terça-feira, 27 de julho de 2021
O "trabalho fantástico" do general Pazuello
Por Jeferson Miola, em seu blog:
Ao comentar a atuação do seu atual ministro da Morte, Bolsonaro disse que “por enquanto, pouquíssima coisa teria a falar contra o Queiroga. Ele deu seguimento a grande parte da política de quem o antecedeu, o general Pazuello, que fez um trabalho fantástico”.
O “trabalho fantástico” realizado por Eduardo Pazuello, general da ativa do Exército brasileiro, foi a morte de 263.940 brasileiros e brasileiras causadas por negligência, omissão e incompetência do governo no combate à Covid.
Quando o general da ativa assumiu interinamente o ministério da Morte com a concordância e cumplicidade do comandante do Exército Edson Leal Pujol em 16 de maio de 2020, o país contabilizava 15.662 mortes por Covid.
Ao comentar a atuação do seu atual ministro da Morte, Bolsonaro disse que “por enquanto, pouquíssima coisa teria a falar contra o Queiroga. Ele deu seguimento a grande parte da política de quem o antecedeu, o general Pazuello, que fez um trabalho fantástico”.
O “trabalho fantástico” realizado por Eduardo Pazuello, general da ativa do Exército brasileiro, foi a morte de 263.940 brasileiros e brasileiras causadas por negligência, omissão e incompetência do governo no combate à Covid.
Quando o general da ativa assumiu interinamente o ministério da Morte com a concordância e cumplicidade do comandante do Exército Edson Leal Pujol em 16 de maio de 2020, o país contabilizava 15.662 mortes por Covid.
Os invisíveis comem pés de frango
Por Fernando Brito, em seu blog:
Os repórteres Paula Soprana, Leonardo Vieceli e Daniela Arcanjo, na Folha de hoje, fazem uma chocante visita à mesa dos brasileiros mais pobres, aqueles que não entram nas contas dos analistas de economia e de política, muito menos nos passeios de motocicleta de Jair Bolsonaro.
E encontram, por lá, no lugar do arroz, feijão e uma carne modesta – bons tempos aqueles – o farelo de arroz, o feijão de uma banda só e os pés de frango, novo “must” da culinária dos desvalidos.
Cozidos, frequentemente, na lenha de caixotes e restos de madeiras de construção, porque também o preço do botijão ficou inalcançável a eles.
E sem sinal de melhora, porque os índices de elevação dos preços são muito mais agudos sobre eles do que sobre as famílias de renda mais alta, para as quais a alimentação e os gastos da moradia, embora mais altos, têm um peso proporcionalmente menor no orçamento domésticos.
E encontram, por lá, no lugar do arroz, feijão e uma carne modesta – bons tempos aqueles – o farelo de arroz, o feijão de uma banda só e os pés de frango, novo “must” da culinária dos desvalidos.
Cozidos, frequentemente, na lenha de caixotes e restos de madeiras de construção, porque também o preço do botijão ficou inalcançável a eles.
E sem sinal de melhora, porque os índices de elevação dos preços são muito mais agudos sobre eles do que sobre as famílias de renda mais alta, para as quais a alimentação e os gastos da moradia, embora mais altos, têm um peso proporcionalmente menor no orçamento domésticos.
O fim do governo Bolsonaro
Editorial do site Vermelho:
O governo Bolsonaro já chegou a um estágio que demonstra cabalmente a sua inviabilidade. As promessas apresentadas na sua campanha eleitoral caíram por terra, com o agravante de que a margem de manobra para justificar a postergação das medidas essenciais para enfrentar a grave crise do país não existe mais.
Bolsonaro foi eleito com a promessa de melhorias sociais e na infraestrutura do país, basicamente. Não estava claro qual seria o caminho para atingir essas metas, mas sua campanha eleitoral prometeu a retomada do crescimento econômico e com ele as garantias de investimentos maciços, que se desdobrariam nas melhorias prometidas. Mesmo sendo uma construção complexa, por envolver o trâmite institucional do Congresso Nacional, havia a expectativa de que tudo logo seria resolvido. Não foi o que aconteceu.
