domingo, 17 de janeiro de 2021

Falta de oxigênio pode afetar outros estados

Por Altamiro Borges


As cenas chocantes do Amazonas - com as mortes por asfixia devido à falta de oxigênio nos hospitais - podem se repetir em outros estados brasileiros. Vários estudiosos da Covid-19, como o cientista Miguel Nicolelis, já alertaram para o risco iminente de colapso no sistema de saúde.

O jornal O Globo confirma os piores temores. "A falta de oxigênio nos hospitais em Manaus com a escalada de casos de coronavírus é um alerta para o restante do país, na avaliação de especialistas. Para eles, há risco de novas falhas no abastecimento, em especial na Região Norte".

Três mamatas no governo Bolsonaro

Volta às aulas e Enem em tempos de pandemia

Venezuela envia cilindros de oxigênio

Do jornal Brasil de Fato:

A pedido do presidente Nicolás Maduro, o governo venezuelano está enviando cilindros de oxigênio ao estado do Amazonas. A informação foi confirmada pelo deputado federal José Ricardo (PT-AM) nas redes sociais, por onde o governador do estado, Wilson Lima (PSC) agradeceu ao governo venezuelano. Enquanto isso, o Itamaraty solicitou ao governo estadunidense ajuda para transportar cilindros de oxigênio.

De acordo com o governador Wilson Lima, o consumo de oxigênio aumentou cerca de 130% de abril de 2020, o primeiro pico da doença, para o dia 13 de janeiro de 2021.

Brasil sufocado: Fora, Bolsonaro!

Editorial do site Vermelho:


As panelas do descontentamento voltaram a se manifestar na noite desta sexta-feira (15), exigindo o impeachment de Jair Bolsonaro.

A ruidosa manifestação, que ocorreu em Brasília, São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Recife, Salvador, Fortaleza e demais capitais e grandes cidades brasileiras, ocorreu em paralelo à divulgação da “Nota ao Povo Brasileiro”, dirigida à Câmara dos Deputados, em que os partidos de oposição reforçam o pedido de impeachment do presidente da República. A nota, assinada pelos presidentes do PCdoB, PT, PSB, PDT e Rede e por líderes oposicionistas no Congresso Nacional, reflete um sentimento que se espraia pelo país diante do agravamento da crise sanitária e da conduta irresponsável de Bolsonaro.

Genocídio arruína imagem do Exército

Por Jeferson Miola, em seu blog:


Manaus é o laboratório mais avançado do descalabro produzido de modo intencional e deliberado pelo governo Bolsonaro.

O morticínio humano em condições cruéis por asfixia não foi acidental, mas sim decorrência da ação errática, por desprezo dos protocolos sanitários pelas autoridades e, também, da omissão deliberada de Bolsonaro e seu general-ministro da morte, Eduardo Pazuello.

Pazuello tinha pleno e total conhecimento da situação. Ele recebeu relatórios detalhados, esteve pessoalmente em Manaus alguns dias antes, e foi alertado a respeito da iminência da tragédia, mas agiu como um autêntico carcereiro de Auschwitz.

Quanto ao essencial para salvar vidas – o oxigênio medicinal – Pazuello nada fez. Ao contrário, ele estimulou técnicas e práticas mortíferas, como o chamado “tratamento precoce” com drogas ineficazes, e a flexibilidade de aglomeração das pessoas.

Xadrez do fim dos grupos nacionais de mídia

Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

Preliminar 1 – o papel da mídia nas democracias

Durante o século 20, os grupos de mídia foram os mais relevantes atores no mercado de opinião, mais influentes que os partidos políticos, que as igrejas, que os sindicatos. Já eram influentes no começo do século, com o avanço do telégrafo.

Ampliaram o poder com o advento das rádios e, especialmente, das redes de rádios. E, finalmente, com a televisão, o veículo que dominou amplamente a opinião pública na segunda metade do século 20.

As formas de controle sobre a opinião pública eram de mão única, os melhores veículos através da seleção dos temas de cobertura e das análises de acordo com o alinhamento político ou comercial do grupo; os piores, através da exploração de notícias falsas e de assassinato de reputação.

O que está em colapso é a farsa oficial

Por Fernando Brito, em seu blog:

Mesmo neste Brasil dos absurdos, de morte e de dor, a tragédia que estamos assistindo em Manaus, deixa o país chocado.

É por ver que, depois de 10 meses de pandemia, ainda vemos governantes nem terem mais o cinismo de dizerem-se preocupados com a maré de morte e doença que avança sobre as pessoas.

Tudo é ridículo e de uma improvisação chocante, incompatível com quem se pretende coordenador do que a toda hora dizem ser “o maior plano de imunização do planeta”.

O avião que vai buscar os dois milhões de doses indianas da vacina, indispensáveis para que não se inicie a vacinação com a “vachina” teve de parar em Recife porque, simplesmente, a Índia resolveu dizer ao Brasil o que Pazuello disse ao Brasil: “para que essa pressa, para que esta angústia”.

Os impostos dos cilindros de oxigênio

Por Tereza Cruvinel, no site Brasil-247:

A partir de outubro do ano passado, a pandemia deu sinais de recrudescimento, com aumento de casos e mortes.

Inacreditavelmente, em outubro, e depois em dezembro, o governo Bolsonaro fez a Camex (Câmara de Comércio Exterior) suprimir a isenção para importação de vários insumos e equipamentos adotada no início da pandemia.

Entre os itens que voltaram a ser tributados estavam cilindros para oxigênio e agulhas e seringas. Incompetência demais ou tática genocida?

Em março, quando o coronavírus começou a matar no Brasil, o ministro da Economia, Paulo Guedes, anunciou que o governo iria facilitar ao máximo a importação de insumos e equipamentos.

A estrutura da morte

Por Lygia Jobim, no site Carta Maior:

"A gente está sem oxigênio para os pacientes, a previsão é que acabe em duas horas. Já tivemos baixas de pacientes, então quem tiver oxigênio em casa sobrando, por favor, traga aqui para o hospital", suplicou o médico intensivista do HUGV, Anfremon D'Amazonas Monteiro Neto nas redes sociais.

"Acabou o oxigênio e os hospitais viraram câmaras de asfixia", diz o pesquisador Jesem Orellana.

"Os pacientes que conseguirem sobreviver, além de tudo, devem ficar com sequelas cerebrais permanentes."

As frases acima são do dia 14 de janeiro de 2021 e se referem à situação no Estado do Amazonas. Entrará para a história de nosso país como o Dia da Infâmia.

sábado, 16 de janeiro de 2021

A pressão pelo impeachment ganha força

"As elites estão sentadas numa bomba"

Hospitais ficam sem oxigênio em Manaus

Brasil sem emprego, sem Ford e com inflação

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