terça-feira, 5 de abril de 2022
Meu amigo Elifas Andreato
Ilustração: Aroeira |
Nunca saberei porque muitas vezes a gente declara nosso amor e admiração por uma pessoa apenas depois de sua morte. Contudo, digo que vi com alegria as manifestações dos amigos e admiradores de Elifas Andreato após sua partida. Da minha parte, quero lembrar o Elifas pondo sua arte a serviço das lutas populares, da sua oposição ferrenha contra a ditadura militar. Quero falar do artista engajado, do militante político corajoso que foi perseguido e discriminado, quero lembrar seu papel como difusor e defensor da cultura popular, mas principalmente vou agradecer ao amigo generoso, meu amigo e amigo da minha família, que chamava minha companheira Maria Lúcia de “comadre”.
A contrarrevolução fascista do bolsonarismo
Charge: Vaccari |
Medieval, reacionário, genocida, anticivilizacional, fascista, extremista etc – são alguns dos adjetivos comumente empregados para definir o significado do governo Bolsonaro e do “movimento bolsonarista”.
Todos esses adjetivos servem sob medida para caracterizar a natureza deste fenômeno radical que está subvertendo completamente a ordem política e social deste ciclo pós-ditadura que durou pouco mais de 30 anos.
Mais além de adjetivar Bolsonaro e o bolsonarismo, no entanto, é preciso identificar o significado substantivo do processo que está em curso, de uma genuína contrarrevolução fascista. Nesta perspectiva, o bolsonarismo tem de ser considerado como um movimento de caráter revolucionário, ainda que de sentido regressivo, do ponto de vista civilizatório.
Golpe teria manifesto 'por mais picanha'?
Charge: Gilmar |
Há quase quatro anos, 220 milhões de brasileiros pacatos vem sendo chantageados por um miliciano carioca que a elite soltou de paraquedas no Palácio do Planalto: ou ele fica eternamente no poder mediante o voto aterrorizado da massa ignara, ou os generais que ele cooptou com sólida pregação patriótica ($$$$) darão um golpe. Quem sabe matem os 30 mil que o ex-tenente expulso do Exército sempre sonhou matar.
A política fiscal de um futuro governo Lula
Ilustração: Matt Kenyon |
Hoje, vou escrever primordialmente para economistas, mas espero que o texto seja acessível, ao menos em parte, também para outros. Quero tratar de uma controvérsia entre os economistas heterodoxos. São basicamente dois grupos. De um lado da controvérsia, os mais tradicionais, para quem os déficits e a dívida pública são preocupações relevantes. De outro, os mais inovadores e extremistas, para quem isso não passa, essencialmente, de um mito ortodoxo, derivado de uma má compreensão da economia. O primeiro grupo é constituído de keynesianos convencionais. O segundo é influenciado pela Teoria Monetária Moderna, que surgiu há alguns anos nos EUA e teve grande repercussão lá e em outros países. A controvérsia é complexa; não vou abordar senão alguns de seus aspectos.
Eduardo Bolsonaro tortura Míriam Leitão
Por Gladson Targa |
O deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), também chamado de Dudu Bananinha, é realmente muito escroto. Pelo Twitter, ele voltou a ironizar a bárbara tortura sofrida por Míriam Leitão, da Rede Globo, durante a ditadura militar. Ele postou: “Ainda com pena da [emoji de cobra]”. O fascistoide conta com o cretinismo parlamentar para manter a sua imunidade!
Quando tinha apenas 19 anos e estava grávida, a hoje conhecida jornalista foi presa e torturada por carrascos da ditadura dos generais (1964-1985). Em uma sessão de tortura, ela foi deixada nua em uma sala escura com uma cobra. O tuíte do filhote 03 do presidente gerou manifestações de repúdio até dos que discordam da colunista global.
segunda-feira, 4 de abril de 2022
domingo, 3 de abril de 2022
Bolsonaro sai fortalecido da janela partidária
Charge: Carol Cospe Fogo |
A máquina de corrupção do governo, com R$ 16 bilhões em emendas parlamentares somente no orçamento secreto, foi decisiva no troca-troca da janela partidária encerrada nesta sexta-feira (1). Segundo levantamento do site G1, 23% dos deputados federais trocaram de partido (120 dos 513) e a bancada governista foi a que mais cresceu.
O maior favorecido pelas mudanças foi o PL, a nova sigla de aluguel de Jair Bolsonaro. Desde o primeiro dia da janela, em 3 de março, a bancada do partido cresceu 83% (de 42 para 76 deputados federais). Na sequência, Republicanos e PP – as outras duas legendas do Centrão que dão sustentação ao fascista – foram as que mais engordaram.
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