sexta-feira, 16 de setembro de 2022

Agressão a Vera Magalhães e o papel da mídia

Charge: Nando Motta
Por Jeferson Miola, em seu blog:


“Cría cuervos y te sacarán los ojos” - Ditado espanhol

A agressão perpetrada pelo deputado bolsonarista Douglas Garcia contra Vera Magalhães é sintoma do processo entranhado de fascistização do Brasil.

A jornalista não é a primeira, como tampouco será a última profissional de imprensa a ser vitimada pela violência fascista reinante no país.

O fascismo, assim como o nazismo, elege um inimigo capital. Este inimigo é destinatário de um ódio mortal; é um mal a ser extirpado para que a sociedade seja “purificada e limpa” de “seres impuros e inferiores”. Não por acaso os nazistas jocosamente chamavam o campo de concentração de Auschwitz como “o ânus da Europa”.

O fascismo se reforça e se expande com a intolerância, preconceito e violência contra inimigos estigmatizados. Na Alemanha dos anos 1930 do século passado, os inimigos do regime nazista eram os judeus, os gays, ciganos e comunistas.

O suicídio político de Ciro Gomes

Charge: Zepa
Por Eric Nepomuceno, no site Brasil-247:


Poucas vezes, ao menos nestes últimos anos, houve um suicídio político tão gritante como o de Ciro Gomes.

É impressionante como ele faz naufragar uma extensa carreira que inclui dois mandatos de deputado estadual no Ceará, além de ter sido prefeito de Fortaleza, governador de seu estado, ministro da Fazenda de Itamar Franco, ministro de Integração Nacional de Lula, deputado federal.

Passou pelo antigo PMDB, pelo PSDB, pelo PPS (antigo Partido Comunista), e agora está aninhado no PDT. Em 2002, disputou a presidência conseguindo, graças ao apoio de Leonel Brizola, armar uma Frente Trabalhista, juntando o PDT, o PTB e o PPS.

Perdeu, mas apoiou Lula – o mesmo Lula que ele agora ataca de maneira descontrolada – no segundo turno.

Toda essa trajetória e toda essa experiência não foram suficientes para domar seu ego que, muito mais que inflado, é obeso.

Faz escuro mas eu canto

Porto Alegre, 17/9/22. Foto: Ricardo Stuckert
Por Roberto Amaral, em seu blog:


A história desses 200 anos de Independência (celebrados de modo grotesco no último 7 de setembro) reproduz a história dos 300 anos que nos levaram da feitoria a um império atrasado, escravista, latifundiário, genocida de índios, negros e brancos pobres, extrativista e depredador do meio ambiente. Economia dependente, agroexportadora, destinada a atender à demanda europeia de produtos tropicais – índios escravizados flora e fauna, madeira de tinta, açúcar, algodão, ouro, prata e café – numa trágica premonição do Brasil de hoje, orgulhoso exportador de minérios, grãos, carne, frango, importador de ideias, ciência e tecnologia. E às voltas com o espectro da fome que ronda os lares de sua população pobre.

O encontro da intelectualidade progressista

Guerra cultural e disputa de valores

A educação é o caminho

Desafios chineses: economia e seca

O voto útil dentro das campanhas eleitorais

Bolsonaro confessa sua culpa no Covid

Dissidentes do PDT divulgam apoio a Lula

A família militar e as eleições

A greve nacional pelo piso da enfermagem

Reprodução do Facebook da FNE
Por Altamiro Borges

Diante da decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de suspender o piso salarial da categoria, confirmada pela maioria do pleno nesta quinta-feira (15), o Fórum Nacional da Enfermagem, que agrega entidades da categoria como a Federação Nacional dos Enfermeiros (FNE), decidiu intensificar os preparativos da paralisação nacional marcada para a próxima quarta-feira, dia 21 de setembro, com duração de 24 horas.

quinta-feira, 15 de setembro de 2022

YouTube privilegia fake news de Bolsonaro

Charge: Daniel Paz
Por Altamiro Borges

Nesta quarta-feira (14), a Folha de S.Paulo divulgou um estudo feito pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) que confirma que o “o algoritmo do YouTube privilegia a Jovem Pan e os vídeos a favor do presidente Jair Bolsonaro (PL) em suas recomendações”. As manipulações criminosas ficam comprovadas na pesquisa.

