sábado, 1 de julho de 2023
sexta-feira, 30 de junho de 2023
A autonomia do BC e as metas da inflação
Charge: J.Bosco/O Liberal |
Volto à questão do Banco Central, paciente leitor ou leitora. Conto com a sua paciência, característica talvez tipicamente brasileiro. Volto ao Banco Central porque o problema que ele representa se vê seriamente agravado pela teimosia do seu presidente, que insiste em manter os juros na lua e demora a sinalizar o início da sua redução, já tardia, ridiculamente tardia, uma vez que os diversos indicadores relevantes a justificam cada vez mais claramente. Mas não quero falar hoje da conjuntura da política monetária brasileira, e sim do pano de fundo, isto é, de questões estratégicas que, embora nem sempre explicitadas, permeiam o debate sobre moeda e juros, não só no Brasil, como em outros países.
Duas sugestões para o Ministério do Trabalho
Charge do site Metabase |
A grande tarefa do ministro Marinho e de sua equipe é a de revitalizar o Ministério do Trabalho, extinto, recriado e destroçado pelo governo Bolsonaro.
Assim como na Revolução de 30, o ministério deve ter atualmente um papel central, reestruturado orçamentária e funcionalmente.
O movimento sindical dos trabalhadores apoia estes esforços, fazendo deles uma exigência e participando com empenho nos diversos conselhos criados, reforçando as fiscalizações e as superintendências.
Interessa aos trabalhadores, aos empresários e ao governo um ministério forte, dentro dos ditames constitucionais, civilizatório e indutor de relações do trabalho justas e democráticas em um contexto de desenvolvimento econômico e superação das dificuldades.
A sindicalização entre os jovens
Charge do site SindiSaúde |
Sindicalização é uma ação permanente e parte do trabalho de base e cotidiano de dirigentes e ativistas sindicais. Em artigo anterior sistematizei argumentos que abordam a queda na densidade sindical, usando como base um amplo estudo realizado nos países da OCDE. Neste artigo tratarei da sindicalização entre os jovens.
São permanentes os desafios para a sindicalização em todas as faixas etárias, requerendo inovações nas estratégias que buscam abordar as trabalhadoras e os trabalhadores para participarem de atividades e aderirem voluntariamente ao sindicato, ampliando dessa forma a representatividade, a representação e de cobertura sindical.
Juros baixos para a economia crescer
Foto do site Mídia Ninja |
A grande tarefa política atual para os movimentos sociais é lutar pelo êxito do governo Lula em sua enorme tarefa de reconstrução e transformação nacional. Essa tarefa está associada a uma outra de grande importância: isolar e derrotar a extrema-direita.
Para isso, a continuidade da frente ampla que elegeu o governo Lula é essencial. Gostando ou não gostando, o fato é que a conquista de uma base estável no Congresso, imprescindível para assegurar a governabilidade, exige alianças amplas.
Mas a maioria no parlamento é apenas parte da solução dos problemas. Uma outra questão fundamental é conquistar apoio forte na sociedade, sem o qual não se consegue impulsionar as mudanças progressistas e impedir retrocessos.
Neste capítulo, os movimentos sociais jogam importante papel, distinto dos papeis dos partidos e do governo. Os movimentos sociais devem procurar interpretar as aspirações populares e servirem de veículos para suas reivindicações.
O asqueroso racista Gustavo Gayer ficará impune?
Grafite: Gorayeb |
Nesta quarta-feira (28), a deputada Duda Salabert (PDT-MG) anunciou que vai pedir a cassação do bolsonarista Gustavo Gayer (PL-GO) ao Conselho de Ética da Câmara Federal. Em entrevista ao podcast “Três irmãos”, o asqueroso parlamentar goiano criticou a “falta de capacidade cognitiva” dos africanos e também chamou os brasileiros de “burros”, com baixo QI, por eleger Lula presidente. “A Câmara não pode ser espaço para racista. Ele deveria ser preso, além de perder o mandato”, justificou a pedetista.
quinta-feira, 29 de junho de 2023
quarta-feira, 28 de junho de 2023
O vale-quanto-pesa de Bolsonaro no pós-TSE
Charge: Latuff |
O julgamento do TSE que deve condenar Jair Bolsonaro à inelegibilidade será um ato histórico, um legado a ensinar às novas gerações que atentar contra a democracia é crime.
Na atual conjuntura, porém, virou um anticlímax, crônica de uma inelegibilidade anunciada que já transportou os interessados à etapa seguinte, a divisão do espólio de Bolsonaro.
Divisão? Aí é que está. O ex-presidente e seus aliados do PL sabem que, para valer nas eleições que vêm por aí, a herança não pode se fragmentar entre diversas forças. A direita saiu da caixa de maldades aberta por Bolsonaro em sua eleição e é um dado concreto — mas vai precisar de novo pólo aglutinador.
Jair Bolsonaro não atraiu multidões em sua defesa, não mobilizou políticos importantes para protestar contra o TSE e sabe que são fingidos os gestos de solidariedade de boa parte dos aliados.
O choro é livre: vêm mais "Zanins" por aí
Foto: Ricardo Stuckert |
Cachorro picado por cobra tem medo até de linguiça.
O dito popular cabe como uma luva para que ingênuos, românticos, e até oposicionistas, entendam o que moveu Lula a indicar seu advogado e amigo Cristiano Zanin para o STF.
Também projeta como serão as próximas escolhas de Lula, tanto para a vaga da ministra Rosa Weber, no Supremo, como para a Procuradoria-Geral da República.
Antes, é importante frisar que Zanin, agora ministro, preenche com louvor os requisitos constitucionais de notório saber jurídico e reputação ilibada, para o ingresso na Corte Suprema. Os senadores reconheceram estas evidências, aprovando a indicação com expressivos 58 votos.
Chegou a ser cômica a campanha da mídia comercial pinçando apenas o critério da impessoalidade para atacar a opção do presidente da República.
Lira enriquece desde o orçamento secreto
Por Jeferson Miola, em seu blog:
Arthur Lira tenta se esquivar do esquema de corrupção e de lavagem de dinheiro descoberto no livro-caixa do seu braço direito Luciano Cavalcante alegando que os recursos para cobrir suas despesas “têm origem nos seus ganhos como agropecuarista e da remuneração como deputado federal”.
Esta alegação carece, no entanto, de fundamento, pois mesmo que Lira tivesse poupado e investido 100% de todos os salários de R$ 34.000/mês, inclusive o 13º, recebidos na legislatura anterior, sem gastar um centavo sequer, ele teria aumentado seu patrimônio em “somente” R$ 1,7 milhão.
Ocorre, contudo, que a declaração de bens dele ao TSE em 2022 mostra que seu patrimônio cresceu R$ 4,2 milhões em relação ao patrimônio informado na eleição anterior.
Assinar:
Postagens (Atom)