COP28, em Dubai. Foto: Ricardo Stuckert |
Se Lula fizer, será criticado. Se não fizer, também.
Essa é a velha e conhecida tarefa a que se dedicam os grandes órgãos de imprensa de nosso país.
Lula anunciou que o Brasil integrará a Opep+, braço da Organização dos Países Exportadores e Produtores de Petróleo, liderada pelo cartel dos árabes. Como já se esperava, as críticas, mesmo sem ter as informações necessárias do que significa o ato, despencaram sobre a cabeça do presidente.
Na entrevista coletiva que Lula concedeu em Dubai, sua resposta a um jornalista procurava esclarecer os motivos da entrada na organização. Não significa entrar para o cartel, mas sim, ser um membro consultor e influenciador nas futuras decisões da Opep, já que os árabes, que são gananciosos, mas não são burros, estão projetando um futuro cada vez menos dependentes do produto que eles vendem. É só observar o crescente interesse na produção de carros, caminhões e ônibus elétricos. Na esteira disso virão o hidrogênio verde e a evolução de maquinários que abandonarão o petróleo. É a chamada transição energética de que Lula vem falando o tempo todo.