sexta-feira, 9 de setembro de 2022

O show de horrores do 7 de Setembro

Charge: Brum
Por Jeferson Miola, em seu blog:


As celebrações do 7 de setembro foram transformadas numa esdrúxula maratona militar de propaganda eleitoral. O evento, repleto de crimes eleitorais e bancado com dinheiro público, foi transmitido ao vivo pela televisão horas a fio.

Assistimos comícios eleitorais preparados pelas Forças Armadas para seu candidato Jair Bolsonaro. Na data cívica sequestrada pelos militares, não houve menção ao bicentenário da independência; somente discursos toscos e radicalizados dirigidos às hordas fanáticas.

As cúpulas das Forças Armadas se exibiram abertamente como facção partidária de extrema-direita. Oficiais da ativa subiram no palanque eleitoral trajando uniforme de gala militar. Com esta demonstração de força e poder bolsonarista, o partido militar patrocinou o enterro da já baixa credibilidade que as Forças Armadas ainda possuíam.

Lula destrona Bolsonaro no YouTube e TikTok

A sujeira de Bolsonaro no 7 de Setembro

Charge: Quinho
Por Bepe Damasco, em seu blog:

Infelizmente, tudo indica que serão empurrados para debaixo do tapete os crimes eleitorais cometidos por Bolsonaro no 7 de Setembro. Reportagem publicada pelo site UOL, do Grupo Folha, nesta sexta-feira (9), mostra que, em geral, processos de abuso de poder econômico e político levam anos a fio para serem julgados.

E justiça tardia não é justiça. Ainda mais quando o autor se beneficia dos delitos, como é o caso em questão. Trocando em miúdos: a forte tendência é de que Bolsonaro siga em campanha como se nada tivesse acontecido.

Também não dá para deixar de citar os dois pesos e duas medidas do TSE e da mídia comercial. Basta imaginar como o país estaria em polvorosa, caso Lula ou Dilma, na presidência da República, afrontassem a legislação eleitoral em proporção até bem menor do que fez Bolsonaro.

Más notícias no movimento sindical

Trabalhadores e trabalhadoras na Mercedes-Benz
aprovam paralisação. Foto: 
Adonis Guerra/SMABC
Por João Guilherme Vargas Netto


O sequestro das comemorações e desfiles do bicentenário da Independência pelo bolsonarismo, que os transformou em imensos comícios (principalmente em Brasília, no Rio de Janeiro e em São Paulo), ao mesmo tempo que demonstrou força, escancarou o profundo desprezo pelo significado maior da data nem mesmo mencionada e ainda assim vilipendiada.

Cabe agora aos partidos de oposição contestarem o desrespeito à Justiça Eleitoral e às instituições (com os militares aceitando submissos participarem da farsa) e reforçarem suas campanhas, estas sim válidas e legais.

Enquanto isso duas péssimas notícias preocupam o movimento sindical e ensejam reações efetivas.

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Crimes de Bolsonaro e o Grito dos Excluídos

quarta-feira, 7 de setembro de 2022

Crime eleitoral de Bolsonaro no 7 de setembro

Rio de Janeiro. Divulgação
Por Altamiro Borges

A coligação Brasil da Esperança, que apoia a candidatura do ex-presidente Lula e congrega 10 partidos, vai ingressar com uma Ação de Investigação Judicial Eleitoral (Aije) junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) apontando abuso de poder econômico e político do presidente da República nas comemorações do Bicentenário da Independência. A medida é justa e extremamente necessária e seria bom que todos os partidos que se reivindicam democráticos fizessem o mesmo. O que ocorreu neste 7 de Setembro foi um crime eleitoral da maior gravidade, um crime nunca visto na nossa história.

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O tchutchuca machão

Charge: Nando Motta
Por Eric Nepomuceno, no site Brasil-247:


Não há qualquer vestígio nem mesmo de poeira de inteligência em Jair Messias. Em compensação, são inúmeras as evidências de que é esperto, e bastante esperto. Sobra esperteza no grande vazio da sua cabeça.

Como justificar então a agressividade contra a jornalista Amanda Klein, e ainda mais na Jovem Pan, emissora oficial do bolsonarismo?

Jair Messias e sua trupe sabem que é justamente no eleitorado feminino que ele naufraga mais fundo. Também sabem que dos meios de comunicação a Jovem Pan, e em especial um tal de “Pingo nos is”, é sua mais fiel e submissa tribuna.

Como, então, faltando tão pouco para o dia de ir às urnas – e, vale repetir, as mulheres são mais da metade dos eleitores –, ele desanda de novo? Será que não bastam os antecedentes de ofensas a mulheres, disparadas a esmo até mesmo contra apoiadoras (hoje talvez um tanto arrependidas) dos movimentos que abriram caminho para que ele chegasse onde chegou, a começar pela famigerada Lava Jato?

Independência ou morte!

Charge: Newton Silva
Por Paulo Nogueira Batista Jr.

“A independência está para os povos como a liberdade para o indivíduo”, definiu De Gaulle, com a autoridade de quem deu tudo de si para salvar a independência ameaçada da França durante a Segunda Guerra Mundial. No mesmo espírito, poderíamos dizer que a independência ou autonomia nacional é a capacidade de um país de definir o seu destino. Essa independência é crucial e intransferível, pois nenhum país que se preze pode confiar o seu destino a outras nações, por mais próximas que pareçam, por mais amigas que possam ser consideradas. As nações, dizia também De Gaulle, não têm amigos, mas interesses. Só os países que têm vocação para colônia ou protetorado abdicam da sua independência.