Por Bepe Damasco, em seu blog:
Do alto de sua sabedoria, sagacidade e experiência, a economista Maria da Conceição Tavares, fiel ao seu estilo desabrido e contundente, disparou quando soube do resultado do PIB : “As pessoas não comem PIB. Comem alimentos.”
Além de confrontar o foguetório midiático que se seguiu ao anúncio do aumento do Produto Interno Bruto de 1,2% no primeiro trimestre deste ano em relação ao último trimestre de 2020, a decana dos economistas progressistas do país, provavelmente, também mirava em outro alvo.
É que não faltaram análises de economistas e jornalistas especializados do campo democrático e de esquerda prevendo que o fim da estagnação econômica e o crescimento acima do esperado do PIB projetam um cenário político-eleitoral mais favorável a Bolsonaro em 2022.
domingo, 27 de junho de 2021
Rejeição a Bolsonaro e o desafio da oposição
Editorial do site Vermelho:
O dado da pesquisa do instituto Ipec dando conta de que 66% dos entrevistados rejeitam a maneira como o presidente da República, Jair Bolsonaro, está governando o Brasil é um bom indicador do seu crescente isolamento. A evolução rápida dessa tendência – um crescimento de oito pontos em quatro meses, de acordo com a pesquisa –, decorre de questões bem conhecidas, a começar por seu comportamento, incompatível com as responsabilidades de quem ocupa o mais importante posto nos poderes da República.
O dado da pesquisa do instituto Ipec dando conta de que 66% dos entrevistados rejeitam a maneira como o presidente da República, Jair Bolsonaro, está governando o Brasil é um bom indicador do seu crescente isolamento. A evolução rápida dessa tendência – um crescimento de oito pontos em quatro meses, de acordo com a pesquisa –, decorre de questões bem conhecidas, a começar por seu comportamento, incompatível com as responsabilidades de quem ocupa o mais importante posto nos poderes da República.
Generais num mar de corrupção e de mortes
Por Jeferson Miola, em seu blog:
Depois da sessão realizada numa 6ª feira [25/6] que avançou no tempo e terminou somente às 22:52 horas, a CPI da Covid pode dar por encerrados seus trabalhos, pois os propósitos de instalação da Comissão podem ser considerados plenamente concretizados.
Além de já ter conseguido demonstrar a responsabilidade do governo no crime de morticínio de centenas de milhares de brasileiros, com o depoimento dos irmãos Miranda – o deputado Luis Cláudio e o servidor público Luis Roberto – a CPI desnudou o esquema bilionário de corrupção na negociata para aquisição da vacina Covaxin.
Coerente com sua índole homicida, o governo não estava efetivamente interessado na aquisição de vacinas para imunizar a população brasileira, mas sim em aproveitar a oportunidade para um negócio corrupto envolvendo pelo menos R$ 1,6 bilhão de reais.
Depois da sessão realizada numa 6ª feira [25/6] que avançou no tempo e terminou somente às 22:52 horas, a CPI da Covid pode dar por encerrados seus trabalhos, pois os propósitos de instalação da Comissão podem ser considerados plenamente concretizados.
Além de já ter conseguido demonstrar a responsabilidade do governo no crime de morticínio de centenas de milhares de brasileiros, com o depoimento dos irmãos Miranda – o deputado Luis Cláudio e o servidor público Luis Roberto – a CPI desnudou o esquema bilionário de corrupção na negociata para aquisição da vacina Covaxin.
Coerente com sua índole homicida, o governo não estava efetivamente interessado na aquisição de vacinas para imunizar a população brasileira, mas sim em aproveitar a oportunidade para um negócio corrupto envolvendo pelo menos R$ 1,6 bilhão de reais.
Bolsonaro prevaricou: denúncia deve ir ao STF
Por Tereza Cruvinel, no site Brasil-247:
Um servidor público, acompanhado de um deputado federal, seu irmão, foi ao presidente da República denunciar um caso de corrupção.
O presidente demonstra saber da história e até diz: "É coisa do Ricardo Barros".
Ou seja, acobertou um crime, deixando de tomar providências. Prevaricou, e isso é crime.
O senador Randolfe Rodrigues antecipa que a CPI da Covid poderá, antes mesmo da conclusão de seus trabalhos, denunciar Bolsonaro ao STF por crime de prevaricação com base no artigo 86 da Constituição.
Neste caso, a Câmara teria que autorizar o STF a processar o presidente pela maioria de 2/3 dos votos, ou 342, ocorrendo imediatamente o afastamento. Michel Temer barrou processos semelhantes, em duas oportunidades, com apoio do Centrão, a um preço elevado, em todos os sentidos.
Um servidor público, acompanhado de um deputado federal, seu irmão, foi ao presidente da República denunciar um caso de corrupção.
