quarta-feira, 5 de julho de 2023

Jair inelegível. Vai começar o JN 3.0?

Charge: Amarildo
Por Eliara Santana, em seu blog:

A inelegibilidade de Jair Bolsonaro, definida pelo TSE em votação encerrada no dia 30 de junho, teve um grande destaque na edição de sexta do Jornal Nacional. Um destaque comedido e calculado, buscando ressaltar para os espectadores aquela fantasia presente ainda no jornalismo – a imparcialidade. Mas, para além das evidências (e negando as aparências, disfarçando as evidências…), o que me chamou a atenção na edição foi um bem construído tom de descarte daquilo que incomodou bastante. Descarte daquilo que se tornou inconveniente lembrar. Ou seja, Jair inelegível é um problema a menos para a Globo, com certeza, especialmente porque apaga a lembrança do papel conivente que as Organizações tiveram na eleição de Jair Bolsonaro, em 2018.

O legado de Jesus não pode servir à maldade

Charge: Predrag Koraksić Corax
Por Jair de Souza


É provável que todos os que fomos criados no seio de famílias identificadas com o cristianismo tenhamos ficado estupefatos esta semana quando um certo empresário que se diz pastor evangélico apareceu com destaque nos noticiários devido a sua fala na qual justificava e instigava a perseguição e, inclusive, o extermínio físico (assassinato) de homossexuais.

Esse comportamento poderia ser considerado normal e natural em pessoas abertamente associadas com a ideologia nazista-fascista, cuja versão brasileira é o bolsonarismo. Porém, o que causa muita indignação é quando aqueles que andam agindo dessa forma se apresentam publicamente como sendo seguidores e representantes de Jesus junto aos demais membros da sociedade.

Cristãos repudiam pastor-capeta André Valadão

Jair Renan e as perversões dos Bolsonaro

Charge: Aroeira
Por Altamiro Borges


O clã Bolsonaro parece que só reúne pervertido, além de corruptos. O paizão e os três filhos parlamentares – Flávio Rachadinha (01), Carluxo Pitbull (02) e Dudu Bananinha (03) – já são conhecidos por suas indecências. E aos poucos, o pimpolho mais novo, Jair Renan (04), também vai revelando todo o seu mau-caratismo.

Na semana passada, viralizaram na internet vídeos de uma conversa no podcast Social Pro em que o filhote 04 do fascista debocha da pandemia. “Foi a época em que mais peguei gente”, afirma. Em outro trecho, ele repete as besteiras do genitor e diz que a “Covid é uma gripe, e eu prefiro morrer transando do que tossindo”.

terça-feira, 4 de julho de 2023

Inelegibilidade de Bolsonaro pode aumentar

Charge: Nando Motta
Por Altamiro Borges


A decisão do Tribunal Superior Eleitoral, por cinco votos a dois, de tornar inelegível Jair Bolsonaro foi apenas a primeira derrota de muitas que o fascista deverá sofrer daqui pra frente. Somente no TSE há mais 15 processos contra ele; já o Supremo Tribunal Federal (STF) reúne outros cinco inquéritos. O criminoso não terá sossego no próximo período. E a cadeia será sempre uma possibilidade a assombrar o “capetão”, que já anda meio deprimido temendo o ostracismo, o abandono e as traições.

Cristãos repudiam pastor-capeta André Valadão

Ilustração de Alona Savchuk
Por Altamiro Borges


As diabólicas pregações do “pastor” André Valadão, incentivando os fanatizados da Igreja Batista Lagoinha a assassinarem integrantes da comunidade LGTBQIA+, tem gerado forte reação. Parlamentares pedem a prisão do falso líder evangélico e o Ministério Público Federal decidiu abrir inquérito por crime de homotransfobia. Nesta quarta-feira (4), os verdadeiros cristãos também divulgaram uma nota de repúdio ao pastor-capeta:

Os bastidores do ensaio sensual de Bolsonaro

Quem irá liderar os bolsonaristas agora?

Quem não paga impostos no Brasil?

