Por Altamiro Borges
Enquanto os recursos para o novo auxílio (ou merreca) emergencial correspondem a apenas 15% do valor destinado ao benefício em 2020, as regalias do presidente da República seguem intocáveis. E haja mamata no laranjal! Segundo o site Congresso em Foco, "férias de Bolsonaro custaram R$ 2,4 milhões aos cofres públicos".
O "capetão" curtiu férias de 18 de dezembro de 2020 a 5 de janeiro último. Dos 2,4 milhões, "quase R$ 1,2 milhões foram gastos com cartão corporativo do governo federal, R$ 1,05 milhão bancaram combustível e manutenção de aeronaves, e R$ 202 mil diárias da equipe de segurança presidencial", descreve o site.
sexta-feira, 2 de abril de 2021
Como os R$ 600 podem desafiar o governo
Por Paulo Kliass, no site Outras Palavras:
Há mais de seis meses, em setembro do ano passado, eu havia escrito um artigo semanal exatamente com o mesmo título deste aqui. Refleti um pouco a esse respeito e fui convencido por alguns amigos de que não haveria nenhum problema com a eventual figura de plágio de si mesmo. Optei por manter o mote #600atéofim inclusive como forma de expressar com maior vigor o inconformismo e o repúdio da maioria da população brasileira para com a forma assassina, covarde e cruel pela qual Bolsonaro e sua equipe vêm tratando da pandemia. O negacionismo e o terraplanismo campeiam absolutos, tanto nos aspectos da saúde pública e da epidemiologia, como também na área da economia.
Há mais de seis meses, em setembro do ano passado, eu havia escrito um artigo semanal exatamente com o mesmo título deste aqui. Refleti um pouco a esse respeito e fui convencido por alguns amigos de que não haveria nenhum problema com a eventual figura de plágio de si mesmo. Optei por manter o mote #600atéofim inclusive como forma de expressar com maior vigor o inconformismo e o repúdio da maioria da população brasileira para com a forma assassina, covarde e cruel pela qual Bolsonaro e sua equipe vêm tratando da pandemia. O negacionismo e o terraplanismo campeiam absolutos, tanto nos aspectos da saúde pública e da epidemiologia, como também na área da economia.
Nem a Páscoa dá lucidez para Bolsonaro
Por Vanessa Grazziotin, no jornal Brasil de Fato:
Nem a Páscoa foi capaz de dar uma trégua ao Brasil.
Nem a Páscoa foi capaz de dar lucidez a Bolsonaro.
Nem nessa semana, em que relembramos a crucificação, morte e ressurreição de Jesus Cristo, que celebramos a vida, dentro de seu melhor e mais amplo sentido, baseados nos princípios de humanidade, solidariedade, compaixão, amor esperança e liberdade, princípios que são tão “decantados” pelo presidente.
Nem as mais de 317 mil vidas perdidas pela covid-19 têm sido capazes de conduzir as mudanças políticas tão necessárias ao Brasil.
Nem a Páscoa foi capaz de dar lucidez a Bolsonaro.
Nem nessa semana, em que relembramos a crucificação, morte e ressurreição de Jesus Cristo, que celebramos a vida, dentro de seu melhor e mais amplo sentido, baseados nos princípios de humanidade, solidariedade, compaixão, amor esperança e liberdade, princípios que são tão “decantados” pelo presidente.
Nem as mais de 317 mil vidas perdidas pela covid-19 têm sido capazes de conduzir as mudanças políticas tão necessárias ao Brasil.
A estratégia de propagação do vírus
Por Tatiana Carlotti, no site Carta Maior:
Serviço de Utilidade Pública a entrevista de uma hora e quarenta, de Deisy Ventura, professora titular do Departamento de Saúde Pública (USP), ao biólogo e divulgador científico Atila Iamarino, doutor em virologia, na semana passada (24 de março), quando superamos a marca de 300 mil mortos pela Covid-19.
Desde o início da pandemia, Deisy e outros pesquisadores acompanham, no escopo do projeto “Mapeamento e análise das normas jurídicas de resposta à Covid-19 no Brasil”, a gestão da pandemia pelo Governo Federal, a partir da perspectiva do Direito e da Saúde Pública.
Serviço de Utilidade Pública a entrevista de uma hora e quarenta, de Deisy Ventura, professora titular do Departamento de Saúde Pública (USP), ao biólogo e divulgador científico Atila Iamarino, doutor em virologia, na semana passada (24 de março), quando superamos a marca de 300 mil mortos pela Covid-19.
Desde o início da pandemia, Deisy e outros pesquisadores acompanham, no escopo do projeto “Mapeamento e análise das normas jurídicas de resposta à Covid-19 no Brasil”, a gestão da pandemia pelo Governo Federal, a partir da perspectiva do Direito e da Saúde Pública.
Vacina pela metade, mortes em dobro
Por Fernando Brito, em seu blog:
Cumpriu-se, na noite de ontem, o que era evidente e foi noticiado neste blog um dia antes.
As vacinas previstas para este mês de abril serão apenas a metade do último cronograma previsto pelo Ministério da Saúde.
25,5 milhões de doses que, perto do que foi anunciado por Eduardo Pazuello, há 15 dias, não são 40% do total.
Mas a demagogia não cessa.
Agora anunciam que policiais e demais forças de segurança entram nas prioridades, assim como os profissionais de educação.
As vacinas previstas para este mês de abril serão apenas a metade do último cronograma previsto pelo Ministério da Saúde.
25,5 milhões de doses que, perto do que foi anunciado por Eduardo Pazuello, há 15 dias, não são 40% do total.
Mas a demagogia não cessa.
Agora anunciam que policiais e demais forças de segurança entram nas prioridades, assim como os profissionais de educação.
