Por Roberto Amaral, em seu blog:
Nossas forças, por assim dizer, armadas não estão preparadas para a defesa nacional. Além de desequipadas para o enfrentamento a qualquer ameaça externa digna de respeito (pois 75% dos gastos da Defesa são consumidos com salários, aposentadorias e pensões paras filhas de oficiais), suas operações dependem da supervisão do Pentágono, que as condiciona, mediante o monopólio do fornecimento de armas e munições (sempre de segunda linha ou obsoletas), e as controla do ponto de vista político-ideológico, sempre na contramão de nossas necessidades.
A carência, porém, se transforma em potência, quando se trata da defesa do status quo.
domingo, 15 de agosto de 2021
Fidel Castro, um inesquecível amigo
Por Frei Betto, em seu site:
Em 13 de agosto Fidel completaria 95 anos. Não saberia dizer quantas conversas privadas tive com Fidel, desde que o conheci, em 1980. Após o nosso primeiro encontro, em Manágua, fiz inúmeras viagens a Cuba, e acredito que, a partir de 1985, em quase todas elas surgiu a oportunidade de encontrá-lo.
Mas nunca tive acesso direto a ele. Enganavam-se aqueles que me ligavam e pediam que eu fosse portador de uma carta ou de um apelo a Fidel. Não era alguém que eu pudesse chamar por telefone, embora ele tenha me ligado algumas vezes. Uma delas foi em 2010, pouco antes da eleição presidencial que daria vitória a Dilma Rousseff. Eu me encontrava em São Paulo, no Esch Café, em companhia – por coincidência – do embaixador de Cuba no Brasil e do cônsul em São Paulo. Fidel queria saber das chances de Dilma, do PT e sucessora de Lula, ser eleita presidente da República. Os dois diplomatas, surpresos, devem ter imaginado que tais chamadas a mim fossem frequentes...
Em 13 de agosto Fidel completaria 95 anos. Não saberia dizer quantas conversas privadas tive com Fidel, desde que o conheci, em 1980. Após o nosso primeiro encontro, em Manágua, fiz inúmeras viagens a Cuba, e acredito que, a partir de 1985, em quase todas elas surgiu a oportunidade de encontrá-lo.
Mas nunca tive acesso direto a ele. Enganavam-se aqueles que me ligavam e pediam que eu fosse portador de uma carta ou de um apelo a Fidel. Não era alguém que eu pudesse chamar por telefone, embora ele tenha me ligado algumas vezes. Uma delas foi em 2010, pouco antes da eleição presidencial que daria vitória a Dilma Rousseff. Eu me encontrava em São Paulo, no Esch Café, em companhia – por coincidência – do embaixador de Cuba no Brasil e do cônsul em São Paulo. Fidel queria saber das chances de Dilma, do PT e sucessora de Lula, ser eleita presidente da República. Os dois diplomatas, surpresos, devem ter imaginado que tais chamadas a mim fossem frequentes...
Povo não gosta de militar
Por Marcos Coimbra, no site Brasil-247:
É lenda que as Forças Armadas, por estar entre as instituições em que a população mais confia, são aprovadas e queridas.
Figurar entre as primeiras, quando a má avaliação é a regra, não quer dizer muito.
Talvez, apenas, que o povo desconfia de todas, de umas mais, de outras menos.
É certo, no entanto, que sua imagem vem descendo a ladeira desde 2018, quando se meteram nesse lodaçal do governo do capitão Bolsonaro.
Ajudaram a eleger um presidente de última categoria, participam da lambança de sua administração e se tornaram grandes beneficiárias de decisões nada republicanas (para dizer o mínimo) que tomou.
Estão metidas até a raiz dos cabelos em seu golpismo, intimidam adversários, acobertam falcatruas, inventam com ele mostrengos como o Bolsa Voto, para comprar o apoio dos necessitados.
É lenda que as Forças Armadas, por estar entre as instituições em que a população mais confia, são aprovadas e queridas.
Figurar entre as primeiras, quando a má avaliação é a regra, não quer dizer muito.
Talvez, apenas, que o povo desconfia de todas, de umas mais, de outras menos.
É certo, no entanto, que sua imagem vem descendo a ladeira desde 2018, quando se meteram nesse lodaçal do governo do capitão Bolsonaro.
Ajudaram a eleger um presidente de última categoria, participam da lambança de sua administração e se tornaram grandes beneficiárias de decisões nada republicanas (para dizer o mínimo) que tomou.
Estão metidas até a raiz dos cabelos em seu golpismo, intimidam adversários, acobertam falcatruas, inventam com ele mostrengos como o Bolsa Voto, para comprar o apoio dos necessitados.
Santander reincide em terrorismo contra o PT
Foto: Francisco Proner |
O Santander é reincidente na prática de terrorismo eleitoral contra o PT.
