sexta-feira, 4 de março de 2022
domingo, 27 de fevereiro de 2022
Aécio Neves pode perder seu mandato
Charge: Izânio |
Na semana passada, o Ministério Público Federal reforçou o pedido para que o deputado Aécio Neves (PSDB-MG), um dos principais responsáveis pelo golpe do impeachment contra Dilma Rousseff, seja condenado e perca seu mandato como punição pelo recebimento de R$ 2 milhões do então presidente da J&F, Joesley Batista, em 2017.
Como lembra o site UOL, “na época, Aécio era senador. A propina teria sido recebida em quatro parcelas de dinheiro vivo e levadas em malas de São Paulo até Minas Gerais. Alguns pagamentos suspeitos foram filmados pela Polícia Federal. O caso foi enquadrado pelo MPF como corrupção passiva”.
Bolsonaro torra grana pública no Carnaval
Charge: Fraga |
Enquanto a média de mortes diárias por Covid-19 atinge 722 pessoas e cerca de 500 brasileiros, segundo o Itamaraty, ainda tentam deixar a Ucrânia, o “capetão” curte festivamente o Carnaval no litoral paulista. O site G1 informa neste domingo (27) que “Bolsonaro passeia de moto aquática e gera aglomeração de banhistas em praias do Guarujá e Praia Grande”.
Segundo a notinha, o presidente “saiu de Brasília, na manhã de sábado, e foi de avião até o Aeroporto de Congonhas (SP). Depois, ele seguiu em helicóptero para o Guarujá, onde chegou por volta das 10h20. Ele e sua comitiva estão hospedados no Forte dos Andradas. A previsão é que o presidente retorne à Brasília na próxima sexta (4)”.
Brasil vira a “Disneylândia do neonazismo”
Por Fernando Brito, em seu blog:
Aos que acham que esta história de neonazismo é “folclore” em torno de alguns alucinados sem importância, recomenda-se a leitura da reportagem de Janaína Figueiredo, na edição de hoje de O Globo. onde registra-se que o Brasil é, no mundo, o país “onde mais cresce o número de grupos de extrema direita”. São 530, segundo um grupo de professores dedicado à pesquisa do tema:
- Desde 2018, o Brasil se transformou no país com maior crescimento de grupos de extrema direita. Este fenômeno tem a ver com a eleição de Jair Bolsonaro que, num nível subterrâneo, está vinculado a estas ideologias. Hoje, estima-se que 15% dos brasileiros são de extrema direita - afirma Michel Gherman, membro do Observatório da Extrema Direita, professor de Sociologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e coordenador do Instituto Brasil-Israel.
- Desde 2018, o Brasil se transformou no país com maior crescimento de grupos de extrema direita. Este fenômeno tem a ver com a eleição de Jair Bolsonaro que, num nível subterrâneo, está vinculado a estas ideologias. Hoje, estima-se que 15% dos brasileiros são de extrema direita - afirma Michel Gherman, membro do Observatório da Extrema Direita, professor de Sociologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e coordenador do Instituto Brasil-Israel.
Bolsonaro tem leve recuperação nas pesquisas
Arte: Dinho Lascoski |
Existe entre setores de esquerda no Brasil uma desconfiança em relação às pesquisas eleitorais que pode levar a um autoengano.
É preciso separar o joio do trigo. Há pesquisas claramente enviesadas, encomendadas para sustentar a ideia de que Bolsonaro avança como um foguete. Sim, há. Mas há também diferenças numéricas provocadas por metodologias diferentes. Importante estar atento a isso.
Não é produtivo, nem inteligente, vociferar contra todas as pesquisas que apontam alguma recuperação de Bolsonaro: “estão compradas, não confio, tudo feito por telefone, Lula já ganhou”.
Bolsonaro traz a fome de volta ao Brasil
Por Vanessa Grazziotin, no jornal Brasil de Fato:
O Brasil é um país cheio de contradições. Mas uma delas mostra bem o estágio em que nos encontramos: a produção do campo brasileiro é imensa, mas boa parte da população vive sem acesso suficiente aos alimentos, a chamada insegurança alimentar, que abrange desde a má qualidade da alimentação, passando pela instabilidade no acesso aos alimentos e o estágio pior, a fome.
Nos últimos anos, essa palavra, fome, voltou a fazer parte dia a dia dos brasileiros. Além dos números, nos chocam as cenas nas ruas, nos centros das grandes cidades, nas periferias, com pessoas à procura de restos, sobras, carcaças, farelos, lixo; nas filas dos açougues para comprar osso a quilo quando até algum tempo, era descartado ou doado.
O Brasil é um país cheio de contradições. Mas uma delas mostra bem o estágio em que nos encontramos: a produção do campo brasileiro é imensa, mas boa parte da população vive sem acesso suficiente aos alimentos, a chamada insegurança alimentar, que abrange desde a má qualidade da alimentação, passando pela instabilidade no acesso aos alimentos e o estágio pior, a fome.
