quarta-feira, 18 de julho de 2018

Prometeram 1 milhão de empregos. Cadê?

Por Ricardo Kotscho, em seu blog:

Vi agora há pouco uma comovente matéria (não me lembro o nome da repórter) no Jornal Hoje, da Globo, sobre a monumental fila de desempregados que desde ontem ocupa o Vale do Anhangabaú. Ela não se limitou a estatísticas e números do desemprego, mas ouviu as pessoas na fila. Teve gente que chorou de emoção, e um desempregado, olhos fixos na câmera, resumiu o drama deles com apenas duas palavras: “É cruel!”

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No carnaval de fim de ano da propaganda oficial do governo que inundou a mídia, prometeram 1 milhão de novos empregos e um crescimento do PIB em torno de 3% em 2018.

Era tudo fantasia. E o que temos hoje, na vida real?

Com a desaceleração da economia desde março, se for mantido o ritmo atual, o crescimento do emprego será de apenas 220 mil vagas com carteira assinada até o final do ano, segundo levantamento da LCA Consultores, com base nos dados do Caged, divulgado nesta terça-feira pela Folha.

Em matéria de Flávia Lima, ficamos sabendo que, como foram perdidos 3 milhões de postos formais de trabalho durante a crise, no ritmo em que vai a criação de empregos o mercado de trabalho levará pelo menos 10 anos para voltar à situação anterior.

No final do segundo governo Lula, a taxa de desemprego foi de 5,7%; hoje, está em torno de 13%.

O crescimento do PIB em 2010 foi de 7,5%; hoje, a previsão para 2018 mal chega a 1%.

E ainda tem gente se perguntando como Lula ainda pode liderar com folga as pesquisas presidenciais, mantendo-se acima dos 30% de intenção de votos, mesmo estando preso há mais de 100 dias.

É a economia, estúpido, ensinavam os assessores de Bill Clinton.

E é por isso mesmo que cada vez menos gente acredita na libertação de Lula antes das eleições.

Vida que segue.

1 comentários:

Jonas Carvalho disse...

Kotscho, a massa de trabalhadores desempregados, muito maior do que 13 milhões,esta adentrando numa fase de miserabilidade cada vez mais crescente, depois de queimar as gorduras criadas pelos governo Lula/Dilma. Silenciosa ela aguarda 7 de outubro para dar a sua resposta e se não houver eleição com a participação de Lula esta resposta sera terrivel. Apesar de Lula dizer que a fome não gera revolta mas submissão, acho que não sera bem assim. Não ha como se submeter quando a fome nos ronda. "Não ha nada mais a perder, como dizia Marx, proletários de todo o mundo uni-vos". Os tempos contemporâneos são outros. daquele de Marx.