quarta-feira, 23 de novembro de 2022

Adeus às ilusões: o partido-mídia e a fome

Charge: Gary Zamchick
Por Emiliano José, na revista Teoria e Debate:


Pensando nesses turbulentos dias.

Conjuntura já mudou, e muito.

Nada será como antes, sempre.

Muita água vai correr pra debaixo da ponte até a posse de Lula.

Parece, parece mesmo, já estarmos sob novo presidente.

Por tudo.

O anterior, resta a um canto, calado. Um general disse: ele voltará a falar já, já. Torcemos pelo silêncio.

Quando falei de mudança de conjuntura, pretendia, e pretendo, dizer um pouco de nossa mídia empresarial.

Mídia abre fogo de barragem contra Lula

Charge: Ares
Do site Tutaméia:


“A mídia nativa segue pautando a política nacional. Ninguém se iluda que esse poderio vai se alinhar a Lula. Não vai. Seus interesses são outros. Afinal, o cerne do projeto econômico bolsonarista é igual ao da mídia: um ultraneoliberalismo antipovo, antinacional e entreguista. Já agora, na cobertura dos primeiros dias da transição, a histeria e o alarmismo são a tônica, com editoriais furibundos tentando impor rumos ao país. Sem enfrentar o desafio de construir meios para difundir a sua visão de mundo, o governo Lula seguirá refém das empresas e vulnerável a manipulações, complôs e golpes. A história mostra que os embates tendem a se acirrar, e o risco de impeachment não pode ser descartado.”

Os três mosquiteiros do neoliberalismo

Foto: Ricardo Stuckert
Por Carlos Lopes, no jornal Hora do Povo:


Em reação às lúcidas declarações de Lula, proferidas no Egito, alguns economistas, com solidíssima reputação neoliberal, endereçaram a ele uma carta aberta, defendendo o malfadado teto de gastos que nos inferniza desde o governo Temer – e até, pasmem os leitores mais inocentes, defendendo a apropriação, pelos bancos, das cordilheiras de juros transferidas pelo setor público (isto é, por todos nós).

Naturalmente, esses economistas, ao defenderem o teto de gastos e, ao mesmo tempo, a espoliação via juros da coletividade (isto é, do setor público), estão sendo perfeitamente coerentes. O teto de gastos existe, precisamente, para garantir a transferência eterna de bilhões, em juros, para os bancos. O que lhes incomoda, nas declarações de Lula, é, portanto, que o presidente eleito tocou nessa questão. Por isso, em sua carta, é o que eles pretendem negar.

Lula na COP27: discurso inaugural da nova era

Ministro do TCU é pego tramando o golpe

O terrorismo da extrema direita nas estradas

PL tenta fraudar eleições e TSE reage

A economia para além do terrorismo midiático

terça-feira, 22 de novembro de 2022

Bolsonaristas promovem terror nas estradas

Charge: Dalcio
Por Altamiro Borges


Até a Polícia Rodoviária Federal, chefiada pelo fascista Silvinei Vasques – que se veste e se comporta como Benito Mussolini –, está assustada com o grau de radicalização da nova onda de bloqueios nas estradas. A ação é reduzida, mas violenta. Puro terrorismo bancado por empresários bolsonaristas!

Em entrevista à CNN-Brasil, Cristiano Vasconcellos, coordenador de comunicação da PRF, finalmente admitiu que esses bloqueios são criminosos. “Não tem movimento de categoria. Inclusive tem muitos caminhoneiros que estão sendo agredidos, espancados, tendo o seu caminhão desatrelado com sua carga jogada na rodovia. Já jogaram óleo em rodovias federais para causar acidentes... Não tem pauta específica. Simplesmente eles fazem os bloqueios e quem é contra aquilo, sofre agressões, atentados”. Ele prossegue:

Por que Bolsonaro está em silêncio?

