terça-feira, 18 de janeiro de 2022

Uma elite em busca de uma segunda via

Arte: Miguel Paiva
Por Maria Inês Nassif. no Diário do Centro do Mundo:

A entrada do ex-juiz Sérgio Moro na cena eleitoral está longe de ser uma simples articulação de uma terceira via numa disputa eleitoral polarizada entre o ex-presidente Lula e Jair Bolsonaro. O que está em curso, e é nítido e cristalino, é uma conspiração para tirar Bolsonaro do páreo.

O ex-capitão não tem nenhuma chance de vitória pela via eleitoral. Até as pedrinhas da Esplanada dos Ministérios sabem disso. Seu governo foi o mais desastroso da história deste país e ele deixou uma boa parte da população brasileira mendigando comida nas esquinas das ruas da classe média e da elite que bateram panelas pedindo o impeachment de Dilma Rousseff, em 2016, e a prisão de Lula, em 2019. Sobrevive apenas com o apoio de uma massa radicalizada e militarizada.

Djokovic, o número 1 do negacionismo

Charge e montagem: Christi
Por Simão Zygband, no site Construir Resistência:


Quando a gente pensa que a estupidez do negacionismo prosperava apenas em solo brasileiro, liderado pelo excrementíssimo senhor presidente da Repúblicas, não é que também vem de fora, desta vez incorporado em um atleta de projeção mundial, o sérvio Novak Djokovic, o número 1 do Tênis, um péssimo exemplo de alguém que se tornou símbolo na negação das vacinas contra a Covid-19?

Djokovic teve que encarar a humilhação de ser deportado da Austrália, país onde queria entrar sem ser vacinado, para participar do Australian Open, onde disputaria a oportunidade de obter seu 21° título de Grand Slam, e se tornar o maior campeão do Tênis de todos os tempos. O sérvio é o maior ganhador da competição de Melbourne, com 9 títulos. Se não se vacinar, poderá também ser impedido de participar do torneio de Roland Garros, na França.

segunda-feira, 17 de janeiro de 2022

Pesquisa atiça o golpismo de Bolsonaro

Justiça rejeita pedido de prisão de Bonner

Espanha, Brasil e a reforma trabalhista

Os trabalhadores da Eletrobras vão parar

O Estado no combate a intolerância religiosa

O dízimo de Bolsonaro e o pato da Veja

O botox e a espetacularização do jornalismo

As milícias do RJ serão enfrentadas em 2022?

STF prorroga inquérito contra Bolsonaro

Charge: Adnael
Por Altamiro Borges


Em breve, Jair Bolsonaro deverá ter outro nó nas tripas – ou será obstrução cerebral? O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu prorrogar por 90 dias o inquérito que apura interferência do fascista na Polícia Federal para proteger os seus filhotes. A denúncia foi feita pelo ex-juizeco Sergio Moro, seu ex-capacho da Justiça.

“Considerando a necessidade de prosseguimento das investigações e a existência de diligências em andamento, prorrogo por mais 90 dias, a partir do encerramento do prazo final anterior [29 de janeiro], o presente inquérito”, despachou o ministro. Essa é a quarta vez que ocorre a dilatação da data marcada para o encerramento das apurações.

Pesquisa atiça o golpismo de Bolsonaro

Charge: Duke
Por Altamiro Borges


A primeira pesquisa eleitoral deste ano, feita pela Quaest Consultoria, confirma o ex-presidente Lula com larga vantagem na corrida presidencial. Ele aparece com 45% das intenções de voto contra 23% de Jair Bolsonaro. Sergio Moro tem 9%; Ciro Gomes, 5%, João Doria, 3%, e Simone Tebet, 1%. Nos votos válidos, o petista venceria já no primeiro turno, com 52,3%.

No caso de segundo turno, Lula vence em todas as simulações – contra todos os postulantes. Já o atual presidente perde em todas sondagens. Ele apanha feio do líder das forças de esquerda – Lula, 54%; Bolsonaro, 30%. Também perde para o ex-juizeco e seu ex-ministro – Moro 36%, Bolsonaro 30%; e ainda para o candidato do PDT – Ciro, 39%, Bolsonaro, 32%.

domingo, 16 de janeiro de 2022

Carluxo Bolsonaro ataca ex-aliado: "chifrudo"

Quem manda hoje em MG são as mineradoras

Djokovic virou símbolo da cruzada antivacina

Charge: Ramón Díaz Yanes
Por Cezar Xavier, no site Vermelho:


Ler a autobiografia do tenista sérvio Novak Djokovic, Serve To Win (Servir para Vencer), assombra pelo modo como ele se revela vulnerável a todo tipo de charlatanismo e propaganda contra a ciência. Não se trata de apenas mais um esportista desconfiado com a vacinação ou vítima do discurso negacionista de tantos políticos idiotas da extrema direita.

