segunda-feira, 25 de janeiro de 2021

As condições jurídicas para o impeachment

Seis mil ficam sem emprego com saída da Ford

A estética bizarra do bolsonarismo

Por que a saúde de Manaus entrou em colapso?

A lógica absurda de Miriam Leitão

Por Dilma Rousseff, em seu site:

Miriam Leitão comete sincericidio tardio em sua coluna no Globo de hoje (24 de janeiro) ao admitir que o impeachment que me derrubou foi ilegal e, portanto, injusto, porque, segundo ela, motivado pela situação da economia brasileira e pela queda da minha popularidade. Sabidamente, crises econômicas e maus resultados em pesquisas de opinião não estão previstos na Constituição como justificativas legais para impeachment. Miriam Leitão sabe disso, mas finge ignorar. Sabia disso, na época, mas atuou como uma das principais porta vozes da defesa de um impeachment que, sem comprovação de crime de responsabilidade, foi um golpe de estado.

Os nossos dramas atuais

Por Paulo Nogueira Batista Jr.

Volto a falar da nossa conturbada conjuntura política e econômica. O político prevalece sobre o econômico, como de costume. Mais do que de costume. A razão é que o Brasil tem um governo excepcionalmente inepto, que funciona como entrave para a economia em todas ou quase todas as áreas relevantes. O Brasil é o último dos países do G20 (o grupo que reúne as 19 principais economias do mundo e a União Europeia) ainda governado por um trumpista. No mundo inteiro, inclusive e notadamente nos Estados Unidos, a onda de extrema-direita dos últimos anos começou a refluir.

Falando sério sobre a terra de Simón Bolívar

Por Bepe Damasco, em seu blog:

As imagens de caminhões venezuelanos cruzando a fronteira brasileira, para levar oxigênio e impedir que mais pessoas morram asfixiadas, e o acordo inédito e histórico que o governo do presidente Nicolás Maduro fez com a CUT, CTB e centrais sindicais visando a ampliação do fornecimento desse insumo essencial à vida, levantam pontos importantes de reflexão sobre o país vizinho.

Vale destacar que o exercício genuíno da solidariedade entre os povos latino-americanos prevaleceu sobre os ataques sistemáticos do governo neofascista brasileiro à soberania da Venezuela.

Até de força-tarefa golpista na fronteira entre os dois países o governo Bolsonaro participou, bem como da “visita” acintosa e provocativa do então secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, a Roraima. Sem falar no apoio decidido do Itamaraty bolsonarista ao farsante Juan Guaidó.

Em Manaus, general Pazuello está desenganado

Por Fernando Brito, em seu blog:

Eduardo Pazuello foi para Manaus e, segundo sua própria assessoria, o ministro da “não tem voo de volta a Brasília”.

Oficialmente, claro, o presidente da República mandou-o comandar a ação do governo federal na crise sanitária amazonense até que ela esteja equacionada.

Na prática, manda o ministro para fora do alcance da grande mídia, impede-o de dar suas desastrosas entrevistas temperadas a coices e tenta evitar a iminente explosão de nervos que ele vem sinalizando.

O exílio manauara serve também para tentar tira-lo do furacão representado pelo pedido de abertura de inquérito feito pelo Ministério Público que deve ser aceito pelo STF e converter-se numa investigação policial.

A notícia-crime contra Pazuello e Bolsonaro

Por Altamiro Borges


O cerco vai se fechando contra os genocidas do Palácio do Planalto. A revista Época registrou que "o ministro Ricardo Lewandowski enviou nesta sexta-feira (22) à Procuradoria-Geral da República (PGR) notícia-crime que pede a investigação de Jair Bolsonaro e Eduardo Pazuello por supostos crimes de prevaricação e exposição da vida de outras pessoas em risco".

