco Bradesco começou com o processo de dispensas em outubro, atingindo 70 trabalhadores. No Itaú, foram quase 200 bancários despedidos.
Bancos Santander, Bradesco e Itaú – os três maiores privados do país – seguem descumprindo acordo firmado com movimento sindical e já demitiram mais de mil trabalhadores durante a pandemia de coronavírus. Os bancos demitem mesmo depois de investir quase R$ 1 bilhão em publicidade no período.
O processo de dispensa começou começou no mês de junho, no Santander , que soma 1.063 trabalhadores demitidos. O banco Bradesco começou com o processo de dispensas em outubro, atingindo 70 trabalhadores. No Itaú, foram quase 200 bancários despedidos.
A propaganda eleitoral no rádio e na TV
Editorial do site Vermelho:
As pessoas, com o longo período em casa por conta da pandemia, voltaram a valorizar o noticiário. Na medida em que proliferaram as fake news, mesmo no que se refere à Covid-19, o público procurou na TV e no rádio fontes seguras de informação, além de entretenimento.
De todo modo, as redes sociais, por sua importância na comunicação, passaram a desempenhar papel importante. Assim como ocorreu nas eleições de 2018, neste pleito municipal elas seguem com grande importância.
A estratégia que se apresenta mais eficaz não é o antagonismo entre rádio e TV e redes sociais. O planejamento das campanhas deve traçar uma estratégia sinérgica entre propaganda no rádio e TV, nas redes e nas ruas. Esse parece um caminho mais apropriado.
De todo modo, as redes sociais, por sua importância na comunicação, passaram a desempenhar papel importante. Assim como ocorreu nas eleições de 2018, neste pleito municipal elas seguem com grande importância.
A estratégia que se apresenta mais eficaz não é o antagonismo entre rádio e TV e redes sociais. O planejamento das campanhas deve traçar uma estratégia sinérgica entre propaganda no rádio e TV, nas redes e nas ruas. Esse parece um caminho mais apropriado.
quinta-feira, 8 de outubro de 2020
A elite que falsifica títulos acadêmicos
Por Leonardo Avritzer, no Jornal GGN:
Sérgio Buarque de Holanda observou há algumas décadas que a elite extrativista brasileira forjada na valorização do não trabalho tinha problemas em como classificar os seus poucos membros que se destacavam em atividades intelectuais ou científicas.
Afinal, havia ali um paradoxo: como valorizar uma atividade que exige trabalho se o valor maior da elite é o não trabalho?
Segundo Sérgio Buarque, foi com esse intuito que a palavra “gênio” foi introduzida no nosso país, para designar aqueles poucos casos de um Santos Dumont ou de um Ruy Barbosa que se destacaram devido aos seus conhecimentos.
Sérgio Buarque de Holanda observou há algumas décadas que a elite extrativista brasileira forjada na valorização do não trabalho tinha problemas em como classificar os seus poucos membros que se destacavam em atividades intelectuais ou científicas.
Afinal, havia ali um paradoxo: como valorizar uma atividade que exige trabalho se o valor maior da elite é o não trabalho?
Segundo Sérgio Buarque, foi com esse intuito que a palavra “gênio” foi introduzida no nosso país, para designar aqueles poucos casos de um Santos Dumont ou de um Ruy Barbosa que se destacaram devido aos seus conhecimentos.
Fim da Lava-Jato e a nova Arena de Bolsonaro
Por Rodrigo Vianna, no site Brasil-247:
"Não vai ficar pedra sobre pedra".
A frase de Dilma, dita alguns meses antes do Golpe de 2016, ecoa como uma espécie de maldição.
Os golpistas foram soterrados, um a um.
Eduardo Cunha (MDB-RJ), comandante da tropa de choque no Congresso, segue preso.
Aécio Neves (PSDB-MG) experimenta a morte política em vida, e nesta semana chegou a ser renegado pela candidata do PSDB em Belo Horizonte.
Os tucanos paulistas José Serra e Aloysio Nunes, fiéis servidores do governo golpista de Michel Temer (MDB), foram denunciados judicialmente e caminham para o ocaso humilhante.
"Não vai ficar pedra sobre pedra".
A frase de Dilma, dita alguns meses antes do Golpe de 2016, ecoa como uma espécie de maldição.
Os golpistas foram soterrados, um a um.
Eduardo Cunha (MDB-RJ), comandante da tropa de choque no Congresso, segue preso.
Aécio Neves (PSDB-MG) experimenta a morte política em vida, e nesta semana chegou a ser renegado pela candidata do PSDB em Belo Horizonte.
