sexta-feira, 4 de setembro de 2015

A tributação dos bancos e o PSDB

Por Altamiro Borges

Na última quinta-feira (3), a Câmara Federal aprovou o texto principal da medida provisória 675/15 que eleva de 15% para 20% a alíquota da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) das instituições financeiras. A tributação dos bancos ainda ficou muito abaixo da média internacional. Mesmo assim, os deputados que representam os interesses dos banqueiros fizeram de tudo para sabotar o mísero aumento. A proposta obteve 277 votos favoráveis e 77 contrários. A bancada do PSDB não escondeu suas ligações sinistras e votou em bloco contra o aumento da alíquota.

A elevação do tributo dos bancos faz parte do ajuste fiscal proposto pelo governo, que já alterou os benefícios do seguro-desemprego, do abono salarial e da pensão por morte, entre outros itens que penalizam os trabalhadores. Segundo estimativas, a aprovação da medida provisória deve gerar um aumento de arrecadação de R$ 995,6 milhões em 2015; R$ 3,78 bilhões em 2016; e R$ 4 bilhões em 2017. Mas a alta do imposto para os bancos foi a que gerou maior polêmica. Segundo o site do Jornal do Brasil, "o aumento do tributo foi criticado por vários deputados, especialmente do PSDB e DEM".

Para a líder do PCdoB na Câmara Federal, deputada Jandira Feghali, a medida ainda é insuficiente, mas foi positiva. "Aumentamos o imposto dos bancos, que tiveram lucros absurdos só no primeiro semestre deste ano. Estamos jogando o ajuste fiscal para o andar de cima, para os que lucram e nada contribuem. E essa contribuição vai para a seguridade social, para custear a Previdência", enfatizou. Já para o vice-líder do PT, deputado Afonso Florence, a votação "deixou clara a posição elitista" dos tucanos, que votaram a favor dos interesses dos banqueiros.

"O PSDB é a favor do grande capital e contra as políticas sociais. Numa votação histórica como a de quinta, para taxar o andar de cima da sociedade, os tucanos ficaram contra os interesses da maioria do povo brasileiro, privilegiando um setor que tem lucros astronômicos", alfinetou. Para o deputado, a aprovação do aumento da CSLL abre caminho para novas medidas que permitam maior justiça fiscal e tributária no Brasil. "Proporcionalmente aos pobres e à classe média, os ricos não pagam imposto". 

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3 comentários:

Anônimo disse...

Os Bancos ainda pagam menos do que eu, 27,5%. E eles REPASSAM SEUS CUSTOS PARA QUEM? para nós. Eu não repasso, só pago.

Anônimo disse...

Mais claro é impossível: O PSDB é contra as políticas sociais!
Triste é ver gente do povo reproduzir o discurso do PSDB e da mídia golpista.

Elisa

Anônimo disse...


Zelotes chega a graúdos do Congresso

Por conspícuo e impávido jornalista Miguel do Rosário

05/09/2015

(...)
Parte da Operação Zelotes terá que ser enviada ao Supremo Tribunal Federal, isso porque as investigações da Polícia Federal e do Ministério Público Federal chegaram a nomes que detêm foro privilegiado. Pelo esquema de corrupção, grandes empresas, escritórios de advocacia e membros do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf) são suspeitos de desviar cerca de R$ 20 bilhões dos cofres públicos, com a compra e venda de sentenças e pagamento de propina.
(...)
Relator dos trabalhos que acompanha os desdobramentos da Zelotes na Câmara Federal, o deputado Paulo Pimenta (PT-RS) alerta para uma possível “operação abafa” . Segundo o parlamentar, quando grandes empresas e pessoas com alto poder de influência aparecem em esquemas de corrupção, o poder econômico se movimenta e a mídia silencia. “Nenhuma tentativa de intimidação nos impedirá de continuar acompanhando a Zelotes e fazer com que toda a verdade venha à tona. O fato de existirem suspeitas de nomes com foro privilegiado só aumenta nossa determinação e a nossa responsabilidade para cobrar que os culpados sejam identificados e punidos”, garantiu o parlamentar.
Em comparação com a Lava-Jato, a Operação Zelotes tem recebido críticas por receber tratamento diferenciado por parte do Poder Judiciário. O processo corre em segredo de justiça, as prisões preventivas solicitadas pelo Ministério Público Federal e Polícia Federal foram todas negadas, assim como não foram autorizadas as solicitações de monitoramento por escutas telefônicas.
(...)

FONTE [LÍMPIDA!]: http://tijolaco.com.br/blog/?p=29429&cpage=1#comment-223579