O governo Bolsonaro já chegou a um estágio que demonstra cabalmente a sua inviabilidade. As promessas apresentadas na sua campanha eleitoral caíram por terra, com o agravante de que a margem de manobra para justificar a postergação das medidas essenciais para enfrentar a grave crise do país não existe mais.
Bolsonaro foi eleito com a promessa de melhorias sociais e na infraestrutura do país, basicamente. Não estava claro qual seria o caminho para atingir essas metas, mas sua campanha eleitoral prometeu a retomada do crescimento econômico e com ele as garantias de investimentos maciços, que se desdobrariam nas melhorias prometidas. Mesmo sendo uma construção complexa, por envolver o trâmite institucional do Congresso Nacional, havia a expectativa de que tudo logo seria resolvido. Não foi o que aconteceu.
Brasil, país-planeta (ou Saudades do futuro)
Por Paulo Nogueira Batista Jr.
Ultimamente, tenho pensado muito – não só com a cabeça, mas também com o coração – no papel planetário do Brasil. Isso pode parecer estranho, quando se considera o ponto baixíssimo em que nos encontramos, dentro e fora de casa. Reconheço que é mesmo estranho. Mas nosso país, leitor, tem que pensar grande. Não pode cuidar apenas de si mesmo e da sua vizinhança imediata.
Estou exagerando? Não creio. O Brasil teve, ou começou a ter, em tempo não muito distante, exatamente esse papel planetário. Eu mesmo participei disso, no âmbito do FMI, do G20 e dos BRICS, e sei do que estou falando. O que vou escrever, hoje, está ancorado não apenas em desejos ou projetos, mas também em vivências. Convido o leitor a passar ao largo da nossa conjuntura deplorável e voltar os olhos para o futuro. Também do futuro se pode ter saudades.
Ultimamente, tenho pensado muito – não só com a cabeça, mas também com o coração – no papel planetário do Brasil. Isso pode parecer estranho, quando se considera o ponto baixíssimo em que nos encontramos, dentro e fora de casa. Reconheço que é mesmo estranho. Mas nosso país, leitor, tem que pensar grande. Não pode cuidar apenas de si mesmo e da sua vizinhança imediata.
Estou exagerando? Não creio. O Brasil teve, ou começou a ter, em tempo não muito distante, exatamente esse papel planetário. Eu mesmo participei disso, no âmbito do FMI, do G20 e dos BRICS, e sei do que estou falando. O que vou escrever, hoje, está ancorado não apenas em desejos ou projetos, mas também em vivências. Convido o leitor a passar ao largo da nossa conjuntura deplorável e voltar os olhos para o futuro. Também do futuro se pode ter saudades.
Ir para as ruas adianta?
Rio de Janeiro, 24/7/21. Foto: Duda Dusi/Mídia Ninja |
Confesso que não me lembro da última vez em que participei de uma passeata de protesto.
Não me refiro a atos de campanha eleitoral ou de defesa de alguma causa: estou falando de passeata de protesto.
Pois no sábado fui. Havia um sol cálido no centro do Rio, onde eu também não ia há sei lá quanto tempo. Reencontrei gente que não via há séculos.
Uma antiga e querida amiga me contou que o último abraço dado por ela foi em minha companheira e em mim, no sábado 14 de março de 2020. Que aliás, e até sábado agora, tinha sido nosso último encontro.
Fiquei impressionado com a quantidade de gente que passava pela avenida Presidente Vargas, rumo à Candelária. Estacionei ali um tempinho, o suficiente para ver grupos organizados que iam de crianças negras a veteranos de 1968.