O presidente demonstra saber da história e até diz: "É coisa do Ricardo Barros".
Ou seja, acobertou um crime, deixando de tomar providências. Prevaricou, e isso é crime.
O senador Randolfe Rodrigues antecipa que a CPI da Covid poderá, antes mesmo da conclusão de seus trabalhos, denunciar Bolsonaro ao STF por crime de prevaricação com base no artigo 86 da Constituição.
Neste caso, a Câmara teria que autorizar o STF a processar o presidente pela maioria de 2/3 dos votos, ou 342, ocorrendo imediatamente o afastamento. Michel Temer barrou processos semelhantes, em duas oportunidades, com apoio do Centrão, a um preço elevado, em todos os sentidos.
Barros e Bolsonaro são os protagonistas
Por Conrado Ubner, no Diário do Centro do Mundo:
1- Ricardo Barros nomeou a servidora que autorizou o contrato irregular, quando ainda era Ministro da Saúde.
2- O Governo Bolsonaro recusou sistematicamente a compra de vacinas com eficácias mundialmente reconhecidas e ainda acrescentou que “não iria atrás de nenhuma empresa para adquirir vacina; elas, as empresas, que viessem atrás”.
3- Ricardo Barros, líder do governo, incluiu emenda para permitir a compra da vacina indiana, que sequer havia sido aprovada pela Anvisa, em detrimento de vacinas já disponíveis.
4- Governo assina contrato de compra com a empresa indiana, por valor muito superior às demais e com eficácia bastante duvidosa até mesmo na Índia e recusada nos países mais desenvolvidos, mesmo alertado formalmente de tal fato pelo embaixador do Brasil na Índia.
5- A compra da vacina é intermediada por uma empresa nacional: a Precisa.
1- Ricardo Barros nomeou a servidora que autorizou o contrato irregular, quando ainda era Ministro da Saúde.
2- O Governo Bolsonaro recusou sistematicamente a compra de vacinas com eficácias mundialmente reconhecidas e ainda acrescentou que “não iria atrás de nenhuma empresa para adquirir vacina; elas, as empresas, que viessem atrás”.
3- Ricardo Barros, líder do governo, incluiu emenda para permitir a compra da vacina indiana, que sequer havia sido aprovada pela Anvisa, em detrimento de vacinas já disponíveis.
4- Governo assina contrato de compra com a empresa indiana, por valor muito superior às demais e com eficácia bastante duvidosa até mesmo na Índia e recusada nos países mais desenvolvidos, mesmo alertado formalmente de tal fato pelo embaixador do Brasil na Índia.
5- A compra da vacina é intermediada por uma empresa nacional: a Precisa.
O preço de Arthur Lira subiu
Por Fernando Brito, em seu blog:
O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, tornou-se a peça chave no destino do país.
E sabe que tem quatro ou cinco meses para usufruir desta importância, porque ela desaparecerá assim que o calendário tornar impossível o que ele, adia neste momento: a abertura de um processo de crime de responsabilidade – o que a gente conhece como impeachment – contra Jair Bolsonaro.
Por que, claro, não dá para pensar em impeachment durante uma campanha eleitoral, quando o voto da população se substitui ao dos parlamentares para decidir pela continuidade ou pelo fim de governo.
Isso, certamente, não escapa a um matreiro representante das oligarquias políticas nordestinas.
Que sabe, também, que Bolsonaro precisa do parlamento para isso e para os “pacotes de bondades” com que pretende recuperar a situação eleitoral desastrosa em que se encontra.
O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, tornou-se a peça chave no destino do país.
E sabe que tem quatro ou cinco meses para usufruir desta importância, porque ela desaparecerá assim que o calendário tornar impossível o que ele, adia neste momento: a abertura de um processo de crime de responsabilidade – o que a gente conhece como impeachment – contra Jair Bolsonaro.
Por que, claro, não dá para pensar em impeachment durante uma campanha eleitoral, quando o voto da população se substitui ao dos parlamentares para decidir pela continuidade ou pelo fim de governo.
Isso, certamente, não escapa a um matreiro representante das oligarquias políticas nordestinas.
Que sabe, também, que Bolsonaro precisa do parlamento para isso e para os “pacotes de bondades” com que pretende recuperar a situação eleitoral desastrosa em que se encontra.
sábado, 26 de junho de 2021
sexta-feira, 25 de junho de 2021
Onde estão os resultados do teto de gastos?
Por Róber Iturriet Avila e João Santos Conceição, no site Brasil Debate:
O conhecimento científico avança a partir da teorização e da busca de evidências empíricas. Um cientista não tem problemas em mudar de opinião frente a novas evidências que refutam ou não corroboram ideias pretéritas. Já as crenças dogmáticas são perenes, tidas como verdades indiscutíveis a quem as professa.