“Durante o levantamento, em 18 visitas-teste à plataforma com perfis diferentes, os canais do grupo Jovem Pan foram indicados 14 vezes na página inicial do YouTube, com um ou mais vídeos sugeridos. O mais recomendado aos usuários foi o da participação de Jair Bolsonaro no programa Pânico, no dia 26 de agosto. A entrevista foi recomendada em oito visitas-teste, em cinco versões (cortes), que juntas somam 9,6 milhões de visualizações”.

Brasil cai três posições no IDH da ONU

Lula conversa com 8 mil comunicadores

Bolsonaro cria site de ‘fake news’ contra Lula

Charge: Miguel Paiva
Da Rede Brasil Atual:

A campanha de Jair Bolsonaro (PL) “criou e impulsionou” um site com conteúdos negativos, mentirosos, com desinformação, informações descontextualizadas ou fake news contra o ex-presidente e candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A nova ofensiva do “gabinete do ódio” bolsonarista, desta vez sem disfarces, foi revelada pela Folha de S. Paulo.

Segundo o jornal, a página foi criada em 30 de agosto e o domínio “está registrado no CNPJ da campanha de reeleição de Bolsonaro”. Porém, a página não consta no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) como pertencente à equipe bolsonarista.

Os quatro desafios da campanha de Lula

Montes Claros/MG, 15/9/22. Foto: Ricardo Stuckert
Por André Cintra, no site Vermelho:

A nova rodada da pesquisa Ipec/TV Globo, divulgada na segunda-feira (12), apontou que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pode vencer as eleições 2022 já no primeiro turno, no próximo dia 2 de outubro. Lula tem 46% das intenções de voto – seu melhor patamar desde o início oficial da campanha, em 16 de agosto. Os adversários do petista, juntos, somam 44%.

Se a eleição fosse hoje e esses números se concretizassem, Lula estaria eleito em um único turno, com 51% dos votos válidos. Porém, como a margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos, o desfecho da eleição ainda está em aberto. Levantamentos de outros institutos, como a Quaest e o PoderData, indicam uma tendência de dois turnos.

Violência contra indígenas dispara no Brasil

Por Gabriela Moncau, no jornal Brasil de Fato:

"Nosso povo está morrendo. Morrendo!". A fala de Pjhcre, liderança maranhense do povo Akroá Gamela na frente da Esplanada dos Ministérios, nesta quinta-feira (15) em Brasília, não é modo de dizer. O mês de setembro começou com uma escalada de violência contra os povos originários no Brasil. Em um período de 10 dias – entre 3 e 13 de setembro – seis indígenas dos povos Pataxó, Guarani Kaiowá e Guajajara foram assassinados e um se suicidou nos estados da Bahia, do Mato Grosso do Sul e do Maranhão.

TSE dá urna para Exército brincar. Um perigo

Charge: Zé Dassilva
Por Fernando Brito, em seu blog:


Alexandre de Moraes deu um brinquedinho para Bolsonaro e seus militares – assim mesmo, porque é do presidente e não da Nação que estes chefes resolveram ser – com a resolução que atendeu ao plano de fazer um ‘teste de integridade’ com o uso de biometria nas seções eleitorais.

A biometria, como se sabe, só serve para comprovar a identidade do eleitor, ou seja, para dizer que são os que estão de fato inscritos naquela seção e assim mesmo de forma incompleta.

Nada de ruim, se for tratado como um experimento tosco e sem serventia. O problema é que se tire disso acusações e dúvidas também sem consistência.

Espinhos nas flores

Charge: Marcio Baraldi
Por João Guilherme Vargas Netto


É evidente que por estes dias e pelo menos até o 2 de outubro o assunto é um só: compor nossa chapa eleitoral e conquistar votos para vitória de nossos candidatos.

Dirigentes e ativistas sindicais influentes têm intensificado as ações que visam garantir a vitória do ex-presidente Lula em primeiro turno. Procuram conquistar os colegas que tenham outros candidatos, principalmente à presidência, ecoando as inúmeras manifestações recentes de apoio a ele, como a da ex-ministra Marina Silva.

Estão previstas inúmeras manifestações eleitorais com participação dos trabalhadores que não só apoiam as propostas de Lula – discussão tripartite da legislação trabalhista, aumento real do salário mínimo, desenvolvimento econômico e criação de empregos, formalização das novas profissões e solidariedade social – como também reforçam as pautas aprovadas na Conclat-2022.