terça-feira, 3 de setembro de 2024

Musk e a conspiração da ultradireita

Ilustração: Taylor Callery
Por Luís Nassif, no Jornal GGN:

O alerta foi dado por Pedro Costa Jr na TV GGN 20 horas. Há um conjunto preocupante de indícios de uma armação geral para o 7 de setembro e nas vésperas das eleições municipais.

Primeiro, foi a ofensiva da Folha de S. Paulo contra o Ministro Alexandre Moraes, em cima de arquivos de celular levantados no ano passado. O material foi enviado a Glenn Greenwald.

Desde que foi censurado no The Intercept, em denúncia que escrevera sobre as ligações do filho de Joe Biden na Ucrânia, Glenn aproximou-se da ultradireita norte-americana e tornou-se habitual do programa de Tucker Carlson, o principal comentarista de ultradireita do país.

Marçal e o fracasso em conter o fascismo

Charge: Jota Camelo
Por Jeferson Miola, em seu blog:

Pablo Marçal é um bufão encenando um espetáculo grotesco. Ele não age assim devido a algum defeito ou erro estratégico, mas executa um método muito bem estruturado.

Com isso, magnetiza as atenções para desviar o foco do problema essencial, que é a ameaça perigosa que ele e sua performance representam para a democracia.

A curiosidade geral em saber se Marçal ou Ricardo Nunes representará o campo extremista e conservador no segundo turno em São Paulo desfoca a atenção do problema central. A questão é muito mais séria e vital para a sobrevivência da democracia.

A candidatura de Pablo Marçal marca a intersecção orgânica do crime organizado e do fascismo com a política na maior e mais rica metrópole da América Latina.

Bolsonaro, Marçal e a naturalização da Globo

Charge: Aroeira/247
Por Bepe Damasco, em seu blog:


Nada mais parecido do que a forma como a Globo cobriu a campanha de Bolsonaro, em 2018, e como trata a campanha de Pablo Marçal à prefeitura de São Paulo, em 2024.

Há seis anos, o jornalismo da Globo fazia vistas grossas para o passado de Bolsonaro e fingia não ver os vídeos de sua vida pregressa defendendo a tortura e o assassinato de adversários políticos. Sua trajetória repleta de desrespeito às mulheres, preconceito racial e ataques à democracia foi propositalmente arquivada.

A naturalização do candidato da extrema-direita fazia parte da estratégia para derrotar o PT e seu postulante à presidência da República, Fernando Haddad.

Musk e a defesa do Brasil

Charge: Luc Descheemaeker/Cartoon Movement
Por Manuel Domingos Neto

A informação de que o militar brasileiro é dependente em suas comunicações é velha. Só a ingenuidade em assuntos de Defesa explica o frisson de alguns comentadores.

O militar brasileiro é estruturalmente dependente de países hegemônicos desde a modernização do Exército e da Marinha, ocorrida nas primeiras décadas do século passado. Essa dependência foi agravada após a Segunda Guerra Mundial.

Quando digo estruturalmente dependente, penso na capacidade operacional, que pressupõe logística e poder de fogo. A locomoção e a comunicação integram com destaque a capacidade operacional.

Mais claramente: o militar brasileiro sempre dependeu de potências estrangeiras para deslocar-se por terra, mar e ar; sempre pensou em Defesa baseada em compras externas.

A precarização do trabalho no Brasil

Charge: Mendonça/Contracs
Por Nivaldo Santana, no site Vermelho:


Em julho deste ano, a reforma trabalhista de lavra da gestão Michel Temer completou sete anos. Na época, o governo dizia que o objetivo da reforma era modernizar as relações do trabalho e impulsionar a geração de empregos no país.

Nada disso aconteceu. Os objetivos centrais da dita reforma eram, na realidade, reduzir o custo da força de trabalho, retirar direitos trabalhistas, enfraquecer os sindicatos e diminuir as competências da Justiça do Trabalho.

A tese governista de prevalência do negociado sobre o legislado nas relações de trabalho do Brasil foi a senha para tornar letra morta vários dispositivos da Consolidação das Leis do Trabalho, a conhecida CLT.

domingo, 1 de setembro de 2024

Quase 50 vândalos do 8/1 disputam as eleições

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Por Altamiro Borges


Levantamento feito pela Folha revela que ao menos 48 terroristas dos 1.406 presos por participarem da invasão e depredação das sedes do Palácio do Planalto, do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal em 8 de janeiro de 2023 disputam as eleições municipais deste ano. Os golpistas tentam surfar na onda direitista que ainda contamina a sociedade brasileira e, de quebra, procuram garantir algum tipo de imunidade e muitas regalias.

