segunda-feira, 8 de fevereiro de 2021
A elite do atraso e suas mazelas
Por Paulo Nogueira Batista Jr.
Gostaria hoje de dar uns tecos na “elite do atraso”. Ela merece muito mais do que tecos, claro. Mas vou exercer certa autocontenção. Não é fácil fazê-lo, como o leitor certamente imagina. No Brasil, os donos do dinheiro e do poder apresentam características altamente problemáticas, como se sabe há muito tempo. Machado de Assis já notava em 1861: “O país real, esse é bom, revela os melhores instintos; mas o país oficial, esse é caricato e burlesco”. Machado foi um de muitos grandes brasileiros que não se conformaram com o contraste entre o país e suas camadas dirigentes.
Gostaria hoje de dar uns tecos na “elite do atraso”. Ela merece muito mais do que tecos, claro. Mas vou exercer certa autocontenção. Não é fácil fazê-lo, como o leitor certamente imagina. No Brasil, os donos do dinheiro e do poder apresentam características altamente problemáticas, como se sabe há muito tempo. Machado de Assis já notava em 1861: “O país real, esse é bom, revela os melhores instintos; mas o país oficial, esse é caricato e burlesco”. Machado foi um de muitos grandes brasileiros que não se conformaram com o contraste entre o país e suas camadas dirigentes.
Jornalixo de guerra da Globo contra Lula
Por Jeferson Miola, em seu blog:
Há décadas, desde o nascimento do PT e a consolidação da liderança popular do Lula, a Rede Globo pratica um jornalixo de guerra contra Lula e o PT. Ao longo desta trajetória antipetista, a Globo se aliou ao que de mais podre e vomitável viceja na política e nas instituições públicas e privadas.
O grupo econômico do clã Roberto Marinho se vale da fachada de órgão de comunicação para operar o projeto político e de poder oligárquico sob o disfarce da “liberdade de imprensa”.
É impensável imaginar que o Brasil pudesse ser jogado no precipício fascista sem a atuação ativa e metódica da Globo, que esteve por trás dos atentados à democracia em 1964 e 2016.
Há décadas, desde o nascimento do PT e a consolidação da liderança popular do Lula, a Rede Globo pratica um jornalixo de guerra contra Lula e o PT. Ao longo desta trajetória antipetista, a Globo se aliou ao que de mais podre e vomitável viceja na política e nas instituições públicas e privadas.
O grupo econômico do clã Roberto Marinho se vale da fachada de órgão de comunicação para operar o projeto político e de poder oligárquico sob o disfarce da “liberdade de imprensa”.
É impensável imaginar que o Brasil pudesse ser jogado no precipício fascista sem a atuação ativa e metódica da Globo, que esteve por trás dos atentados à democracia em 1964 e 2016.
Anvisa: a hipocrisia do contra-almirante
Por João Vicente Goulart, no site do Instituto João Goulart:
Que o governo Bolsonaro é inoperante, truculento e lotado de militares que o imitam na boçalidade, todos nós estamos presenciando, mais ainda agora, quando a população clama por vacina o mais rápido possível e encontra entraves disfarçados de regulamentos, normas e dificuldades nas repartições e agências públicas, como se fossem invioláveis por serem “ordem do dia”.
O militar Antônio Barra Torres, que é contra-almirante, notável turista, como indicou em seu currículo para aprovação no Senado Federal, onde sinalizou muito mais as suas viagens e os lugares do planeta onde esteve, assim como sua paixão por motociclismo e telas em óleo. Este médico cardiologista da caserna nada demostrou como cientista e/ou pesquisador para dirigir uma importante agência de saúde pública como a Anvisa, que deve zelar pela saúde da população de nossa nação.
Que o governo Bolsonaro é inoperante, truculento e lotado de militares que o imitam na boçalidade, todos nós estamos presenciando, mais ainda agora, quando a população clama por vacina o mais rápido possível e encontra entraves disfarçados de regulamentos, normas e dificuldades nas repartições e agências públicas, como se fossem invioláveis por serem “ordem do dia”.
O militar Antônio Barra Torres, que é contra-almirante, notável turista, como indicou em seu currículo para aprovação no Senado Federal, onde sinalizou muito mais as suas viagens e os lugares do planeta onde esteve, assim como sua paixão por motociclismo e telas em óleo. Este médico cardiologista da caserna nada demostrou como cientista e/ou pesquisador para dirigir uma importante agência de saúde pública como a Anvisa, que deve zelar pela saúde da população de nossa nação.
Olímpio, Amoêdo e os ‘tchutchucas do Centrão’
Por Altamiro Borges
As alianças fisiológicas e bilionárias de Jair Bolsonaro, encaradas como vitais para a salvação do seu laranjal, estão deixando o “capetão” e seus milicianos na defensiva. Eles apanham de todos os lados e todos os dias. O que mais dói são as fustigadas de ex-bolsonaristas. Major Olímpio, que já foi um dos maiores bajuladores do capitão, é um que irrita os "tchutchucas do Centrão".
