terça-feira, 22 de novembro de 2011

Demissões e hipocrisia da Folha

Do portal R7:

A Folha de S.Paulo decidiu passar para os empregados a conta prevista pelos administradores do jornal para o ano que vem.

A alegação oficial é a de que o grupo “está adequando seu corpo de funcionários ao orçamento de 2012”, mas especula-se que o corte se deve ao prejuízo em seu faturamento provocado pela constante queda de assinaturas e das vendas em bancas. Estimativas apontam em 40 o número de funcionários demitidos pelo jornal nos últimos dias.



Os cortes foram anunciados no início de novembro e estão acontecendo em doses homeopáticas, na tentativa de fugir de negociação tanto com os funcionários atingidos quanto com o Sindicato dos Jornalistas.

Segundo a entidade, isso expõe falsidade em relação à “democracia” pregada pelo slogan do veículo.

A Folha de S. Paulo é um dos veículos que mais dão espaço à cobertura de demissões em outros grupos de comunicação, como aconteceu com o recente corte de funcionários na MTV, emissora de TV do Grupo Abril. Em 7 de fevereiro deste ano, ela anunciou com alarde o corte na TV Cultura.

O presidente do sindicato, José Augusto Camargo, afirma, em texto, que as demissões sem explicação contradizem o que a empresa defende publicamente e que esse discurso é apenas estratégia de marketing.

- A recusa de negociar as demissões com o sindicato demonstra o total desrespeito com a entidade e com os jornalistas. No caso da Folha, tal atitude é uma contradição à tão divulgada “democracia” defendida pelo jornal, que na prática é apenas uma estratégia de marketing.

A crise financeira prenunciada pela Folha acontece pela queda de circulação crescente do jornal, fato atribuído por analistas ao declínio de sua credibilidade nos últimos anos. Em Minas Gerais, por exemplo, a Folha vê sua liderança ameaçada pelo popular Super Notícia.

40 anos de casa

Com o corte na quantidade e qualidade de profissionais – alguns com mais de 40 anos de casa -, o resultado piora ainda mais. Menos qualidade, menos credibilidade, menos leitores, menos empregos.

A Diretoria do Sindicato dos Jornalistas reafirma que não existem motivos que justifiquem demissões desta natureza.

- Na verdade, o jornal trabalha com um número limitado de profissionais, que acumulam horas extras excessivas, ‘pescoções’ [o fechamento do jornal na sexta-feira, que inclui a conclusão das edições de sábado e domingo] intermináveis e multiplicidade de funções, como trabalhar para o impresso e também para o portal [a Folha Online].

Entre os suplementos afetados com a demissão em massa estão o Folhateen, voltado aos jovens, que era publicado há 20 anos, e o caderno Saber. O primeiro vai virar uma coluna dentro de outro suplemento e o segundo deixará de existir de vez. Suzana Singer, ombudsman do próprio jornal, escreveu em sua coluna neste domingo (20) que “a causa mortis [dois suplementos] não foi revelada”.

A Folha de S.Paulo continua sem dar explicações sobre os cortes também ao Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo. O sindicato aponta que a empresa “foge” das explicações. O jornal foi procurado pelo R7, mas não retornou o contato.

O blogueiro do R7 e comentarista da Record News Daniel Castro afirma que há pelo menos dois demitidos que tinham mais de 40 anos de casa.

- [O corte atinge] 10% de toda a redação do jornal. Fazia vários anos que não tinha um corte desse tamanho em um grande jornal como a Folha.

1 comentários:

VERA disse...

KKKKKKKKKKKKKKKKKKK BEM-FEITO!!! Quero ver os jornalistas (?) de esgoto, tipo Tucanhede, Fernando Rogrigues, Clóvis Rossi etc, no olho da rua!!!