quinta-feira, 16 de junho de 2022
quarta-feira, 15 de junho de 2022
Bruno e Dom eram alvos da política de terror
Ilustração: CrisVector |
Bruno Pereira e Dom Philips foram vítimas das estruturas econômicas criminosas que se expandiram e se infiltraram livremente sob os auspícios do governo militar do Bolsonaro.
O macabro assassinato deles é consequência lógica das escolhas do governo dos generais, que haverão de ser responsabilizados nos tribunais nacionais e internacionais por mais um crime pavoroso contra a humanidade.
Bruno e Dom eram entraves ao genocídio dos povos originários e à devastação das florestas e territórios indígenas, onde florescem com fecunda facilidade a pesca e a caça ilegal, o narcotráfico, o garimpo, a mineração, a pistolagem e o desmatamento.
Em razão disso, Bruno e Dom viraram alvos que algum dia, mais cedo ou mais tarde, deveriam ser exterminados. E este dia finalmente chegou, em 5 de junho, na Terra Indígena do Vale do Javari.
O desenvolvimentismo de Petro na Colômbia
Comitê Presidente Petro e Vicepresidenta Francia - Villavicencio |
“O Estado exercerá suas funções de liderança para promover um processo de industrialização democrático e responsável, capaz de gerar capacidades para aumentar a produtividade, o emprego, a renda e as cadeias produtivas necessárias para uma transição social e ecológica que estimule a produção de e para a vida”.
O compromisso desenvolvimentista é prioridade no programa de Gustavo Petro e Francia Márquez, candidatos da coalizão oposicionista Pacto Histórico à presidência e à vice-presidência da Colômbia, que lideram até mesmo as “pesquisas” de opinião de voto - tradicionalmente manipuladas pelos monopólios de mídia e pelo governo - para o segundo turno das eleições do próximo domingo (19).
terça-feira, 14 de junho de 2022
Manifesto dos economistas em apoio a Lula
Foto: Ricardo Stuckert |
Diante da profundidade e das múltiplas dimensões da crise social, política, econômica e ambiental instalada no país, mais de mil economistas subscreveram o manifesto Movimento dos Economistas pela Democracia e Contra a Barbárie. O documento explicita o seu posicionamento em relação às eleições que se aproximam e às medidas necessárias para recuperar o crescimento sustentável com redução das desigualdades.
Os signatários se opõem ao projeto político de Jair Bolsonaro e seus apoiadores. Entendem que as tentativas de enfraquecimento das instituições têm por intuito a implantação de um sistema político autoritário, uma ditadura neofascista sustentada por polícias e milícias armadas.
Quem matou Bruno e Dom?
Ilustração: Thiago |
No momento em que escrevo, esvaiu-se a esperança de que o indigenista Bruno Pereira e o jornalista Dom Phillips sejam encontrados com vida. A família do cidadão britânico teria recebido o aviso de que dois corpos foram localizados num dos pontos de busca do Vale do Javari, na imensidão da floresta amazônica, que eles tanto amaram.
Quem os matou? Bruno e Dom foram mortos por todos os que incentivam o crime contra os povos indígenas, suas terras, a floresta, suas águas, bichos e plantas. Por aqueles que enfraqueceram os órgãos de fiscalização nos últimos anos, tirando-lhes verba e equipamentos, perseguindo e coagindo os servidores públicos. Como fizeram com Bruno, afastado da Coordenação Geral de Índios Isolados e Recém Contatados, em 2019.
Oportunidade de ouro para o Brasil
Charge: Henfil |
Posso fazer mais uma fuite en avant? Queria falar um pouco da enorme oportunidade que se abre para a atuação internacional do Brasil de 2023 em diante, admitindo-se, claro, que não venhamos a cometer o desatino de reeleger o atual presidente da República.
Enorme mesmo? Às vezes, fico pensando se, na esperança ardente de vislumbrar uma recuperação do Brasil, não acabo superestimando o ex-presidente Lula ou subestimando as dificuldades que ele terá de enfrentar. Pode ser, mas não creio. A oportunidade não tem precedentes e decorre da conjugação de três fatores: a) um país que é um dos gigantes do mundo com b) um presidente experiente e respeitado mundialmente, c) em ambiente de escassez de lideranças políticas no mundo – lideranças que sejam não só fortes, como aceitas amplamente.
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