Bolívia fortalece rede de comunicação estatal
Reprodução do site: https://www.ahoraelpueblo.bo/ |
“O jornal Agora o Povo surge para enfrentar uma mídia multiespecializada, neoliberal, que conta com grande aparato nacional e internacional para propagar mentiras contra o processo que a Bolívia está construindo”, afirmou Marco Santivañez, responsável pela publicação, em entrevista exclusiva. Na avaliação de Santivañez, ao investir no jornal junto à rede Pátria Nova, à Bolívia TV, ao Sistema Nacional de Rádios dos Povos Originários (RPOs) e à Agência Boliviana de Informação (ABI), “oferecendo um material adequado e de qualidade, o presidente Luis Arce Catacora tem colocado em outro patamar a luta política contra os meios hegemônicos”. “Afinal, este é o momento do povo, este é o momento da Pátria, da reivindicação social, econômica e política, de quem resistiu a um governo ditatorial sanguinário, terrorista, que em 11 meses estava destruindo tudo o que havia sido conquistado e construído em 14 anos de governo de Evo Morales”, denunciou.
segunda-feira, 26 de julho de 2021
Bolsonaro omite encontro com nazista alemã
Por Simão Zygband, no site Construir Resistência:
Uma foto divulgada nesta segunda-feira mostra que o ocupante da presidência, Jair Bolsonaro, se encontrou, fora da agenda oficial, com a deputada alemã Beatrix von Storch, uma das lideranças do partido de extrema direita Alternativa para Alemanha (AfD) e neta de um ex-ministro das Finanças da Alemanha durante o regime nazista de Adolf Hitler, Ludwig Schwerin von Krosigk.
A parlamentar postou sua foto abraçada com Bolsonaro e Sven von Storch, seu marido. Além disso, ela acrescentou uma mensagem na qual afirma que seu partido quer “fortalecer suas conexões e defender nossos valores cristãos e conservadores em nível internacional”.
Uma foto divulgada nesta segunda-feira mostra que o ocupante da presidência, Jair Bolsonaro, se encontrou, fora da agenda oficial, com a deputada alemã Beatrix von Storch, uma das lideranças do partido de extrema direita Alternativa para Alemanha (AfD) e neta de um ex-ministro das Finanças da Alemanha durante o regime nazista de Adolf Hitler, Ludwig Schwerin von Krosigk.
A parlamentar postou sua foto abraçada com Bolsonaro e Sven von Storch, seu marido. Além disso, ela acrescentou uma mensagem na qual afirma que seu partido quer “fortalecer suas conexões e defender nossos valores cristãos e conservadores em nível internacional”.
Centrão e militares são muito parecidos
Por Bepe Damasco, em seu blog:
Vejo como simplistas e exageradas as análises que situam em campos opostos hoje os militares e o Centrão, na disputa pela hegemonia no governo Bolsonaro.
No quesito briga por ocupação de cargos e, consequentemente, controle de verbas, de fato, a queda de braço é real. Não satisfeitos com os mais de 6 mil cargos que detêm na administração direta e nas estatais, os militares querem mais.
Quanto ao Centrão, os cargos de poder e as fatias polpudas do orçamento constituem-se na própria razão de ser do agrupamento.
Contudo, a tese do antagonismo incontornável entre o “partido militar” e os políticos vorazmente fisiológicos do Centrão não resiste a um exame mais cuidadoso.
Vejo como simplistas e exageradas as análises que situam em campos opostos hoje os militares e o Centrão, na disputa pela hegemonia no governo Bolsonaro.
No quesito briga por ocupação de cargos e, consequentemente, controle de verbas, de fato, a queda de braço é real. Não satisfeitos com os mais de 6 mil cargos que detêm na administração direta e nas estatais, os militares querem mais.
Quanto ao Centrão, os cargos de poder e as fatias polpudas do orçamento constituem-se na própria razão de ser do agrupamento.
Contudo, a tese do antagonismo incontornável entre o “partido militar” e os políticos vorazmente fisiológicos do Centrão não resiste a um exame mais cuidadoso.
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