Por Ricardo Kotscho, em seu blog:
Às vésperas da decisão da Câmara para autorizar ou não a abertura de um processo no STF contra o presidente Michel Temer por corrupção passiva, a população continua em obsequioso silêncio dedicada aos seus afazeres.
A guerra política que levou ao impeachment da presidente Dilma Rousseff, apenas um ano atrás, mudou de quartel: saiu das ruas barulhentas para as silenciosas redes sociais.
Ao contrário das ruas ocupadas por multidões de manifestantes a favor ou contra o governo, com transmissão ao vivo pela televisão, a disputa agora se trava no escurinho dos gabinetes de Brasília e dos donos do mercado.
Não se ouvem mais panelaços, não há mais trios elétricos, discursos inflamados contra a corrupção, bonecos de presidiários nem patos amarelos enfeitando os protestos.
Nestes tempos de pós-verdade e fake-news triunfantes, argumentos deram lugar a ofensas, e não há mais diálogo, apenas monólogos digitados com fúria e rancor.
Cada um vê e escreve o que quer, inventa a estatística com os números que bem entender para defender o seu lado e destruir o outro.
Para uns, o país começa a melhorar, a retomada da economia está logo ali adiante, basta ter um pouco de paciência.
Para outros, não há mais salvação possível, o país está destruído, sem perspectivas de melhorar tão cedo.
Coxinhas e mortadelas, em número cada vez menor, ainda ficam discutindo na blogosfera e nos botecos quem roubou mais ou menos, quando a corrupção começou, o que é caixa dois do bem ou do mal, quem deve ser preso e quem merece ser inocentado.
Há várias semanas, a discussão política se resume a saber se haverá ou não quórum na quarta-feira para decidir quem fica no Palácio do Planalto até o final de 2018.
Para a imensa maioria dos brasileiros, tanto faz, a julgar pelo seu desinteresse em acompanhar esta guerra política sem fim.
No que tudo isso vai dar, ninguém sabe.
Vida que segue.
Às vésperas da decisão da Câmara para autorizar ou não a abertura de um processo no STF contra o presidente Michel Temer por corrupção passiva, a população continua em obsequioso silêncio dedicada aos seus afazeres.
A guerra política que levou ao impeachment da presidente Dilma Rousseff, apenas um ano atrás, mudou de quartel: saiu das ruas barulhentas para as silenciosas redes sociais.
Ao contrário das ruas ocupadas por multidões de manifestantes a favor ou contra o governo, com transmissão ao vivo pela televisão, a disputa agora se trava no escurinho dos gabinetes de Brasília e dos donos do mercado.
Não se ouvem mais panelaços, não há mais trios elétricos, discursos inflamados contra a corrupção, bonecos de presidiários nem patos amarelos enfeitando os protestos.
Nestes tempos de pós-verdade e fake-news triunfantes, argumentos deram lugar a ofensas, e não há mais diálogo, apenas monólogos digitados com fúria e rancor.
Cada um vê e escreve o que quer, inventa a estatística com os números que bem entender para defender o seu lado e destruir o outro.
Para uns, o país começa a melhorar, a retomada da economia está logo ali adiante, basta ter um pouco de paciência.
Para outros, não há mais salvação possível, o país está destruído, sem perspectivas de melhorar tão cedo.
Coxinhas e mortadelas, em número cada vez menor, ainda ficam discutindo na blogosfera e nos botecos quem roubou mais ou menos, quando a corrupção começou, o que é caixa dois do bem ou do mal, quem deve ser preso e quem merece ser inocentado.
Há várias semanas, a discussão política se resume a saber se haverá ou não quórum na quarta-feira para decidir quem fica no Palácio do Planalto até o final de 2018.
Para a imensa maioria dos brasileiros, tanto faz, a julgar pelo seu desinteresse em acompanhar esta guerra política sem fim.
No que tudo isso vai dar, ninguém sabe.
Vida que segue.
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