Os tucanos paulistas José Serra e Aloysio Nunes, fiéis servidores do governo golpista de Michel Temer (MDB), foram denunciados judicialmente e caminham para o ocaso humilhante.
"Acabei com a Lava-Jato", diz Bolsonaro
Por Fernando Brito, em seu blog:
Jair Bolsonaro deu hoje o seu mais ousado passo na luta – que para ele é prioridade – para destruir o que resta da expressão política de Sérgio Moro.
“É um orgulho, é uma satisfação que eu tenho, dizer a essa imprensa maravilhosa que eu não quero acabar com a Lava Jato. Eu acabei com a Lava Jato, porque não tem mais corrupção no governo. Eu sei que isso não é virtude, é obrigação”.
Pule a autolouvação de proclamar-se o único líder da face da Terra a só escolher auxiliares á prova de corrupção, proeza que nem Jesus Cristo conseguiu, vide Judas Iscariotes.
Jair Bolsonaro deu hoje o seu mais ousado passo na luta – que para ele é prioridade – para destruir o que resta da expressão política de Sérgio Moro.
“É um orgulho, é uma satisfação que eu tenho, dizer a essa imprensa maravilhosa que eu não quero acabar com a Lava Jato. Eu acabei com a Lava Jato, porque não tem mais corrupção no governo. Eu sei que isso não é virtude, é obrigação”.
Pule a autolouvação de proclamar-se o único líder da face da Terra a só escolher auxiliares á prova de corrupção, proeza que nem Jesus Cristo conseguiu, vide Judas Iscariotes.
quarta-feira, 7 de outubro de 2020
Após oito anos, Barão se despede de sede
Do site do Centro de Estudos Barão de Itararé:
O Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé informa que, a partir de outubro de 2020, não conta mais com seu espaço físico na Rua Rêgo Freitas, em São Paulo.
Localizado na histórica Vila Buarque, vibrante bairro da capital que foi um verdadeiro caldeirão cultural nos anos de resistência à ditadura, o imóvel alojou a entidade por oito anos. De 2012 a 2014, no primeiro andar. De 2014 até 2020, no consagrado Espaço Paulo Henrique Amorim, no oitavo andar do mesmo prédio.
Em meio à grave crise econômica e à pandemia do coronavírus, os proprietários do edifício optaram pela venda do prédio, que já abrigou outras entidades irmãs como a Oboré - Projetos Especiais em Comunicação e Artes e o Intervozes - Coletivo Brasil de Comunicação Social.
O Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé informa que, a partir de outubro de 2020, não conta mais com seu espaço físico na Rua Rêgo Freitas, em São Paulo.
Localizado na histórica Vila Buarque, vibrante bairro da capital que foi um verdadeiro caldeirão cultural nos anos de resistência à ditadura, o imóvel alojou a entidade por oito anos. De 2012 a 2014, no primeiro andar. De 2014 até 2020, no consagrado Espaço Paulo Henrique Amorim, no oitavo andar do mesmo prédio.
Em meio à grave crise econômica e à pandemia do coronavírus, os proprietários do edifício optaram pela venda do prédio, que já abrigou outras entidades irmãs como a Oboré - Projetos Especiais em Comunicação e Artes e o Intervozes - Coletivo Brasil de Comunicação Social.
Denúncia dos ataques de Bolsonaro à imprensa
Por Carlos Pompe
Atendendo a pedido do Centro de Estudos de Mídia Alternativa Barão de Itararé, da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino (Contee), da Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) e de outras 11 organizações da sociedade civil, a Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) da Organização dos Estados Americanos (OEA) realizou, dia 6, audiência pública para analisar violações ao direito à informação contra grupos historicamente marginalizados no Brasil. Foram relatados ataques a comunicadores e o uso político dos sistemas de comunicação, além da falta de transparência em relação à pandemia e outros temas. Foi apresentado levantamento que mostra mais de 150 ataques à imprensa no primeiro semestre deste ano.
Atendendo a pedido do Centro de Estudos de Mídia Alternativa Barão de Itararé, da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino (Contee), da Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) e de outras 11 organizações da sociedade civil, a Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) da Organização dos Estados Americanos (OEA) realizou, dia 6, audiência pública para analisar violações ao direito à informação contra grupos historicamente marginalizados no Brasil. Foram relatados ataques a comunicadores e o uso político dos sistemas de comunicação, além da falta de transparência em relação à pandemia e outros temas. Foi apresentado levantamento que mostra mais de 150 ataques à imprensa no primeiro semestre deste ano.
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