Por Jeferson Miola, em seu blog:
É público e notório que Bolsonaro está com a saúde física comprometida – os soluços têm pinta de serem verossímeis.
Bolsonaro, cujo diagnóstico de sociopata [Transtorno de Personalidade Antissocial] é compatível com o descrito no Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais, também está emocionalmente mais transtornado que seu “padrão normal de sociopatia”.
Em 16 abril passado ele já havia comunicado, com absoluta naturalidade, que teria de se submeter a nova cirurgia para remover uma hérnia – um problema benigno e crônico.
A possível intervenção cirúrgica, como Bolsonaro informou, estava prevista. Talvez tenha sido antecipada devido à obstrução intestinal, que pode ser efeito colateral da própria hérnia.
sexta-feira, 16 de julho de 2021
Cuba não acredita em lágrimas
Por Breno Altman, no site Opera Mundi:
No último domingo, 11 de julho, assistimos a outro episódio da mais longa e complexa guerra da história americana, movida desde 1959 pelos Estados Unidos contra uma ilha caribenha que ousou confrontar os interesses da grande potência imperial.
Há quase 60 anos foi decretado um bloqueio financeiro e comercial sem paralelos na modernidade. Cuba sofre restrições dantescas no acesso ao crédito e aos mercados internacionais. Mesmo empresas de terceiras nações podem ser punidas pesadamente se fizerem negócios com a república rebelde.
Ao contrário de Cuba, que na pandemia ofereceu ao mundo serviços médicos, a Casa Branca enxergou nesse período catastrófico uma janela de oportunidade para tentar quebrar a revolução liderada por Fidel Castro. A crise sanitária, afinal, derrubava drasticamente as receitas internacionais com o turismo, principal fonte de recursos em dólar ou euro.
No último domingo, 11 de julho, assistimos a outro episódio da mais longa e complexa guerra da história americana, movida desde 1959 pelos Estados Unidos contra uma ilha caribenha que ousou confrontar os interesses da grande potência imperial.
Há quase 60 anos foi decretado um bloqueio financeiro e comercial sem paralelos na modernidade. Cuba sofre restrições dantescas no acesso ao crédito e aos mercados internacionais. Mesmo empresas de terceiras nações podem ser punidas pesadamente se fizerem negócios com a república rebelde.
Ao contrário de Cuba, que na pandemia ofereceu ao mundo serviços médicos, a Casa Branca enxergou nesse período catastrófico uma janela de oportunidade para tentar quebrar a revolução liderada por Fidel Castro. A crise sanitária, afinal, derrubava drasticamente as receitas internacionais com o turismo, principal fonte de recursos em dólar ou euro.
O mal de Bolsonaro é o ódio
Por Fernando Brito, em seu blog:
Jair Bolsonaro está voando para São Paulo, onde se avaliará a necessidade de uma cirurgia para desobstrução de suas vias intestinais. Como a qualquer pessoa, deseja-se o melhor sucesso, havendo ou não intervenção cirúrgica.
Não é da natureza humana fazer o que ele próprio fez com Dilma Rousseff, dizendo que desejava que ela morresse de câncer.
Dito isso, duas coisas devem ser destacadas.
A primeira, a sua atitude – e a de seu entorno, familiar ou não – de não chamarem ou aceitarem a assistência médica com que ele conta, 24 horas por dia, no próprio Palácio do Planalto.
Jair Bolsonaro está voando para São Paulo, onde se avaliará a necessidade de uma cirurgia para desobstrução de suas vias intestinais. Como a qualquer pessoa, deseja-se o melhor sucesso, havendo ou não intervenção cirúrgica.
Não é da natureza humana fazer o que ele próprio fez com Dilma Rousseff, dizendo que desejava que ela morresse de câncer.
Dito isso, duas coisas devem ser destacadas.
A primeira, a sua atitude – e a de seu entorno, familiar ou não – de não chamarem ou aceitarem a assistência médica com que ele conta, 24 horas por dia, no próprio Palácio do Planalto.
