quinta-feira, 6 de outubro de 2022
quarta-feira, 5 de outubro de 2022
Simone Tebet anuncia apoio a Lula
Reprodução |
Terceira colocada na disputa presidencial de 2022, a senadora Simone Tebet (MDB) declarou apoio à candidatura de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no segundo turno da eleição. O anúncio, feito na tarde desta quarta-feira (5), em São Paulo, foi comemorado pela campanha do ex-presidente.
“Depositarei nele o meu voto porque reconheço nele o seu compromisso com a democracia e com a Constituição, o que desconheço no atual presidente (Jair Bolsonaro)”, afirmou. No primeiro turno, realizado no último domingo (2), a emedebista teve 4,9 milhões de votos e, de modo surpreendente, terminou à frente do ex-ministro Ciro Gomes (PDT).
Patrões apertam o assédio eleitoral
Charge: Mário/APESJF |
Na manhã de terça (4) chegava mensagem da deputada Fernanda Melchionna (PSOL-RS), pelo Twitter. Ela alertava: “A empresa Stara está avisando os fornecedores que demitirá parte de seus funcionários caso Lula ganhe no 2º turno. O dono é um dos principais doadores de Bolsonaro e já foi beneficiado com mais de R$ 2 bi pela sua gestão. Uma mão lava a outra e quem paga é o trabalhador! É crime!”
A parlamentar anexava carta da empresa, assinada por Fabio Augusto Bocasanta, diretor Administrativo e Financeiro - a Stara é S/A - “Indústria de Implementos Agrícolas”.
Lula e o Centro Includente
Charge: Benett |
Por Luiz Gonzaga Belluzzo, no site da Rede Estação Democracia (RED):
Empolada em seu inglês dos tempos vitorianos, a revista The Economist desfia sabedorias a respeito das eleições brasileiras. A citação é um tanto longa, mas necessária:
“Lula continua sendo o favorito, até porque o senhor Bolsonaro repele muitos eleitores. Ele é um populista trumpiano, que mente tão facilmente quanto respira e imagina conspirações em todos os lugares. Ele não faz nenhum esforço para impedir a destruição da floresta amazônica. Sua manipulação de covid-19 foi vergonhosa. Seu círculo se sobrepõe ao crime organizado. Ele mina as instituições, desde a Suprema Corte até a própria democracia. Ele sugere que a única maneira de perder a eleição é se for fraudado, e que ele não aceitará nenhum resultado, exceto a vitória. Ele incita abertamente a violência. Em uma pesquisa recente, quase 70% dos brasileiros disseram temer danos físicos por causa de suas opiniões políticas.
terça-feira, 4 de outubro de 2022
Conservadorismo é uma coisa; fascismo é outra
Diante da consagração nas urnas de destacadas figuras do bolsonarismo, que vão de gente com as mãos sujas de sangue, como é o caso do general Pazuello, até uma penca de milicianos e mercadores da fé, passando por toda sorte de inimigos do regime democrático, os comentaristas da GloboNews, na noite deste domingo, dedicaram um bom tempo ao debate sobre as causas e consequências da permanência, em 2022, da onda conservadora de 2018.
O voto evangélico não pode ser perdido
Foto: Ricardo Stuckert |
Análise após análise do resultado das eleições, há um fator que deve merecer toda a atenção e que, até agora, mereceu apenas algumas leves menções.
Admitindo que as pesquisas subestimaram os resultados de Jair Bolsonaro, não será exagero dizer que ele teve de 25 a 30 pontos acima de Lula no eleitorado evangélico, algo como 25 a 30% da população.
Uma percentagem sobre a outra, isso dá, por baixo, uma vantagem ao fascista de 6% do eleitorado nacional, muito mais que a votação de Simone Tebet e Ciro Gomes. Por cima, mais que a dos dois somados.
Não deixar que essa deformação das eleições pela orientação religiosa cresça e até diminuí-la tanto quanto possível é essencial para enfrentarmos o 2° turno.
Admitindo que as pesquisas subestimaram os resultados de Jair Bolsonaro, não será exagero dizer que ele teve de 25 a 30 pontos acima de Lula no eleitorado evangélico, algo como 25 a 30% da população.
Uma percentagem sobre a outra, isso dá, por baixo, uma vantagem ao fascista de 6% do eleitorado nacional, muito mais que a votação de Simone Tebet e Ciro Gomes. Por cima, mais que a dos dois somados.