Sua biografia não se contenta em apenas relatar sua história vitoriosa em meio a um país envolvido em muito sofrimento de guerra. O livro peculiar está cheio de entusiasmo ingênuo com o caldo interminável de terapias e conselhos pseudo e anticientíficos da nova era, com títulos de capítulos como “Como abrir minha mente mudou meu corpo”. Ele entra na seara da “mudança do pensamento a respeito de si mesmo” para se tornar o sucesso que é, hoje.

Campanha de Bolsonaro não terá coordenação

Charge: Olivier Ploux
Por Fernando Brito, em seu blog:


O Globo e a Folha especulam, hoje, sobre a formação de uma coordenação de campanha de Jair Bolsonaro: “Bolsonaro cria comitê de campanha, com Flávio na liderança’, diz o jornal dos Marinho; “Núcleo de campanha de Bolsonaro tem Flávio como 01 e mira estrutura profissional“, afirma o dos Frias.

Não creio que haverá algum “núcleo” ou “comitê” que, como poder decisório ou mesmo bússola de orientação seja composto por ninguém a não ser o próprio Jair e os três filhos.

Achar que Ciro Nogueira, o general do Centrão, ou Valdemar da Costa Neto, o dono do partido que hospeda o presidente vão coordenar ou lá o que seja a campanha bolsonarista é sofrer de uma ilusão que, depois de todos estes anos, dá a quem a tiver o título de tolo.

Como Trump, Bolsonaro também quer o caos

Charge: Paolo Calleri
Por Jeferson Miola, em seu blog:


No último dia 6 de janeiro se completou o “1º aniversário” do atentado à sede do Congresso dos EUA, o Capitólio, liderado por Donald Trump desde a Casa Branca.

O mundo inteiro ficou estupefato com aquele cenário – que oscilou entre o bizarro e o distópico – no coração da suposta “maior” democracia mundial.

Nos dias seguintes, muito se profetizou sobre o desgaste inexorável e irrecuperável de Trump. Não faltaram, inclusive, previsões de que o bufão estaria definitivamente proscrito da política.

Estas profecias não só não se confirmaram, como ocorreu exatamente o inverso. O ex-presidente desfrutou da impunidade para continuar ocupando o centro da política partidária republicana.

Não há, além disso, indicativo de que ele venha a ser responsabilizado politicamente e/ou criminalmente. Até agora, mais de 700 pessoas foram indiciadas, denunciadas ou presas; todavia, Trump, seus familiares e demais arquitetos políticos e intelectuais do atentado não foram punidos.

O perigoso cinismo do Império

Por Marcelo Zero, no site Brasil-247:

“Nenhuma polegada para o Leste”.

Foi o que prometeu o então Secretário de Estado dos EUA, James Baker, a Mikhail Gorbachev, na reunião de 9 de fevereiro de 1990 para tratar da reunificação da Alemanha.

Com efeito, em troca da aceitação da unificação da Alemanha por parte da então União Soviética, os EUA prometeram a Gorbachev que a OTAN não se expandiria nem uma polegada para o Leste e permaneceria nos limites da Europa Ocidental.

Posteriormente, os EUA tentaram desmentir essa promessa, mas documentos oficiais do Departamento de Estado, desclassificados em 2017, comprovam que ela foi feita.

Na realidade, os documentos oficiais revelam que a promessa foi feita não uma, mas três vezes, na reunião com Gorbachev, de 9 de fevereiro de 1990.

Bolsonaro, Lula e o quadro no início de 2018

Por Renato Rovai, na revista Fórum:

Em janeiro de 2018, em pesquisa Datafolha, Lula tinha 37% das intenções de voto, Bolsonaro 16%, Alckmin 7% e Ciro 7%.

Os outros candidatos que estavam na simulação tinham todos juntos 15%. Lula não ganhava no primeiro turno, mas liderava de forma folgada.

Era um cenário muito parecido com o atual, que é ainda um pouco mais favorável a Lula.

Na primeira pesquisa do ano feita presencialmente (mesmo método usado pelo Datafolha) pela Quaest, Lula lidera com 45%, Bolsonaro teve 23%, Sergio Moro 9%, Ciro Gomes 5%, João Doria 3% e Simone Tebet 1%.

O que os números mostram? Que em janeiro de 2018, pouco antes de ser preso e já sendo vítima de um massacre midiático-judicial, Lula era favoritíssimo a vencer aquela eleição.

Mais uma baixa na cultura brasileira

Por Elizabeth Lorenzotti, no Jornal GGN:


Faz alguns dias ando pasma com mais um feito de Doria Jr.

Ele fechou o maravilhoso parque gráfico da Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, demitiu apenas lá 154 pessoas, e não sei quantas mais no total.

A Editora da Imesp foi decepada e conta com apenas duas funcionárias sobreviventes.

As livrarias foram desativadas e a Editora da USP, que também utilizava o parque gráfico, não tenho ideia de como vai se virar.

Quando você aciona o site, cai no Diário Oficial e aparece o recado: “Imprensa Oficial agora é Prodesp”.