Empresário que atacou Zanin é condenado

Por Altamiro Borges


Na semana passada, a juíza Mariana Cipriano, da 6ª Vara Criminal de Brasília, voltou a punir o empresário Luiz Carlos Bassetto Júnior por agredir Cristiano Zanin, ex-advogado do presidente Lula e atual ministro do Supremo Tribunal Federal (STF). Após ser condenado a pagar indenização de R$ 10 mil por injúria, ele agora pegou quatro meses de detenção – em regime aberto – pelo crime de ameaça.

Em sua sentença, a juíza argumentou que o aloprado confessou, em vídeo postado na internet, que tinha “vontade de meter a mão na orelha de um cara desse”, quando encontrou o advogado no banheiro do Aeroporto Internacional de Brasília. O triste episódio ocorreu em 11 de janeiro de 2023. “Na mesma data, hora e local indicados, o denunciado incitou, publicamente, a prática de crime, ao dizer que a vítima “tinha que tomar um pau de todo mundo que tá andando na rua”.

Vargas: crônica de uma queda

Getúlio Vargas por Boris Chaliapin, Aquarela
Por Roberto Amaral, em seu blog:


Na manhã de 24 de agosto, Carlos Lacerda e outros graduados próceres da oposição ainda festejavam com brindes de champanhe, na residência do advogado José Nabuco (figura proeminente nas altas rodas cariocas), o pedido de licença a que se rendera o presidente Getúlio Vargas, acuado pela solidão política e humana, e as exigências das forças armadas (que reclamavam sua renúncia), quando uma edição extraordinária do Repórter Esso anunciou o suicídio.

Para surpresa de toda a gente, o antigo ditador encontrara a saída no intricado labirinto em que se vira preso. Acusado de corrupto e coiteiro de marginais (sua inexplicada guarda pessoal), só, traído pelos que deveriam defendê-lo – fosse o guarda-costas Gregório Fortunato, fosse o general Zenóbio da Costa, seu ministro da Guerra que já traficava a permanência (inalcançada) no futuro governo – tomara o destino em suas mãos. Ao sair de cena se assegurava do papel de principal referência da política brasileira pelos anos que se seguiriam. Deixa, como “testamento” um projeto que ainda hoje guarda dramática atualidade. Não é mero acaso que esses 70 anos atraiam a atenção de um apontado como “sem memória”.

Lista de acontecimentos

Foto; Divulgação
Por João Guilherme Vargas Netto

1. Agora que o ministro da Fazenda começou a preparar a proposta do governo sobre a reforma tributária da renda é preciso que as direções sindicais interessadas na eliminação (apoiada pelo presidente Lula) do imposto de renda sobre a Participação nos Lucros e Resultados das empresas (PLRs) apresentem aos deputados e senadores seu pleito.

As PLRs cresceram e passaram a ser parcela considerável dos ganhos dos trabalhadores como é demonstrado pelos números que me foram passados por Cid Cordeiro, assessor sindical no Paraná: em 55 empresas metalúrgicas, 24 mil trabalhadores obtiveram PLRs que variaram de R$ 8.700 a R$ 15.300.

Bolsonaro convoca atos para afrontar o STF

Lula dispara contra afronta de Elon Musk

China entra em campo e crise do X escala

quarta-feira, 28 de agosto de 2024

Quaest aponta empate triplo em São Paulo

Venezuela: A palavra final na luta de classes

Foto: PSUV
Por Jair de Souza

Agora já está claro para todos o grande equívoco cometido pelos que estavam propensos a acreditar que com a proclamação dos resultados da eleição presidencial da Venezuela o conflito entre as forças bolivarianas e seus opositores de extrema direita perderia intensidade e a vida política no país vizinho seguiria seu curso pelas vias normais.

No entanto, de nada adiantou que o Tribunal Superior de Justiça venezuelano auditasse os dados disponíveis do processo eleitoral antes de reconfirmar a vitória de Nicolás Maduro que o CNE já havia anunciado logo após o encerramento da votação.

Ocorre que aqueles que concordavam com a vitória de Maduro continuam concordando e, por sua vez, os que não aceitavam isso permanecem não aceitando. A bem da verdade, nada de fato dependia do que as tão faladas atas eleitorais estampassem. Com atas ou sem atas, a controvérsia se manteria acirrada, porque as causas que estão por trás do questionamento são de outra natureza.