Em 25 de julho de 2014, o Banco enviou comunicado a seus clientes e investidores alertando que caso se mantivesse o crescimento de Dilma nas pesquisas, o dólar dispararia e os juros subiriam, causando “a deterioração de nossos fundamentos macroeconômicos”.
No último 12 de agosto, 7 anos depois daquela intromissão inaceitável nos assuntos internos do Brasil, este grupo transnacional perpetrou novo ataque à democracia. Desta vez, com espantoso atrevimento, propôs nada menos que “um golpe para evitar o retorno de Lula”.
Bolsonaro tentará cassar Moraes e Barroso
Por Fernando Brito, em seu blog:
Sequer uma palavra sobre Roberto Jefferson, novo ataques aos ministros Alexandre de Moraes e Luiz Roberto Barroso, os quais “extrapolam com atos os limites constitucionais”.
É assim a primeira reação pública de Jair Bolsonaro à prisão, ontem, de seu “soldado” espalhafatoso.
Passa por cima das ameaças e pantomimas do “primitivo” Jefferson para fazer as suas própria, claro, “em nome do povo”.
- O povo brasileiro não aceitará passivamente que direitos e garantias fundamentais (art. 5° da CF), como o da liberdade de expressão, continuem a ser violados e punidos com prisões arbitrárias, justamente por quem deveria defendê-los.
Sequer uma palavra sobre Roberto Jefferson, novo ataques aos ministros Alexandre de Moraes e Luiz Roberto Barroso, os quais “extrapolam com atos os limites constitucionais”.
É assim a primeira reação pública de Jair Bolsonaro à prisão, ontem, de seu “soldado” espalhafatoso.
Passa por cima das ameaças e pantomimas do “primitivo” Jefferson para fazer as suas própria, claro, “em nome do povo”.
- O povo brasileiro não aceitará passivamente que direitos e garantias fundamentais (art. 5° da CF), como o da liberdade de expressão, continuem a ser violados e punidos com prisões arbitrárias, justamente por quem deveria defendê-los.
Xadrez do réquiem do jornalismo
Por Luis Nassif, no Jornal GGN:
Peça 1 – o jornalismo volta a falar português
Depois de 15 anos nas sombras, o jornalismo brasileiro volta a falar o português.
Nesse período, em função da guerra cultural promovida pela mídia, o jornalismo brasileiro emulou o período da ditadura, recorrendo a metáforas, metonímias, e todo tipo de figura de linguagem para conseguir driblar a censura dos veículos. Em nada diferente dos anos de chumbo.
Um bom exemplo é Jamil Chade.
Em seu período de Estadão foi o único a furar o bloqueio da mídia em relação aos escândalos da FIFA-CBF-Globo ou sobre a Lava Jato.
Depois de 15 anos nas sombras, o jornalismo brasileiro volta a falar o português.
Nesse período, em função da guerra cultural promovida pela mídia, o jornalismo brasileiro emulou o período da ditadura, recorrendo a metáforas, metonímias, e todo tipo de figura de linguagem para conseguir driblar a censura dos veículos. Em nada diferente dos anos de chumbo.
Um bom exemplo é Jamil Chade.
Em seu período de Estadão foi o único a furar o bloqueio da mídia em relação aos escândalos da FIFA-CBF-Globo ou sobre a Lava Jato.
sábado, 14 de agosto de 2021
Senado revoga a LSN, um entulho da ditadura
Por Altamiro Borges
Em um episódio carregado de simbolismo, no mesmo dia em que o fascista Jair Bolsonaro promovia o seu patético desfile de tanques para intimidar o Congresso Nacional no debate sobre o voto impresso, o Senado finalmente enterrava a Lei de Segurança Nacional – a famigerada LSN imposta pelo general João Batista Figueiredo nos estertores da ditadura, em 1983.
Alguns senadores bolsonaristas, como “Flávio Rachadinha” (Patriota-RJ), o filhote 01 do “capetão”, até tentaram evitar os avanços na nova legislação que substituirá a LSN – como o capítulo que prevê aumento da pena quando os crimes forem cometidos por militares ou o item que criminaliza atentados ao direito de manifestação –, mas foram derrotados.
Em um episódio carregado de simbolismo, no mesmo dia em que o fascista Jair Bolsonaro promovia o seu patético desfile de tanques para intimidar o Congresso Nacional no debate sobre o voto impresso, o Senado finalmente enterrava a Lei de Segurança Nacional – a famigerada LSN imposta pelo general João Batista Figueiredo nos estertores da ditadura, em 1983.
Alguns senadores bolsonaristas, como “Flávio Rachadinha” (Patriota-RJ), o filhote 01 do “capetão”, até tentaram evitar os avanços na nova legislação que substituirá a LSN – como o capítulo que prevê aumento da pena quando os crimes forem cometidos por militares ou o item que criminaliza atentados ao direito de manifestação –, mas foram derrotados.
Assinar:
Postagens (Atom)