Nos últimos anos, essa palavra, fome, voltou a fazer parte dia a dia dos brasileiros. Além dos números, nos chocam as cenas nas ruas, nos centros das grandes cidades, nas periferias, com pessoas à procura de restos, sobras, carcaças, farelos, lixo; nas filas dos açougues para comprar osso a quilo quando até algum tempo, era descartado ou doado.
Os efeitos da Rússia fora do Swift
Foto: Sputinik |
Tirar um país com a importância da Rússia do sistema de pagamentos de internacional, o Swift, tem um impacto imenso. Por exemplo, somente a Rússia poderia resolver os problemas de demanda energética imediata da Europa. Não se coloca um país como a Rússia fora do sistema internacional impunemente. Uma coisa é Cuba e Coreia Popular.
A Rússia terá de operar com o euro, fortalecendo a posição desta moeda. Por outro lado, poderá especular no mercado de ouro – e, o mais importante, do ponto de vista estratégico, consolidar a União Eurásica tendo o yuan como moeda oficial do bloco.
Cabeça fria para enfrentar o ano eleitoral
Quando passar mais um estranho carnaval que não é carnaval, desembocaremos em março. Aí faltarão sete meses para a eleição de outubro. Dia desses por curiosidade dei uma pesquisada para saber como estava a situação de Lula no Datafolha em fevereiro de 2002 e fevereiro de 2006, anos em que Lula saiu vitorioso das eleições.
Em 2002, Lula aparecia numericamente acima de Roseana Sarney, mas em situação de empate técnico: 28% a 26%. Quatro anos depois, os tucanos ainda mantinham acesa a disputa entre Alckmin e Serra pela vaga de candidato do PSDB à presidência. No cenário com Serra, empate: 34% Serra, 33% Lula. Na simulação contra Alckmin, que acabaria vencendo a queda de braço interna e se lançando candidato, Lula liderava com certa folga por 36% a 20%.
A guerra da Ucrânia e a mídia
Foto: BBC |
Um dos grandes desafios jornalísticos é a cobertura sistemática de temas não usuais. Explode determinado tema, foge do padrão normal de cobertura e de conhecimento do jornalista. O que fazer?
Esse fenômeno ocorreu na CPI dos Precatórios, no final dos anos 90 (abordo em meu livro “O jornalismo dos anos 90”). E acontece agora, na cobertura da guerra da Rússia contra a Ucrânia.
As coberturas convencionais têm o roteiro pronto, muitas vezes aceito passivamente pelo jornalista. Vai falar sobre economia? Entreviste os economistas A, B ou C, pergunte da lei do teto, peça uma crítica ao gasto público, e se dê por satisfeito.
Em cima dessa receita simples, comentaristas como Boris Casoy, na CNN, ou alguns comentaristas político-econômicos da Globonews fazem sua lição de casa diária, de um jornalismo pouco exigente.
Conflito não é só de Bolsonaro e Mourão
Por Moisés Mendes, em seu blog:
A grande imprensa brasileira se acovardou diante do mais importante fato político e militar acionado no país pelo conflito entre a Rússia e a Ucrânia.
O título das reportagens do dia seguinte sobre o embate de posições entre Bolsonaro e Mourão seria o mais óbvio:
Guerra divide Bolsonaro e Mourão e provoca racha no governo e no pensamento militar.
Mas os jornais se encolheram e trataram mal inclusive o constrangimento na área diplomática, como se fosse uma questão pontual. É uma questão de fundo, grave, que envolve a diplomacia e o que os generais pensam de uma guerra.
A grande imprensa brasileira se acovardou diante do mais importante fato político e militar acionado no país pelo conflito entre a Rússia e a Ucrânia.
O título das reportagens do dia seguinte sobre o embate de posições entre Bolsonaro e Mourão seria o mais óbvio:
Guerra divide Bolsonaro e Mourão e provoca racha no governo e no pensamento militar.
Mas os jornais se encolheram e trataram mal inclusive o constrangimento na área diplomática, como se fosse uma questão pontual. É uma questão de fundo, grave, que envolve a diplomacia e o que os generais pensam de uma guerra.
A russofobia da mídia hegemônica na Ucrânia
Foto: Sputnik |
“Na guerra, a primeira vítima é a verdade” - autoria desconhecida
A cobertura que a mídia hegemônica faz da crise na Ucrânia é alarmantemente viciada, além de claramente racista e preconceituosa.
Os meios de comunicação em todo mundo são meros repetidores dos mantras russofóbicos fabricados em Washington para instrumentalizar a guerrilha geopolítica e ideológica das “forças do bem”, a civilização ocidental, contra a “força do mal” – os russos, caucasianos e eurasiáticos.
Em geral, a mídia não só é subserviente ao “release único” escrito em Washington, como também é indigente e desonesta. Além de omitir aspectos étnicos, históricos e culturais dos povos eslavos, também mente, estigmatiza Putin e falsifica a história.
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