terça-feira, 2 de fevereiro de 2021

Juan Guaidó: um fracasso muito lucrativo?

O papel da igreja na pandemia e na crise

Bolsonaro é o novo centro do trumpismo

Rodrigo Maia e o golpe final do Centrão

Leite condensado rouba a cena na pandemia

Permanecem as questões sobre o impeachment

Arthur Lira, o ditador da Câmara Federal

Foto: Cleia Viana/Câmara dos Deputados


Por Altamiro Borges

Arthur Lira, o líder do Centrão, projetou-se na política como "soldado" do golpista corrupto Eduardo Cunha. Foi promovido a "general" pelo fascista Jair Bolsonaro. Eleito presidente da Câmara Federal na noite desta segunda-feira (1), ele já dá sinais de que será um ditador. Seu primeiro ato a frente do cargo foi anular a proporcionalidade na composição da Mesa Diretora da Casa.

No mesmo golpe, Arthur Lira também cancelou a formação do bloco que apoiou a candidatura de Baleia Rossi (MDB), principal adversário do bolsonarista na eleição. Ele era formado por 10 siglas (PT, MDB, PSDB, PSB, PDT, Solidariedade, PCdoB, Cidadania, PV e Rede). O ditadorzinho alegou que o bloco partidário foi formalizado após o prazo estipulado e convocou nova eleição.

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2021

Equador confirmará guinada à esquerda?

Reprodução do Facebook de Andrés Arauz
Por Altamiro Borges

Após as vitórias progressistas na Argentina e na Bolívia, o Equador poderá ser o próximo país a confirmar uma guinada à esquerda na América do Sul. Todas as pesquisas eleitorais indicam que Andrés Arauz, da coalizão "Unión por la Esperanza", pode ser eleito presidente já no próximo domingo (7).

O economista de apenas 35 anos ocupou importantes cargos nos governos de Rafael Correa – presidente do Equador de 2007 a 2017, que hoje vive exilado na Bélgica como vítima da "guerra judicial" (lawfare) em seu país. Ele foi ministro da Cultura e depois do Conhecimento. Também foi diretor do Banco Central.

Até o TCU desconfia de gastos na pandemia

Por Altamiro Borges

Até o Tribunal de Contas da União (TCU), sempre tão dócil com Jair Bolsonaro, já desconfia dos gastos no combate à pandemia da Covid-19. Na semana passada, o órgão afirmou que há indícios de ilegalidades no uso de dinheiro do Sistema Único de Saúde (SUS) para a compra e distribuição de cloroquina e seus derivados e deu cinco dias de prazo para as explicações oficiais.

Não faltam motivos para desconfiança do TCU. Em pleno caos no Amazonas, com pessoas morrendo asfixiadas sem ter oxigênio nos hospitais, o governo federal enviou 120 mil comprimidos de hidroxicloroquina em Manaus. O general-ministro Eduardo Pazuello, o patético “craque em logística”, torrou grana pública com um remédio sem comprovação científica.

Cadê o cartão de vacinação de Bolsonaro?

Por Altamiro Borges

Em 11 de janeiro passado, o juiz federal Adverci Rates Mendes de Abreu, da 20ª Vara Federal de Brasília, exigiu explicações do Palácio do Planalto sobre o sigilo de até cem anos decretado ao cartão de vacinação do presidente Jair Bolsonaro. O magistrado atendeu a uma ação popular da deputada federal Gleisi Hoffmann, presidenta do PT.

"Justamente pela controvérsia instaurada, é indubitável o interesse público na informação acerca do histórico de Jair Bolsonaro quanto à sua saúde e imunização, dado não se estar a tratar de um cidadão qualquer, mas do chefe de Estado e de governo da nação brasileira", justificou a parlamentar paranaense.

Jornalões abafam carreatas contra Bolsonaro

Foto: Ricardo Moraes/Reuters
Por Altamiro Borges

Neste domingo (31), pelo segundo final de semana consecutivo, ocorreram carreatas e atos pelo impeachment do "capetão" Jair Bolsonaro em várias cidades. Os jornalões, porém, deram pouco destaque aos protestos. A Folha registrou apenas três atos e tentou estigmatiza-los. Já os jornais Estadão e O Globo deram notas minúsculas.

No oligárquico Estadão, que tem pavor das forças de esquerda, o registro foi curto e frio: "Manifestantes em frente ao Congresso Nacional criticaram a atuação do governo no combate à pandemia e pediram o impeachment de Jair Bolsonaro. Foram registradas também carreatas em São Paulo e no Rio de Janeiro". Ponto final!

Omissão de Bolsonaro e atraso das vacinas

Outro mundo ainda é possível?

O trabalho e a globalização capitalista

A tragédia das crianças do Amazonas

Relação com os EUA ainda é uma incógnita

Manaus é nossa Auschwitz e dá impeachment

Steve Bannon quer a cabeça do Papa Francisco

domingo, 31 de janeiro de 2021

Greve dos caminhoneiros apavora Bolsonaro

Por Altamiro Borges

O "capetão" Jair Bolsonaro, que já apoiou locaute de caminhoneiros para desestabilizar governos, está apavorado com a greve da categoria prevista para esta segunda-feira (1º). O farsante finge ceder às reivindicações do setor, ameaça reprimir e aposta na divisão da categoria. Apesar de tudo, o movimento cresceu nos últimos dias.

Segundo levantamento da CNN-Brasil, a paralisação "foi convocada pela Associação Nacional dos Transportes Autônomos do Brasil (ANTB), integrante do Conselho Nacional do Transporte Rodoviário de Carga (CNTRC). A ANTB representa cerca de 4.500 caminhoneiros em todo país". Na sequência, a própria CNTRC aderiu à greve.

Bolsonaro já insinua até recriar ministérios


Por Altamiro Borges

Na convenção do PSL que aprovou a candidatura de Jair Bolsonaro, em julho de 2018, o general Augusto Heleno cantarolou: "Se gritar pega Centrão, não fica um meu irmão". E teve otário que acreditou nessa bravata moralista. Hoje, o “capetão” cede tudo à turma de fisiológicos e pragmáticos do Centrão para se manter no poder. Até insinua que pode recriar três ministérios.

Nessa sexta-feira (29), em cerimônia oficial em Brasília, o presidente afirmou que vê "clima" para criar os novos cargos caso o governo vença a eleição para as presidências da Câmara Federal e do Senado. Foi uma típica oferta do "balcão de negócios". Pouco depois, diante da chiadeira – até de bolsominions menos tapados –, Jair Bolsonaro desdisse, como é do seu feitio.