O combate à pandemia e ao bolsonarismo
Editorial do site Vermelho:
O cenário do combate à Covid-19 e aos seus efeitos pelo governo Bolsonaro é cada vez mais sombrio. Nem suas previsões de vacinação estão no campo das possíveis realizações. A inépcia se agrava com as notícias de que a oferta de vacinas no mundo são cada mais escassas, tendo em vista as prioridades dos países produtores. A irresponsabilidade segue o ritmo de sempre; a negação do problema desde as primeiras notificações de casos em território nacional.
Bolsonaro já tentou o golpe e perdeu
Por Tereza Cruvinel, no site Brasil-247:
Ainda não sabemos exatamente como as coisas aconteceram mas vai ficando claro que Bolsonaro já tentou dar um golpe e perdeu.
E que diante da recusa do ministro da Defesa e, principalmente, do comandante do Exército, a emprestarem a força militar para atos inconstitucionais, possivelmente contra os governadores, ele reagiu demitindo Azevedo e Silva, determinando a troca dos comandantes das três forças e deflagrando a crise militar em curso.
No calor destes acontecimentos inesperados, a primeira e mais corrente leitura foi a de que ele estaria fazendo as mudanças para ampliar seu apoio militar e eventualmente partir para o golpe.
Mas, juntando as pontas e revendo os fatos precedentes, a conclusão deve ser outra: as demissões foram o troco que ele conseguiu dar, usando a caneta e o poder de comandante-em-chefe das Forças Armadas.
Ainda não sabemos exatamente como as coisas aconteceram mas vai ficando claro que Bolsonaro já tentou dar um golpe e perdeu.
E que diante da recusa do ministro da Defesa e, principalmente, do comandante do Exército, a emprestarem a força militar para atos inconstitucionais, possivelmente contra os governadores, ele reagiu demitindo Azevedo e Silva, determinando a troca dos comandantes das três forças e deflagrando a crise militar em curso.
No calor destes acontecimentos inesperados, a primeira e mais corrente leitura foi a de que ele estaria fazendo as mudanças para ampliar seu apoio militar e eventualmente partir para o golpe.
Mas, juntando as pontas e revendo os fatos precedentes, a conclusão deve ser outra: as demissões foram o troco que ele conseguiu dar, usando a caneta e o poder de comandante-em-chefe das Forças Armadas.
Defesa e exaltação do movimento sindical
Por João Guilherme Vargas Netto
As maiores agressões sofridas pelo movimento sindical brasileiro, as mais destrutivas, se deram nos anos 2017,2018 e 2019 durante os governos de Temer e de Bolsonaro. Antes mesmo deste período o desemprego havia aumentado muito e desorganizando ainda mais as relações de trabalho, já precarizadas.
A pandemia ao se manifestar entre nós encontrou, portanto, o movimento sindical “capado e sangrado” (na expressão de Capistrano de Abreu) e os trabalhadores sem emprego e condenados à informalidade, ao desalento e à maior precarização.
A doença e as mortes tomaram conta do país desgovernado por um presidente avesso à vida dos brasileiros.
As maiores agressões sofridas pelo movimento sindical brasileiro, as mais destrutivas, se deram nos anos 2017,2018 e 2019 durante os governos de Temer e de Bolsonaro. Antes mesmo deste período o desemprego havia aumentado muito e desorganizando ainda mais as relações de trabalho, já precarizadas.
A pandemia ao se manifestar entre nós encontrou, portanto, o movimento sindical “capado e sangrado” (na expressão de Capistrano de Abreu) e os trabalhadores sem emprego e condenados à informalidade, ao desalento e à maior precarização.
A doença e as mortes tomaram conta do país desgovernado por um presidente avesso à vida dos brasileiros.
O Primeiro de Abril e os “patriotas” de ofício
Por Roberto Amaral, em seu blog:
O general Braga Netto, recém nomeado ministro da Defesa, disse a que veio. Com a Ordem do Dia sobre o 1º de abril de 1964, por si só uma insubordinação em face do Pacto de 1988, cumpriu a primeira tarefa que lhe terá sido imposta pelo capitão, em busca de narrativa que favoreça seus planos antidemocráticos. Essas maquinações palacianas – as quais, reconheçamos, jamais foram escondidas – podem ter sido postas em repouso tático, mas é certo que até o ultimo dia desse interminável mandato estarão nas cogitações do Bonaparte de hospício que nos governa. Na crise desta semana, preocupa a ligeireza com que militares graduados se apressaram em garantir que “não há risco de golpe”. Em situação normal chefes militares são dispensados dessas garantias. No futebol, que tanto nos ensina, quando o dirigente de clube garante que o técnico “está prestigiado”, é certo que ele estará desempregado em uma semana.
O general Braga Netto, recém nomeado ministro da Defesa, disse a que veio. Com a Ordem do Dia sobre o 1º de abril de 1964, por si só uma insubordinação em face do Pacto de 1988, cumpriu a primeira tarefa que lhe terá sido imposta pelo capitão, em busca de narrativa que favoreça seus planos antidemocráticos. Essas maquinações palacianas – as quais, reconheçamos, jamais foram escondidas – podem ter sido postas em repouso tático, mas é certo que até o ultimo dia desse interminável mandato estarão nas cogitações do Bonaparte de hospício que nos governa. Na crise desta semana, preocupa a ligeireza com que militares graduados se apressaram em garantir que “não há risco de golpe”. Em situação normal chefes militares são dispensados dessas garantias. No futebol, que tanto nos ensina, quando o dirigente de clube garante que o técnico “está prestigiado”, é certo que ele estará desempregado em uma semana.
quinta-feira, 1 de abril de 2021
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