A crise de 2008, o crescimento chinês do século 21 e o Corona Crash têm abalado as concepções de política fiscal. Frente a novas evidências, diversos autores e organismos multilaterais têm mudado de posição. No Brasil, entretanto, o debate é “lento”. Temos atualmente quatro regras fiscais. A E.C. 109 estabelece queda de salários reais aos servidores públicos e suspensão de concursos caso a relação Despesas Correntes / Receitas Correntes ultrapasse 95%.
O conhecimento científico avança a partir da teorização e da busca de evidências empíricas. Um cientista não tem problemas em mudar de opinião frente a novas evidências que refutam ou não corroboram ideias pretéritas. Já as crenças dogmáticas são perenes, tidas como verdades indiscutíveis a quem as professa.
A crise de 2008, o crescimento chinês do século 21 e o Corona Crash têm abalado as concepções de política fiscal. Frente a novas evidências, diversos autores e organismos multilaterais têm mudado de posição. No Brasil, entretanto, o debate é “lento”. Temos atualmente quatro regras fiscais. A E.C. 109 estabelece queda de salários reais aos servidores públicos e suspensão de concursos caso a relação Despesas Correntes / Receitas Correntes ultrapasse 95%.
À beira de um ataque de nervos
Por João Paulo Cunha, no jornal Brasil de Fato:
Bolsonaro nunca foi equilibrado, mas está perdendo a noção. O chilique recente durante uma entrevista a uma jornalista não chega a espantar: o presidente foi autoritário, machista e grosseiro, como sempre. Mas o que parece ter ficado claro é que, desta vez, o comportamento era defensivo, covarde, amedrontado. Jair acusou o golpe. Anda com medo. E tem motivo para isso.
A presença da corrupção de seu governo está escancarada: na saúde e no meio ambiente, para ficar apenas nos exemplos mais recentes.
Ao demitir Ricardo Salles, depois de elogiá-lo na véspera, o presidente assina embaixo das acusações contra o ex-ministro, que vão do favorecimento de madeireiras e garimpeiros a enriquecimento ilícito, colocando até mesmo a mãe no meio.
A presença da corrupção de seu governo está escancarada: na saúde e no meio ambiente, para ficar apenas nos exemplos mais recentes.
Ao demitir Ricardo Salles, depois de elogiá-lo na véspera, o presidente assina embaixo das acusações contra o ex-ministro, que vão do favorecimento de madeireiras e garimpeiros a enriquecimento ilícito, colocando até mesmo a mãe no meio.
"Reforma" administrativa alimenta corrupção
Por Vitor Nuzzi, na Rede Brasil Atual:
O primeiro impacto fiscal da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 32 será o aumento da corrupção na administração pública, aponta nota técnica assinada por Vinícius Amaral, consultor legislativo no Senado. “Esse é um efeito extremamente preocupante, pois a corrupção é um fenômeno persistente e de graves dimensões no Brasil”, afirma. A PEC da “reforma” administrativa está sendo discutida por uma comissão especial na Câmara.
A conspiração para tirar Bolsonaro da eleição
Por Helio Doyle, no site Congresso em Foco:
A centro-direita e a direita não bolsonarista descobriram como conquistar o governo em 2022 e já começaram a trabalhar, nos bastidores, para viabilizar seu plano: o impeachment do presidente Jair Bolsonaro. As articulações, ainda iniciais, envolvem empresários, militares e alguns poucos políticos com mandato. Estão, como é natural, sendo mantidas em sigilo, mas têm sido emitidos alguns sinais de que afastar Bolsonaro da presidência é o objetivo.
O que move os articuladores do impeachment é, sobretudo — mas não exclusivamente — impedir que o ex-presidente Lula vença as eleições em 2022 e o PT e a esquerda retomem o governo. A avaliação que fazem é de que haverá uma indesejável polarização entre Bolsonaro e Lula, com poucas chances para um candidato da centro-direita que sequer existe.
A centro-direita e a direita não bolsonarista descobriram como conquistar o governo em 2022 e já começaram a trabalhar, nos bastidores, para viabilizar seu plano: o impeachment do presidente Jair Bolsonaro. As articulações, ainda iniciais, envolvem empresários, militares e alguns poucos políticos com mandato. Estão, como é natural, sendo mantidas em sigilo, mas têm sido emitidos alguns sinais de que afastar Bolsonaro da presidência é o objetivo.
O que move os articuladores do impeachment é, sobretudo — mas não exclusivamente — impedir que o ex-presidente Lula vença as eleições em 2022 e o PT e a esquerda retomem o governo. A avaliação que fazem é de que haverá uma indesejável polarização entre Bolsonaro e Lula, com poucas chances para um candidato da centro-direita que sequer existe.
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