Cuba vive e sobrevive
#NoMásBloqueo #ElBloqueoEsReal |
Desde a primeira vez que fui a Cuba, no distante final de julho de 1978, estive na Ilha umas trinta vezes, às vezes por poucos dias, outras por semanas.
Além de amigas e amigos, ganhei irmãos.
E sempre, desde aquela estreia em terras cubanas, tive pontos de discordância, e em algumas ocasiões fiz críticas ao que acontecia.
Jamais deixei de expor o que pensava, mas numa única situação: estando em Cuba.
Das muitas coisas que aprendi com Eduardo Galeano e me servem de guia, trago aqui a definição feita por Carlos Fonseca Amador, um dos fundadores da falecida Frente Sandinista na Nicarágua: o verdadeiro amigo é aquele que critica na frente e elogia pelas costas.
Conheci de perto períodos de bonança na Ilha, e muitos períodos de vicissitude.
Na antessala do golpe
Por Roberto Amaral
Os indicadores da maquinação golpista são sérios e não devem ser menosprezados pois contam, em sua base, com o histórico desapreço das fileiras armadas brasileiras aos princípios da democracia. E são delas os tanques. Nessa militância golpista, aliás, não estão sós, pois sempre contaram com a companhia (senão a precedência condicionante) da casa-grande: o 1% de brancos milionários que usufrui do país, desde a colônia, imutável no poder, seja no império seja na república, no parlamentarismo copiado dos ingleses e no presidencialismo mal traduzido da Constituição dos EUA; nos períodos democráticos e nas ditaduras, e mesmo nos poucos governos de índole social-democrata. Desafeita aos destinos do país e do povo, seus interesses remontam ao agrarismo e ao capital estrangeiro, ditadores dos rumos de nossa história. Minoria poderosíssima, é sócia sem direito a voto das multinacionais; produto colonial, está sempre pronta a mobilizar recursos econômicos e ideológicos - estes principalmente operados pelos meios de comunicação -, quando se trata de impedir o progresso social.
Os indicadores da maquinação golpista são sérios e não devem ser menosprezados pois contam, em sua base, com o histórico desapreço das fileiras armadas brasileiras aos princípios da democracia. E são delas os tanques. Nessa militância golpista, aliás, não estão sós, pois sempre contaram com a companhia (senão a precedência condicionante) da casa-grande: o 1% de brancos milionários que usufrui do país, desde a colônia, imutável no poder, seja no império seja na república, no parlamentarismo copiado dos ingleses e no presidencialismo mal traduzido da Constituição dos EUA; nos períodos democráticos e nas ditaduras, e mesmo nos poucos governos de índole social-democrata. Desafeita aos destinos do país e do povo, seus interesses remontam ao agrarismo e ao capital estrangeiro, ditadores dos rumos de nossa história. Minoria poderosíssima, é sócia sem direito a voto das multinacionais; produto colonial, está sempre pronta a mobilizar recursos econômicos e ideológicos - estes principalmente operados pelos meios de comunicação -, quando se trata de impedir o progresso social.
13 de julho: uma data fatídica
Por João Guilherme Vargas Netto
São quatro anos cravados desde a promulgação da deforma trabalhista (lei nº 13.467/17) que, precedida pela terceirização (lei nº 13.429/17) provocou a maior desorganização nas relações do trabalho no Brasil e enfraqueceu de maneira criminosa a representação sindical dos trabalhadores.
Todas as justificativas para a adoção destas malfeitorias aprovadas nas votações do Congresso Nacional caíram por terra nestes quatro anos.
O desemprego que era alto cresceu mais ainda (antes mesmo da pandemia) e tornou-se, hoje, endêmico e disfuncional com o próprio crescimento econômico que não passa de vôo de galinha.
A alegada modernização das relações trabalhistas precarizou, pejotizou e uberizou os vínculos do trabalho, em detrimento dos salários, da qualificação e da organização coletiva dos trabalhadores.
