quarta-feira, 2 de julho de 2025
Os bilionários, os impostos e o povo
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| Charge: Miguel Paiva/247 |
Com a recente decisão do Congresso de derrotar fragorosamente a proposta do governo Lula de elevar as taxações sobre as transações financeiras (I.O.F), aconteceu o que vem acontecendo há muito tempo: os super-ricos operando para levar boa parte das maiorias populares a se identificar com as posições que beneficiam tão somente ao reduzido setor das classes dominantes, em detrimento do restante da população.
Como os detentores de grandes fortunas são apenas um punhadinho de pessoas que não ultrapassam os 5% do total, para impor seus interesses por cima dos de todos os outros setores da sociedade, eles dependem imperiosamente de contar com o apoio de parcelas significativas das camadas sociais do campo popular.
terça-feira, 1 de julho de 2025
O labirinto do Brasil por ser
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| Di Cavalcanti, 1925 |
“Nós, brasileiros, somos um povo em ser, impedido de sê-lo.” – Darcy Ribeiro, O povo brasileiro.
A ordem político-institucional herdada da reconstitucionalização de 1988 foi posta em recesso com o impeachment de Dilma Rousseff. Morria ali a Nova República anunciada por Ulysses Guimarães e Tancredo Neves. O golpe de Estado de 2016 se consolidou com o regime-tampão do vice perjuro, ponte para a ascensão do neofascismo, pela vez primeira no Brasil a escalar o poder pela via eleitoral.
O presidencialismo espatifa-se como bola de cristal caída ao chão e, com seus estilhaços, a direita concerta o quebra-cabeça como novo Leviatã: poderoso mostrengo que devora as instituições republicanas e impõe a ingovernabilidade como estágio preparatório do caos, indispensável para a revogação do que ainda podemos chamar de “ordem democrática” – frágil, nada obstante sua permanente conciliação com o grande capital, no que se esmera o atual Congresso, implacável no desmonte do que quer que seja que possa sugerir um Estado de bem-estar social.
Lula não deve mandar carta à Economist
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| Foto: Ricardo Stuckert |
O governo brasileiro precisa abandonar urgentemente essa ideia tola de escrever uma carta à Economist por causa de um artigo crítico a Lula.
Não vai adiantar absolutamente nada. A missiva será motivo de piada na redação e pode merecer uma resposta debochada, como seus editores fazem com alguma frequência.
A Economist é um bastião do liberalismo. Foi fundada em 1843, no auge do império britânico. Aquele mundo acabou, mas ela continua dando lição para os súditos inexistestes. Hoje, cheira a mofo como o carpete de um pub velho em Fulham.
Lenin disse que a Economist falava apenas para “milionários britânicos”, algo que continua a se refletir em seus textos.
A publicação não defende o liberalismo democrático ou o que se propaga em aulas acadêmicas, mas uma versão implacável de “livre comércio”, que se impõe globalmente através do uso da força.
segunda-feira, 30 de junho de 2025
domingo, 29 de junho de 2025
Ato flopado na Paulista enterra Bolsonaro
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| Foto: Reprodução Revista Fórum |
O ato na Avenida Paulista neste domingo (29) em defesa de Jair Bolsonaro e de outros réus golpistas foi um autêntico fiasco – flopou, como dizem os internautas. Segundo o Monitor do Debate Político do Cebrap e da ONG More In Common, que usa imagens captadas por drones e cálculos com Inteligência Artificial, ele reuniu 12,4 mil pessoas. A baixa presença foi sentida pelos próprios organizadores da manifestação, que não esconderam seu abatimento.
Folha ainda defenderá o monstro Leo Lins?
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| Charge: Nando Motta |
O “humorista” Leo Lins, que é paparicado pelas hordas bolsonaristas e por setores da mídia hegemônica, voltou a vomitar monstruosidades e espalhar ódio. No show “Enterrado vivo”, exibido no Teatro Gazeta, na capital paulista, ele zombou cruelmente do câncer de Preta Gil. Essa foi a primeira exibição do “comediante”, que se projetou no programa de Danilo Gentili no SBT, após ele ser condenado a oito anos e três meses de prisão por piadas preconceituosas.
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