Na semana passada, o senador do PSL – que foi eleito em São Paulo surfando na onda bolsonarista – provocou o filhote 03 do presidente da República. Ele postou um vídeo antigo no qual o deputado Eduardo Bolsonaro criticava “quem se vendia” para o Centrão, e ainda ironizou: "Vamos relembrar seu vídeo, tchutchuca do Centrão?".
domingo, 7 de fevereiro de 2021
Veja dá uma “segunda chance” para Bolsonaro
Por Altamiro Borges
O “Capitão Cloroquina”, o novo apelido do genocida que desgoverna o Brasil, festejou muito as vitórias obtidas nas eleições para as presidências da Câmara dos Deputados e do Senado na semana passada. Respirando mais aliviado, Jair Bolsonaro avalia que afastou, pelo menos temporariamente, o risco da abertura de um processo de impeachment, salvou seus filhotes encrencados, destravou sua pauta fascista de “costumes” e melhorou as condições para sua reeleição em 2022.
O “Capitão Cloroquina”, o novo apelido do genocida que desgoverna o Brasil, festejou muito as vitórias obtidas nas eleições para as presidências da Câmara dos Deputados e do Senado na semana passada. Respirando mais aliviado, Jair Bolsonaro avalia que afastou, pelo menos temporariamente, o risco da abertura de um processo de impeachment, salvou seus filhotes encrencados, destravou sua pauta fascista de “costumes” e melhorou as condições para sua reeleição em 2022.
STF, Lula e a Lava-Jato
Por Luiz Felipe Miguel
Diz a jornalista Mônica Bergamo que, mesmo reconhecendo a parcialidade de Moro, o Supremo não devolverá os direitos políticos a Lula.
Diz a jornalista Mônica Bergamo que, mesmo reconhecendo a parcialidade de Moro, o Supremo não devolverá os direitos políticos a Lula.
Isso porque se debruçará apenas sobre os malfeitos ocorridos no julgamento relativo ao apartamento de Guarujá.
Caindo essa sentença, restaria de pé a condenação, igualmente farsesca, relativa ao sítio de Atibaia.
Moro também comandou a maior parte do processo do sítio, o que é mais do que suficiente para indicar a contaminação por sua parcialidade. Deixou o caso apenas quando assumiu o cargo com que Bolsonaro lhe recompensou os bons serviços prestados em favor de sua eleição.
Fake news como arma bolsonarista
Por Giovane Marcelino
Construída como tática eleitoral para destruir reputações de adversários e popularizar narrativas equivocadas e perigosas, como o negacionismo à ciência nas medidas de proteção a Covid-19, a máquina de fake news bolsonarista avançou da Capital Federal aos pequenos municípios, subvertendo a democracia e colocando em risco a vida e a economia no Brasil. O necessário combate ao complexo mecanismo de divulgação de calúnias e inverdades precisa ir além da CPI das Fake News e de medidas corporativas como a da plataforma YouTube, que excluiu a página bolsonarista “Terça Livre” essa semana.
Construída como tática eleitoral para destruir reputações de adversários e popularizar narrativas equivocadas e perigosas, como o negacionismo à ciência nas medidas de proteção a Covid-19, a máquina de fake news bolsonarista avançou da Capital Federal aos pequenos municípios, subvertendo a democracia e colocando em risco a vida e a economia no Brasil. O necessário combate ao complexo mecanismo de divulgação de calúnias e inverdades precisa ir além da CPI das Fake News e de medidas corporativas como a da plataforma YouTube, que excluiu a página bolsonarista “Terça Livre” essa semana.
A esquerda está de volta no Equador
Por Mariana Serafini, no site Carta Maior:
Neste domingo (7) os equatorianos vão às urnas para escolher o próximo presidente. Da última vez que fizeram isso, em 2017, eles decidiram continuar com o projeto político de Rafael Correa, a Revolução Cidadã, mas foram traídos por Lenín Moreno, que se elegeu sob a influência do correísmo e imediatamente após assumir o cargo deu uma guinada completa à direita. Passados cinco anos, mesmo com a perseguição implacável de Lenín contra seus opositores, a esquerda está de volta no Equador e promete retomar a Revolução Cidadã, agora adaptada às novas necessidades, uma vez que o país é um dos mais atingidos pelo coronavírus nas Américas.
Neste domingo (7) os equatorianos vão às urnas para escolher o próximo presidente. Da última vez que fizeram isso, em 2017, eles decidiram continuar com o projeto político de Rafael Correa, a Revolução Cidadã, mas foram traídos por Lenín Moreno, que se elegeu sob a influência do correísmo e imediatamente após assumir o cargo deu uma guinada completa à direita. Passados cinco anos, mesmo com a perseguição implacável de Lenín contra seus opositores, a esquerda está de volta no Equador e promete retomar a Revolução Cidadã, agora adaptada às novas necessidades, uma vez que o país é um dos mais atingidos pelo coronavírus nas Américas.