Segundo a notinha, "o pedido foi apresentado ao Supremo Tribunal Federal (STF) pela bancada do PCdoB na Câmara Federal. O partido solicitou investigação contra Bolsonaro e Pazuello pela falta de oxigênio em hospitais no Amazonas. Os parlamentares afirmaram que o presidente e o ministro fizeram pouco caso da crise".

domingo, 24 de janeiro de 2021

Bolsonaro leva maior tombo nas redes sociais


Por Altamiro Borges


O negacionismo do governo, que causa milhares de mortes por Covid-19, agora está fragilizando o bolsonarismo num terreno em que antes ele imperava: o das redes sociais. Levantamentos feitos pela revista Veja na edição desta semana mostram o tamanho do tombo do "capetão" e de suas milícias digitais com sua pulsão pela morte.

A matéria confirma que "a aposta de Jair Bolsonaro num discurso negacionista e que descredencia a eficácia das vacinas já provocou arranhões na imagem do presidente... O tombo foi tão grande que aliados do presidente não conseguiram emplacar nenhuma narrativa coesa em defesa do governo".

Bolsonaro já enfrenta “tempestade perfeita”

Os cenários para a crise que se aprofunda

Charge: Marcio Baraldi
Por Rodrigo Vianna, no site Brasil-247:


Os sinais já vinham desde a virada do ano.

Mas se agudizaram com o caos em Manaus e a incapacidade do governo federal de providenciar as vacinas... E os sinais vêm tanto do andar de baixo, quanto do andar de cima.

A Globo, via Merval Pereira, porta-voz da família Marinho, já apoiara o afastamento do presidente.

O Estadão, jornal que dialoga com parte da classe média paulistana e é gerido por um comitê de bancos, defendeu agora em editorial o afastamento imediato de Bolsonaro.

A Folha abriu espaço para uma (boa) reportagem mostrando com gráficos e tabelas todos os crimes e atos inconstitucionais de Bolsonaro, que ensejam o pedido de impeachment.

A elite econômica está atônita com a incapacidade do governo de estabelecer um horizonte razoável no combate à pandemia. Sem a vacina, comércio/serviços/turismo não voltam ao normal.

Impeachment: unir forças contra Bolsonaro

Editorial do site Vermelho:

Desde que tomou posse como presidente da República, em janeiro de 2019, Jair Bolsonaro acumulou, até hoje, 61 pedidos de impeachment. São 2.4 pedidos por mês, apresentados à Câmara dos Deputados – número que se acelerou visivelmente desde o início da pandemia, em março de 2020 – de lá pra cá são 54 pedidos, ou quase 5 por mês.

Há pedidos para todos os gostos, da esquerda à direita – incluindo partidos como o PCdoB, PT, PDT, e o direitista Novo. Na avaliação popular, diz a última pesquisa Exame/Ideia, sua aprovação despencou de 37% a 26%. Já o Datafolha indica que a reprovação do saltou de 32% para 40%. Sendo a maior queda de aprovação de Bolsonaro desde que ele assumiu a presidência da República Os números indicam que uma grande quantidade de eleitores que, iludidos com o discurso de uma política nova, deram a ele a vitória em 2018 se sentem traídos e agora lhe dão as costas.

O genocídio documentado de Bolsonaro

Por Jeferson Miola, em seu blog:


O crime de genocídio cometido por Bolsonaro e seus militares está documentado no estudo Mapeamento e análise das normas jurídicas de resposta à COVID-19 no Brasil, elaborado pelo CEPEDISA [Centro de Pesquisas e Estudos de Direito Sanitário] da Faculdade de Saúde Pública da USP com a ONG Conectas Direitos Humanos, e coordenado pela professora da Faculdade de Saúde Pública da USP Deisy Ventura.

Este abrangente trabalho, publicado no Boletim Direitos na Pandemia nº 10 do CEPEDISA, catalogou e analisou 3.049 normas concernentes à pandemia expedidas pelo governo federal entre março de 2020 e janeiro de 2021, assim como declarações de agentes públicos acerca do tema, sobretudo o presidente Bolsonaro.

