Circuito da Poesia. Foto: Paulo Lopes/Prefeitura do Recife |
Neste mês dedicado a lembrar e reforçar a luta das mulheres, precisamos falar não somente das violências que nos afligem dentro e fora dos nossos lares. Também é preciso discutir, e pôr em evidência, a desigualdade de gênero que nos impede de alçar voos mais altos nos mais distintos setores da sociedade. Sempre que tentamos ocupar posições e espaços que, historicamente, foram reservados aos homens, a máquina opressiva do patriarcado é acionada para barrar os nossos esforços. Quando não consegue evitar nossa “intromissão”, tenta tolher a nossa ascensão para manter a condição de subordinação das mulheres em relação aos homens. Isso ocorre na política, na ciência e até nas artes.
Mesmo sendo um meio no qual predomina a ideia de liberdade, criatividade, inclusão, o setor cultural não foge à regra quando a questão é a desigualdade de gênero. Uma pesquisa realizada pelo IBGE (2018) mostrou que as mulheres que atuam no campo da cultura ganham, em média 67, 8% do salário dos homens para desempenhar atividades semelhantes. Só para se ter uma ideia do tamanho da discrepância, em outros setores essa média fica em torno de 82%. E o problema não se resume a uma questão salarial. Também falta reconhecimento.
A representatividade das mulheres nos espaços dedicados à arte é insignificante em comparação aos homens. Basta ver a quantidade reduzida de trabalhos de mulheres nas coleções de museus e galerias em comparação aos de homens. Elas só são maioria nas telas que expõem a sua nudez pela ótica masculina.
No Recife, temos um exemplo concreto dessa desigualdade, que pode ser visto em um passeio pela cidade. O Circuito da Poesia, um roteiro cultural composto por esculturas em tamanho real de grandes nomes da literatura e da música pernambucana, tem 19 homenageados. Apenas três são mulheres. A última, Janice Japiassu, foi instalada neste mês de março nas celebrações pelo Dia Internacional da Mulher.
Para tentar igualar esses espaços, aprovamos um requerimento com indicação ao prefeito João Campos (PSB) para que sejam homenageadas apenas mulheres até que a paridade de gênero seja alcançada no Circuito, que existe desde 2005.
É importante a população saber que, apesar da baixa representatividade, temos muitas escritoras premiadas e reconhecidas nacionalmente pelas suas obras de grande valor social e cultural. Dar visibilidade à produção dessas mulheres, além de valorizar seu trabalho, contribui para demolir estereótipos arcaicos e perversos que, por muito tempo definiram que a criatividade era patrimônio exclusivamente masculino.
Mesmo sendo um meio no qual predomina a ideia de liberdade, criatividade, inclusão, o setor cultural não foge à regra quando a questão é a desigualdade de gênero. Uma pesquisa realizada pelo IBGE (2018) mostrou que as mulheres que atuam no campo da cultura ganham, em média 67, 8% do salário dos homens para desempenhar atividades semelhantes. Só para se ter uma ideia do tamanho da discrepância, em outros setores essa média fica em torno de 82%. E o problema não se resume a uma questão salarial. Também falta reconhecimento.
A representatividade das mulheres nos espaços dedicados à arte é insignificante em comparação aos homens. Basta ver a quantidade reduzida de trabalhos de mulheres nas coleções de museus e galerias em comparação aos de homens. Elas só são maioria nas telas que expõem a sua nudez pela ótica masculina.
No Recife, temos um exemplo concreto dessa desigualdade, que pode ser visto em um passeio pela cidade. O Circuito da Poesia, um roteiro cultural composto por esculturas em tamanho real de grandes nomes da literatura e da música pernambucana, tem 19 homenageados. Apenas três são mulheres. A última, Janice Japiassu, foi instalada neste mês de março nas celebrações pelo Dia Internacional da Mulher.
Para tentar igualar esses espaços, aprovamos um requerimento com indicação ao prefeito João Campos (PSB) para que sejam homenageadas apenas mulheres até que a paridade de gênero seja alcançada no Circuito, que existe desde 2005.
É importante a população saber que, apesar da baixa representatividade, temos muitas escritoras premiadas e reconhecidas nacionalmente pelas suas obras de grande valor social e cultural. Dar visibilidade à produção dessas mulheres, além de valorizar seu trabalho, contribui para demolir estereótipos arcaicos e perversos que, por muito tempo definiram que a criatividade era patrimônio exclusivamente masculino.
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