As empresas aliadas da ditadura militar

domingo, 2 de julho de 2023

Sleeping Giants derrota a Jovem Pan

Sleeping Giants e a campanha #DesmonetizaJovemPan 
Por Altamiro Borges


A derrota de Jair Bolsonaro – nas urnas e nas suas várias orquestrações golpistas – pode custar muito caro para a Jovem Pan, que se constituiu na principal emissora chapa-branca do fascismo nativo no período recente. Nos últimos dias, ela sofreu mais dois graves reveses. A Jovem Klan – como também é chamada por sua linha editorial de extrema-direita – corre o sério risco de ver minguar os seus recursos financeiros e, pior ainda, de ter cassada a sua outorga para a exploração de concessões públicas de radiodifusão.

O que vem após a inelegibilidade de Bolsonaro

Elementos para a prisão de Bolsonaro

Inelegibilidade é pouco por crimes cometidos

Charge: Aroeira
Por Jeferson Miola, em seu blog:

A inelegibilidade de Bolsonaro é importantíssima; fundamental. Qualquer decisão diferente do TSE representaria a morte da justiça e da legalidade.

A punição eleitoral de Bolsonaro é um requerimento democrático essencial devido aos ilícitos cometidos no encontro com missões diplomáticas estrangeiras no Palácio do Alvorada. Aliás, Bolsonaro coleciona outros crimes eleitorais, pelos quais ainda deverá responder.

Na realidade, o TSE já deveria ter tornado Bolsonaro inelegível em 19 de julho de 2022, dia seguinte ao do evento em que ele espezinhou a soberania popular perante o olhar estupefato de representantes de vários países do mundo.

A liderança de Lula esboça um projeto

Foto: Ricardo Stuckert
Por Roberto Amaral, em seu blog:


“Podemos estar assistindo à emergência de um líder, oriundo do Sul, que acende esperanças em escala global. Lula está se tornando um ícone dos que demandam uma nova ordem. Nunca houve isso antes. É desconcertante para os que querem continuar mandando em tudo.” -  Manuel Domingos Neto, autor de O que fazer com o militar (anotações para uma nova defesa nacional).

A chamada classe-dominante – os herdeiros da casa-grande – não consulta sua história (de que não tem memória) e se recusa a olhar para o futuro. É o aqui e o agora da mediocridade e do atraso. Não há de ser fruto do acaso estarmos, nos primeiros anos da terceira década do terceiro milênio, patinando na periferia do capitalismo. E mesmo no capitalismo permanecemos órfãos de um projeto de sociedade e país. Desde sempre carecemos de pioneiros, de visionários, aqueles que se recusam a aceitar o statu quo como um determinismo, uma fatalidade ou desígnio divino, e se devotam, muitos a vida toda, a intervir na realidade, visando a transformá-la, confrontando os riscos da incerteza, o outro lado da acomodação histórica que nos caracteriza. Ao contrário, criamo-nos e formamo-nos sob o signo da dependência ideológica, a marca colonial que presidiu o império e chega à República dos nossos dias. Caminhávamos e caminhamos no contrapelo daquelas sociedades que puderam construir seu destino, ousando mesmo a aventura do desconhecido.

A libertação da direita

Charge: Toni
Por Moisés Mendes, em seu blog:


Pouco antes de saber do desfecho do julgamento no TSE, Bolsonaro tentou ser magnânimo e modesto ao mesmo tempo e largou essa sobre a sua condenação: “Não é o fim da direita”.

Ele está certo. O que acontece é o contrário, é a libertação da direita. Desde Fernando Henrique Cardoso, há mais de duas décadas, a direita brasileira não tem pai nem mãe.

Bolsonaro foi um encosto, uma gambiarra ou um padrasto para o que ainda se pode chamar de conservadorismo, mas chegou ao fim.

A direita brasileira, em suas muitas configurações, está finalmente livre de uma das mais grotescas improvisações das democracias.

Poucos países têm uma aberração similar. Mas nenhum dispõe de uma figura que tenha chegado ao poder como Bolsonaro chegou. Nenhum experimentou tal nível de perversão.