Não deixar que essa deformação das eleições pela orientação religiosa cresça e até diminuí-la tanto quanto possível é essencial para enfrentarmos o 2° turno.
A ultradireita contra a Arca de Noé
Charge: Aroeira |
Estamos em estado de choque, leitor. Começo este artigo na noite de domingo, dia do primeiro turno. Tinha um outro artigo, praticamente pronto, para publicar na segunda-feira seguinte, intitulado “O terceiro turno”, no qual fazia considerações sobre a pretensão do poder econômico-financeiro de colonizar o futuro governo Lula. Um resumo chegou a ser publicado na revista Carta Capital. A versão completa foi, porém, engavetada para uma ocasião mais oportuna, por motivos óbvios.
A bolsonarização do Brasil e do Congresso
Charge: Gilmar |
Vimos todos que o bolsonarismo é maior do que o imaginado e o mensurado pelos institutos de pesquisa. Que a vitória de Bolsonaro em 2018 não foi fenômeno sazonal produzido pela demonização da política e o antilulopetismo, filhos da Lava Jato. O resultado do primeiro turno nos mostra também que o bolsonarismo entranhou-se e deitou raízes mais fundas na sociedade brasileira, e que agora chegou ao Congresso a polarização entre a esquerda e a extrema direita, reduzindo a força da direita fisiológica, que de resto continuará servindo a Bolsonaro, na hipótese tenebrosa de sua reeleição.
Para alcançar 2023, focar na 'pauta do povo'
Charge: Serko |
A apuração dos resultados do primeiro turno das eleições aponta para um conjunto de surpresas a respeito do comportamento dos eleitores em comparação com aquilo que era projetado pelas pesquisas de intenção de voto. É bem verdade que os números finais e nacionais para o Presidente da República confirmaram a tendência de que Lula chegasse à frente de Bolsonaro, faltando apenas 1,5% para que não houvesse mais necessidade de um segundo turno para a definição do próximo ocupante do cargo.
Mobilização total para eleger Lula
Foto: Ricardo Stuckert |
Em reunião realizada no dia 4 de outubro de 2022 a Direção Executiva Nacional da CTB debateu a conjuntura e aprovou a seguinte resolução política:
1- O pronunciamento das urnas no último domingo, 2 de outubro, significa uma grande vitória para o candidato das forças progressistas, cujo adversário teve a seu favor o orçamento secreto e o poder
governamental, que usou de forma despudorada e ilícita, ao lado da campanha de calúnias e Fake News nas redes sociais. O primeiro turno acentuou a polarização política do país entre as forças democráticas e de esquerda e a extrema direita;
PDT declara apoio a Lula no segundo turno
Reprodução do Twitter |
O presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, revelou em coletiva realizada nesta terça-feira (4) que o seu partido, de maneira unânime, vai apoiar a candidatura de Lula (PT) no segundo turno da disputa presidencial.
A decisão foi tomada pela direção executiva do partido em reunião que contou com a participação de Ciro Gomes, que disputou o pleito nacional pelo PDT e terminou em quarto lugar com 3% das intenções de votos.
“Toda a executiva nacional do partido, mais os presidentes estaduais, deputados, decidimos de forma unânime apoiar a candidatura mais próxima de nós, que é a do Lula. Nós estamos chamando de a candidatura 12+1", brincou Lupi.
O Brasil sob a névoa da guerra
Taguatinga Norte (DF), 02/10/22 Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado |
No cenário de águas turvas que as pesquisas de opinião não conseguiram captar completamente, o eleitor deu seu recado e o retrato do Brasil que sai das urnas neste primeiro turno não é bonito.
É verdade que Lula mantém capacidade extraordinária de liderança, a despeito do imenso investimento das forças de direita e de extrema direita para desconstruir sua trajetória desde a Lava Jato. Mas o patamar de votos de Bolsonaro zera completamente o jogo. Na guerra, é uma oportunidade de ouro.
A dianteira de Tarcísio de Freitas, em São Paulo, e as eleições para governador no Rio de Janeiro e em Minas Gerais reforçam as trincheiras de Bolsonaro. A eleição de figuras que simbolizam tudo o que seu governo fez de mais cruel (Pazuello, Salles, Damares, Tereza Cristina, Mário Frias, Mourão etc) também diz muito sobre um Brasil medonho e que é dolorosamente real.
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