Os pés de barro de Bolsonaro
Por Bepe Damasco, em seu blog:
Desde quando comprar eleições para as mesas diretoras do Congresso Nacional e se jogar nos braços do fisiologismo vigarista do Centrão confere prestigio, popularidade e dá voto para um governante?
Desde quando tonar pública uma pauta de votações no Congresso Nacional, como fez Bolsonaro e seus aliados no Legislativo, voltada para o obscurantismo nos costumes e para a venda de patrimônio público, é capaz de alavancar projetos de reeleição?
Desde quando se pode esperar um mar de rosas na relação do governo com os políticos do Centrão, uma vez que a conhecida voracidade desta turma de péssima imagem pública por cargos e verbas será um obstáculo para Guedes entregar ao mercado as “reformas” e as privatizações?
Desde quando comprar eleições para as mesas diretoras do Congresso Nacional e se jogar nos braços do fisiologismo vigarista do Centrão confere prestigio, popularidade e dá voto para um governante?
Desde quando tonar pública uma pauta de votações no Congresso Nacional, como fez Bolsonaro e seus aliados no Legislativo, voltada para o obscurantismo nos costumes e para a venda de patrimônio público, é capaz de alavancar projetos de reeleição?
Desde quando se pode esperar um mar de rosas na relação do governo com os políticos do Centrão, uma vez que a conhecida voracidade desta turma de péssima imagem pública por cargos e verbas será um obstáculo para Guedes entregar ao mercado as “reformas” e as privatizações?
Rival de Bolsonaro é uma pandemia econômica
Por Fernando Brito, em seu blog:
É claro que há uma imensa desumanidade, um desprezo olímpico pela vida humana e uma estupidez, em escala cavalar, no mantra de Jair Bolsonaro de que “pior que a pandemia é a economia” e em seus apelos para que as pessoas “saiam para trabalhar” de qualquer maneira, sem as restrições que, em maior ou menor grau, em todo o mundo se adotam.
Mas não são estas as razões do mantra bolsonarista, beneficiado pela banalização da morte que este ano de pandemia nos legou.
O colapso das contas públicas e a retração econômica causada pela perda de renda da população estão bem mais perto do que o foguetório da especulação na Bovespa faz pensar.
É claro que há uma imensa desumanidade, um desprezo olímpico pela vida humana e uma estupidez, em escala cavalar, no mantra de Jair Bolsonaro de que “pior que a pandemia é a economia” e em seus apelos para que as pessoas “saiam para trabalhar” de qualquer maneira, sem as restrições que, em maior ou menor grau, em todo o mundo se adotam.
Mas não são estas as razões do mantra bolsonarista, beneficiado pela banalização da morte que este ano de pandemia nos legou.
O colapso das contas públicas e a retração econômica causada pela perda de renda da população estão bem mais perto do que o foguetório da especulação na Bovespa faz pensar.
A pressão pela retomada da reforma agrária
Por Nilton Tubino e Luiza Dulci, na revista Teoria e Debate:
Em 9 de dezembro de 2020 foi protocolada no STF a Ação de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) nº 769, que trata da paralisação da reforma agrária no Brasil. A ADPF foi elaborada por movimentos de luta pela terra e partidos políticos (PT, PSOL, PSB, PCdoB e Rede) e tem entre os signatários a ex-procuradora federal dos Direitos do Cidadão, Deborah Duprat e o ex-ministro da Justiça, também ex-procurador, Eugênio Aragão. No STF, sua relatoria foi designada ao ministro Marco Aurélio Melo.
Tempos sombrios para o SUS na pandemia
Por Alexandre Padilha, no jornal Brasil de Fato:
O resultado, nesta segunda-feira (1º), das eleições para as presidências da Câmara de Deputados e do Senado agravou profundamente um cenário de ampliação da crise sanitária provocada pelo mau gerenciamento da pandemia de covid-19 no Brasil.
A eleição de Arthur Lira (PP-AL) para a presidência da Câmara e de Rodrigo Pacheco (DEM-MG) para o Senado se soma ao crescimento de mortes por covid-19, voltando ao patamar de mais de mil óbitos diários; à persistência das posturas do governo federal, de descoordenação, de conflitos com os estados e de irresponsabilidade na condução da pandemia; e ao surgimento de uma nova variante da cepa do vírus no Brasil, que pode estar relacionada com a velocidade maior na transmissão e com a lentidão do plano de vacinação - extremamente vazio e frágil - de Bolsonaro.
A eleição de Arthur Lira (PP-AL) para a presidência da Câmara e de Rodrigo Pacheco (DEM-MG) para o Senado se soma ao crescimento de mortes por covid-19, voltando ao patamar de mais de mil óbitos diários; à persistência das posturas do governo federal, de descoordenação, de conflitos com os estados e de irresponsabilidade na condução da pandemia; e ao surgimento de uma nova variante da cepa do vírus no Brasil, que pode estar relacionada com a velocidade maior na transmissão e com a lentidão do plano de vacinação - extremamente vazio e frágil - de Bolsonaro.
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