sexta-feira, 3 de dezembro de 2021

Um show de hipocrisia de André Mendonça

Charge: Zé Dassilva
Por João Paulo Cunha, no jornal Brasil de Fato:

O novo ministro do Supremo Tribunal Federal, André Mendonça, aprovado em sabatina na Comissão de Constituição e Justiça do Senado e em seguida no plenário da Casa, é um hipócrita. Não é apenas despreparado para a função, o que retiraria sua candidatura da primeira exigência legal, pela ausência de notório saber jurídico. Nem somente fraco moralmente pela genuflexão ao presidente que o indicou e aos líderes de sua fé. Ou mesmo um reles mentiroso. Há uma progressão em matéria de fuga à verdade no magistrado genuinamente evangélico.

O espólio do Bolsonaro ainda vivo

Por Fernando Brito, em seu blog:

As elites brasileiras, no seu mundinho particular, dão como “morto” Jair Bolsonaro e entregam-se, avidamente, do que julgam ser seu espólio.

Bolsonaro, é verdade, está em desagregação. Mas longe, infelizmente, de ser dado como extinto.

Sua tática de radicalização continuada, em uso até o frustrado 7 de Setembro, foi trocada por outra, da qual não se pode, até agora, medir se terá a eficácia da primeira experiência de auxílio emergencial.

É provável que nem tanto, porque o alcance e o valor serão bem menores. Mas também é certo que produzirá algum efeito, mas numa área em que nossas elites não andam e, olhando de longe, julgam que vota “pelo dinheiro”, como achava que ocorria com o Bolsa Família.

Lula no Podpah derrota Bolsonaro nas redes

Foto: Ricardo Stuckert
Por Miguel do Rosário, no blog Cafezinho:

Era uma vez um tempo em que o mundo político dava grande importância a opinião de meia dúzia de colunistas de jornal.

Foi nesse mundo que Lula se elegeu em 2002, e as crises que teve de administrar em seus dois governos foram exercícios complexos de relações públicas com essa mídia tradicional.

Aí nasceu a internet, e o poder da mídia como “influencer” no mercado político começou a declinar rapidamente.

A Lava Jato foi o canto do cisne da grande mídia brasileira. A parceria criminosa entre o Estado jurídico-policial e setores reacionários do jornalismo comercial produziu uma verdadeira catástrofe econômica e política que, por sua vez, deu a luz Bolsonaro.

Chapa Lula-Alckmin muda tabuleiro

Foto: Ricardo Stuckert
Por Rodrigo Vianna, no site Brasil-247:

O último mês do terrível ano de 2021 começa com o quadro político quase definido para 2022.

João Dória ganhou o braço de ferro no PSDB, e por estreita margem será o candidato de um partido decadente. Dória tem a máquina de São Paulo, muito dinheiro e guarda alguma simpatia em setores tradicionais da elite paulista.

Sérgio Moro ocupou todos os espaços que a mídia tradicional generosamente lhe concedeu: é o candidato da Globo e de fatias importantes do mercado financeiro, além de agregar aqueles militares que sonham com um bolsonarismo sem Bolsonaro.

Desmonte da Petrobras e perda de soberania

Melhores momentos de Lula no Podpah

Ideologia, marxismo e "falsa consciência"

quinta-feira, 2 de dezembro de 2021

Moro bota medo no bolsonarismo

Em pauta a PL das fake news

Arranjos jornalísticos alternativos no Brasil

Senado aprova evangélico terrível para o STF

Charge: Aroeira
Por Altamiro Borges

Com 47 votos a favor e 32 contrários, o Senado aprovou nesta quarta-feira (1) a indicação do "evangélico terrível" André Mendonça – um serviçal de Jair Bolsonaro – para a vaga no Supremo Tribunal Federal (STF). Na teatral sabatina, o novo ministro, que até fez implante de cabelos, defendeu o Estado laico e o casamento gay, fingindo se contrapor aos dogmas dos mercadores da fé e do fascista no poder. Após a apertada vitória, porém, ele festejou o "salto para os evangélicos".

Mais arrocho em cima do arrocho

Charge: Crisvector
Por Paulo Kliass, no site Vermelho:

Não é segredo para quase mais ninguém o quão criminosa tem se revelado a cada semana, cada mês, cada ano que passa, a política econômica levada a cabo pelo superministro da economia Paulo Guedes. Desde antes mesmo do início do mandato do ex-capitão, o banqueiro sempre se primou por implementar, enquanto política de governo, as propostas que atendessem de forma plena e satisfatória prioritariamente aos interesses do financismo.

Desemprego e números paquidérmicos

Charge: Fraga
Por João Guilherme Vargas Netto

O Brasil é um país imenso com uma população enorme. Mas suas estatísticas não precisavam ser tão desconjuntadas e tão remexidas.

Basta citar os números do desemprego e assemelhados (mesmo e principalmente aqueles manipulados escandalosamente) para verificar o quanto a brutal situação perde a urgência de seu enfrentamento e superação exatamente porque...eles são aterradores.

O professor Waldir Quadros, persistente e criterioso analista, resume suas pesquisas com a feroz afirmação de que 43 milhões de brasileiros não têm renda decorrente do trabalho. Mesmo que se descontem os aposentados, como conseguem sobreviver os milhões restantes?

O “salto para os evangélicos” e a democracia

Charge: Nei Lima
Por Jeferson Miola, em seu blog:

Na sabatina no Senado, o tremendamente hipócrita André Mendonça disse que “na vida, a Bíblia; no Supremo, a Constituição”.

Ele ostentava implante de cabelo. Talvez para desviar a atenção e camuflar seu real caráter de agente extremista de direita.

Bastaram, contudo, poucos minutos para Mendonça despir-se da fantasia ensaiada com mídia trainers e usada na pantomima na comissão de constituição e justiça do senado [em minúsculo].

Nos corredores do senado, cercado de familiares e evangélicos parlamentares, um Mendonça “genuinamente evangélico”, como se autodefiniu perante o colegiado, fez seu primeiro pronunciamento como ministro da Suprema Corte como se estivesse pregando na igreja presbiteriana Esperança, na Asa Sul, em Brasília, onde é um reconhecido pastor fundamentalista.

Como o garimpo ilegal dominou o rio Madeira

Novos fatos sobre os negócios de Dallagnol

Alta dos juros agrava tempestade perfeita

quarta-feira, 1 de dezembro de 2021

Reitor da Unisinos rejeita insígnia do governo

Padre Marcelo Fernandes de Aquino, reitor da Unisinos
Por Altamiro Borges


Numa atitude altiva e exemplar, o reitor da Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos-RS), padre Marcelo Fernandes de Aquino, rejeitou a condecoração com a insígnia do grau de Cavaleiro da Ordem de Rio Branco, oferecida pelo governo federal a personalidades por “serviços ou méritos excepcionais prestados ao país”.

Em carta enviada ao Itamaraty na segunda-feira (29), ele reconheceu a importância da insígnia, mas explicou o motivo da sua rejeição. “Declino receber a condecoração em virtude da atual incapacidade do governo federal de dar rumo correto às políticas públicas para as áreas de educação, saúde, meio ambiente, ciência e tecnologia”.

Confiança dos consumidores segue em queda

A base evangélica de Bolsonaro já derrete