quinta-feira, 29 de setembro de 2022
Campanha eleitoral vive hoje “Dia D”
Charge: Nando Motta |
Muito embora faltem três dias para as eleições presidenciais de 2022, é consenso que esta quinta-feira (29) é uma espécie de “Dia D” para as campanhas. A nova rodada da pesquisa Datafolha, que será divulgada às 18 horas, e o debate entre os presidenciáveis na TV Globo, a partir das 22h30, devem acelerar o desfecho na disputa ao Planalto.
As últimas pesquisas de intenções de voto registradas no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) indicaram que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ampliou sua vantagem para o atual mandatário, Jair Bolsonaro (PL). Foi o caso do mais recente levantamento do próprio Datafolha, divulgado em 22 de setembro.
Assim como Bolsonaro, PL é golpista
Charge: Zé Dassilva |
O PL, Partido do Bolsonaro, agiu de modo no mínimo dual em relação ao TSE e ao sistema eleitoral brasileiro.
Em um ato, o presidente partidário Valdemar Costa Neto participou de visita institucional à sala de totalização dos votos do TSE. Ao final do evento, reconheceu a transparência do sistema do TSE.
Contrariando o delírio do Bolsonaro e dos generais, o presidente do PL assumiu publicamente que não existe a fantasiosa “sala secreta”.
Em outro ato, o PL divulgou relatório em que a consultoria contratada pelo Partido sustenta que as urnas eletrônicas não são confiáveis e que o sistema de apuração e totalização dos votos do TSE é suscetível a fraudes.
Tumulto é última arma de Bolsonaro
Charge: J.Bosco |
Jair Bolsonaro contava com um golpe para permanecer no poder. Agora, entretanto, contenta-se com meros tumultos que o ajudem a afastar o eleitor da urna e dar-lhe, assim, uma chance de levar a eleição para o segundo turno.
Ao dizer, ontem, que vai dar ordem às Forças Armadas para decidir que “não vai ter eleição” em seções onde pessoas sejam impedidas de votar com a camisa da Seção Brasileira, o presidente da República, além sinalizar que os militares podem usurpar uma decisão que pertence apenas à Justiça Eleitoral , volta a usar o já famoso “apito de cachorro”, sinalizando a seus apoiadores uniformizados para tumultuarem as seções de votação, porque, para todos os efeitos, estão com a camiseta verde-amarela.
quarta-feira, 28 de setembro de 2022
ONU alerta para violência política no Brasil
Charge: Machado |
O jornalista Jamil Chade informa no site UOL que o Alto Comissariado da Organização das Nações Unidas (ONU) para Direitos Humanos fez nesta terça-feira (27), em Genebra, um alerta sobre os ataques ao processo eleitoral brasileiro e sobre a escalada de violência política às vésperas das eleições do próximo domingo.
“Estamos fortemente preocupados com o relato de violência contínua que envolve partidos políticos, apoiadores e candidatos”, afirmou a porta-voz do escritório da ONU, Ravina Shamdasani. Num apelo público, ela pediu a “todos os líderes políticos e candidatos” que ajam no sentido de evitar “o uso da violência contra os oponentes políticos”.
Perguntas urgentes
Charge: Dan |
Ao menos uma pergunta paira, como sombra palpável, sobre nós: haverá segundo turno?
Outras, porém, ficam zumbindo de maneira permanente na minha pobre alma.
Não, não me refiro à reação do Tchutchuca do Centrão tanto se for derrotado no primeiro turno como no segundo. Por tudo que ele já deixou claro, haverá de tudo, menos uma reação digna.
A esta altura, ele deve ter chegado à conclusão de que não há espaço nem clima para tentar um golpe. Mas que vai incentivar seus seguidores mais radicalizados a saírem pelas ruas, quanto a isso não me restam dúvidas.
Quais, então, as perguntas zumbidoras?
São basicamente duas.
Onda Lula vira tsunami antifascista
Foto: Ricardo Stuckert |
A onda Lula engatou uma espiral ascendente; um tsunami antifascista e pró-democracia está em formação.
Parece consolidado na imensa maioria da sociedade brasileira o sentimento de que em 2 de outubro o país está confrontado a escolher entre a democracia ou o fascismo.
De modo geral, as pessoas percebem que não se trata de uma simples eleição, mas da sobrevivência da democracia para podermos começar a urgente reconstrução do país.
A repulsa do povo aos desatinos do Bolsonaro, ao terrorismo bolsonarista e ao desastre do governo militar impulsionam a onda Lula.
O cansaço com os desatinos bolsonaristas é incontível, e se reflete na rejeição do Bolsonaro, superior a 50%. O voto útil, neste sentido, ganha forte empuxe, pois representa o alívio imediato que pode pôr fim ao pesadelo.
Respaldado pelos altos índices de intenções de votos que podem elegê-lo já no primeiro turno, Lula tem buscado e conquistado significativos apoios na cruzada antifascista e em defesa da democracia.
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