Charge: Capirotinho |
Confirmou-se o que alguns vinham prevendo há tempos: Bolsonaro chega competitivo às eleições. Apesar de tudo que fez e deixou de fazer, ele tem condições de vencer, ainda que não seja o favorito, dados os seus altos índices de rejeição.
De todo modo, não é espantoso, leitor, que um presidente com o track record dele ainda consiga ter algo como 30% das intenções de voto? É bem verdade que a competitividade do presidente, governador ou prefeito que disputa a reeleição no cargo está normalmente assegurada. Ele tem a máquina e a caneta na mão, além da exposição permanente que o cargo lhe confere. E, se tiver maioria no Parlamento, pode aprovar muitas medidas eleitoreiras., especialmente se os parlamentares topam tudo por dinheiro, como acontece agora no Congresso Nacional. A competitividade pode ser minada por um desempenho abaixo da crítica, caso do atual presidente, mas é preciso muito esforço para sair do páreo. Acontece, mas é raro. E Bolsonaro, quer queiramos, quer não, tem seus trunfos.