São quatro anos cravados desde a promulgação da deforma trabalhista (lei nº 13.467/17) que, precedida pela terceirização (lei nº 13.429/17) provocou a maior desorganização nas relações do trabalho no Brasil e enfraqueceu de maneira criminosa a representação sindical dos trabalhadores.
Todas as justificativas para a adoção destas malfeitorias aprovadas nas votações do Congresso Nacional caíram por terra nestes quatro anos.
O desemprego que era alto cresceu mais ainda (antes mesmo da pandemia) e tornou-se, hoje, endêmico e disfuncional com o próprio crescimento econômico que não passa de vôo de galinha.
A alegada modernização das relações trabalhistas precarizou, pejotizou e uberizou os vínculos do trabalho, em detrimento dos salários, da qualificação e da organização coletiva dos trabalhadores.
EUA planejou prisão de Lula, diz Oliver Stone
Por Altamiro Borges
O Festival Internacional de Cinema de Cannes segue falando do Brasil. Após Spike Lee, que preside o júri, chamar Jair Bolsonaro de “gangster”, agora foi a vez do também diretor estadunidense Oliver Stone afirmar que a prisão do ex-presidente Lula foi um plano orquestrado pelos EUA com o objetivo de desestabilizar os governos de esquerda na América Latina.
“Pegaram o Lula com a Lava-Jato. Foi selvagem, uma história suja”, disse o renomado cineasta, que está na cidade francesa para estreia do seu novo documentário sobre o assassinato de John Kennedy. O diretor também já prepara um novo filme no qual Lula será o principal personagem e que tratará da ação imperialista dos EUA pelo mundo. "É duro, é uma guerra que está em curso”.
O Festival Internacional de Cinema de Cannes segue falando do Brasil. Após Spike Lee, que preside o júri, chamar Jair Bolsonaro de “gangster”, agora foi a vez do também diretor estadunidense Oliver Stone afirmar que a prisão do ex-presidente Lula foi um plano orquestrado pelos EUA com o objetivo de desestabilizar os governos de esquerda na América Latina.
“Pegaram o Lula com a Lava-Jato. Foi selvagem, uma história suja”, disse o renomado cineasta, que está na cidade francesa para estreia do seu novo documentário sobre o assassinato de John Kennedy. O diretor também já prepara um novo filme no qual Lula será o principal personagem e que tratará da ação imperialista dos EUA pelo mundo. "É duro, é uma guerra que está em curso”.
quinta-feira, 15 de julho de 2021
Obstrução intestinal repercute no mundo
Por Altamiro Borges
A obstrução intestinal do "capetão" repercutiu na imprensa internacional nesta quinta-feira (15). Vários veículos trataram do assunto e registraram que o neofascista brasileiro tenta novamente politizar seu estado de saúde, posando de vítima e atacando seus adversários políticos. O jornal ianque New York Times foi um dos que tratou do tema de forma mais crítica:
"Os mais recentes problemas de saúde de Jair Bolsonaro ocorrem no momento em que a sua popularidade diminui em meio a escândalos e crises sobrepostos decorrentes da resposta do governo à pandemia do coronavírus. Legisladores e promotores estão investigando alegações de que altos funcionários do Ministério da Saúde buscaram propinas no início deste ano, enquanto negociavam a compra das vacinas Covid-19".
A obstrução intestinal do "capetão" repercutiu na imprensa internacional nesta quinta-feira (15). Vários veículos trataram do assunto e registraram que o neofascista brasileiro tenta novamente politizar seu estado de saúde, posando de vítima e atacando seus adversários políticos. O jornal ianque New York Times foi um dos que tratou do tema de forma mais crítica:
"Os mais recentes problemas de saúde de Jair Bolsonaro ocorrem no momento em que a sua popularidade diminui em meio a escândalos e crises sobrepostos decorrentes da resposta do governo à pandemia do coronavírus. Legisladores e promotores estão investigando alegações de que altos funcionários do Ministério da Saúde buscaram propinas no início deste ano, enquanto negociavam a compra das vacinas Covid-19".
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