Bolsonaro está aparelhando o futuro governo

Charge: Aroeira
Por Tereza Cruvinel, no site Brasil-247:


Tomando café frio e ainda sonhando com um golpe contra a posse de Lula, Bolsonaro está nomeando amigos para cargos públicos com mandato, aparelhando o futuro governo com aliados que poderão lhe garantir alguma forma de poder, influência e proteção.

Algumas indicações dependem de aprovação do Senado e podem ser bloqueadas ali, e outras podem ser revertidas por Lula mas isso dará trabalho e será desgastante.

Na sexta-feira, 18 de novembro, foram publicadas em edição extraordinária do Diário Oficial as indicações do ministro da Secretaria de Governo, Célio Faria Junior, e do assessor especial da Presidência João Henrique Nascimento de Freitas para a Comissão de Ética Pública da Presidência da República.

Eles terão mandatos de três anos, atravessando nos cargos quase todo o governo de Lula.

Militares tentam enquadrar a transição

Charge: Pataxó
Por Jeferson Miola, em seu blog:

Oficiais militares, principalmente do Exército, usam a imprensa para testar o trânsito das suas pretensões na transição de governo; mas, em especial, para tentar enquadrar e/ou influenciar as escolhas do governo eleito acerca do ministério da Defesa e das Forças Armadas.

Plantam informações e versões – algumas verdadeiras, outras falsas –, insinuam planos e propostas e, também, fazem circular factóides e balões de ensaio.

Eles estão centralmente empenhados em emplacar seus interesses político-partidários, corporativos e estratégicos no processo de transição de governo.

Apesar de aquartelarem nas sedes dos comandos militares as hordas de criminosos e fascistas que promovem caos, baderna e atentam contra a democracia, as cúpulas militares fazem de conta que tudo transcorre dentro da mais absoluta normalidade.

Lula e o ectoplasma do Alvorada

COP27. Foto: Ricardo Stuckert
Por Cristina Serra, em seu blog:


Lula entendeu a gravidade da urgência climática e tem indicado que dará ao Brasil uma inédita estrutura de proteção ambiental, em seu terceiro mandato. Nem tudo está fechado, mas o que está delineado vai muito além do Ministério do Meio Ambiente.

Uma das novidades é o Ministério dos Povos Originários, que, ao dar voz e poder de decisão aos indígenas, equivale ao começo de um processo de reparação histórica por 520 anos de massacre. São eles os principais guardiões dos nossos biomas.

A deputada eleita Marina Silva (Rede-SP) propôs uma instância autônoma para coordenar a ação climática do governo e fiscalizar o cumprimento das metas do Brasil para redução da emissão de gases do efeito estufa. Seria a Autoridade Climática Nacional e agiria com total independência de ingerências políticas.

Análises sobre o fim do Twitter

Charge: Emanuele Del Rosso
Por Rafa da Guia

Desde que foi comprado por Elon Musk, o Twitter passa por uma enorme crise. Mesmo que se recupere da crise, há dúvidas sobre se a plataforma conseguirá manter sua lógica de funcionamento ou mesmo seu ecossistema de usuários.

Mesmo sendo vendida por cerca de 44 bilhões de dólares, a percepção global é de que a relevância econômica do Twitter é inexistente. A compra da rede por Elon Musk nunca fez sentido, não passando de uma tentativa de golpe do bilionário sul-africano que deu errado, inclusive para ele mesmo.

O Twitter não dá lucro relevante e, nos resultados atuais, Elon Musk demoraria cerca de 120 à 250 anos para recuperar o dinheiro que foi investido.

Seu plano era apenas dar mais um golpe no mercado financeiro, algo que se tornou comum para ele nos últimos anos. Ele iniciou a tentativa de golpe comprando 9% das ações do Twitter e, pouco depois, anunciou a compra da plataforma, fazendo com que as ações inflacionassem. Seu plano era cancelar a compra e vender suas ações ainda com preço inflacionado, lucrando em cima disso.

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