Para os autores, esta “inflação normativa reflete o descalabro da resposta brasileira à pandemia”, e “corrobora a ideia de que onde há o excesso de normas há pouco direito”.

“O que nossa pesquisa revelou é a existência de uma estratégia institucional de propagação do vírus, promovida pelo governo brasileiro sob a liderança da Presidência da República”, concluem.

Governo Biden: De onde menos se espera...

Por Marcelo Zero

“De onde menos se espera, daí é que não sai nada mesmo”, dizia o sábio Barão de Itararé.

Para aqueles que esperavam que a política externa de Biden viesse a produzir avanços significativos em relação ao desastre de Trump, a audiência pública no Senado com Antony Blinken, próximo Secretário de Estado dos EUA, foi um balde de água fria, principalmente no que tange à América Latina.

Há a promessa, é claro, da mudança de métodos.

Blinken e Biden dizem querer colocar os “valores norte-americanos” da democracia e dos direitos humanos no centro da política externa norte-americana e liderar pela força do exemplo e não pelo emprego da força.

Prometem, assim, investir na diplomacia, na reconstrução de alianças e no multilateralismo.

Juram que usarão a força militar apenas como “último recurso”.

Crônica de um genocídio anunciado

Por Frei Betto, em seu site:


Tudo indica que o Brasil será o último país a ter a sua população imunizada contra a Covid-19 e, em breve, haverá de superar os EUA em número de mortos, devido ao descaso do governo Bolsonaro. Nesta terceira semana de janeiro, já temos mais de 112 mil vítimas fatais. A cada dia, mais de mil pessoas morrem contaminadas pelo coronavírus.

Bolsonaro sofre de tanatomania, tendência patológica de satisfação com a morte alheia. Agora a situação se agrava com a falta de oxigênio e leitos nos hospitais. Terrível paradoxo: falta oxigênio aos pacientes dos estados do Amazonas e do Pará, ambos na Amazônia, tida como pulmão do planeta. Muitos morrem por asfixia. E ironia do destino: Maduro, execrado pelo governo, reabastece o Amazonas de oxigênio.

Globo tenta desconstruir o monstro que pariu

Por Jair de Souza

Por quase 30 anos, Bolsonaro andou perambulando entre o baixo clero parlamentar, se envolvendo nas politiqueirias de baixo nível características desse segmento político, defendendo os interesses de grupos milicianos nas periferias do Rio de Janeiro, cuidando de garantir uma boquinha na política para cada um de seus filhos.

Sua presença e projeção em termos de política geral não ia além das declarações em favor da tortura e de torturadores que se esmerava em fazer toda vez que alguma câmara de televisão se aproximasse dele. Mas, em razão de sua absoluta insignificância, não eram muitas as que se dispunham a isso.

No entanto, tudo mudou a partir do momento em que a rede Globo e o conjunto das elites vinculadas aos interesses financeiros e imperialistas tomaram a decisão de eliminar o protagonismo do PT para que elas voltassem a assumir diretamente o controle do governo da nação, que haviam perdido em 2002.

As cinco tarefas estão sendo cumpridas

Por João Guilherme Vargas Netto


Quero fazer um balanço dos cinco pontos de concentração de tarefas determinadas unitariamente pelas direções das centrais sindicais em sua reunião do dia 5 de janeiro e que estão sendo cumpridas em toda a rede sindical.

Começo pela solidariedade social com o belo exemplo da iniciativa para ajudar na chegada urgente de oxigênio a Manaus. Depois da reunião do dirigente Sergio Nobre com Delcy Rodriguez, a vice-presidente da Venezuela, da reunião dos dirigentes com outras autoridades diplomáticas e industriais, o país irmão já nos mandou uma carga de cilindros e pretende fazer mais e nós estamos articulando a ajuda a eles com peças de reposição que estão em falta no país devido ao criminoso embargo norte-americano.

Estudo pode embasar pedido de impeachment

Bolsonaro e Pazuello sabotam as vacinas