Charge: Frits Ahlefeldt |
“O trabalho produz obras maravilhosas
para os ricos, mas produz privação para
o trabalhador. Produz palácios, mas cavernas
para o trabalhador. Substitui o trabalho por
máquinas, mas remete uma parte dos
operários para um trabalho bárbaro e
faz da outra parte máquinas. Produz
espírito, mas produz idiotice, cretinismo
para o trabalhador”.
(Marx, In NETTO, José Paulo. Karl Marx: Uma biografia. São Paulo: Boitempo, 2020, p. 556).
Nesse prosear, volto a Marx. Tenho observado um movimento consolidado de ponderáveis setores da esquerda brasileira no sentido de dar prioridade às chamadas pautas identitárias, tão essenciais como problemáticas. Essenciais porque parte da luta dos povos, capaz de capturar singularidades durante algum tempo esquecidas equivocadamente por parte do movimento comunista e da esquerda de modo geral. Problemáticas porque leva a esquerda a pensar por partes, por nichos, deixando de lado o conjunto, a luta política, a totalidade, a luta de classes no sentido mais amplo. Totalidade e luta de classes, conceitos indispensáveis para enfrentar tal discussão. Um autor imprescindível para entendê-los, se o quiserem, o grande Lukács.
Nesse prosear, volto a Marx. Tenho observado um movimento consolidado de ponderáveis setores da esquerda brasileira no sentido de dar prioridade às chamadas pautas identitárias, tão essenciais como problemáticas. Essenciais porque parte da luta dos povos, capaz de capturar singularidades durante algum tempo esquecidas equivocadamente por parte do movimento comunista e da esquerda de modo geral. Problemáticas porque leva a esquerda a pensar por partes, por nichos, deixando de lado o conjunto, a luta política, a totalidade, a luta de classes no sentido mais amplo. Totalidade e luta de classes, conceitos indispensáveis para enfrentar tal discussão. Um autor imprescindível para entendê-los, se o quiserem, o grande Lukács.