Por João Guilherme Vargas Netto
A maior vitória sindical do povo brasileiro no século XXI (e chego a dizer, a maior vitória sindical no mundo inteiro) foi a política de valorização do salário mínimo que quase dobrou seu poder de compra.
Com a persistência das dez marchas das centrais sindicais à Brasília, a clarividência do Dieese, as negociações no governo Lula e as legislações no governo Dilma, a política nacional de valorização do salário mínimo firmou-se e garantiu efeitos positivos em toda a sociedade para benefício de milhões de trabalhadores e trabalhadoras e para a economia, exorcizando os fantasmas alardeados por seus adversários.
O governo Bolsonaro cancelou esta conquista recusando-se a admiti-la como política de Estado.
Agora, com a realização prevista da Conclat-2022 o movimento sindical retoma esta reivindicação, colocando-a como o segundo item da pauta nacional da classe trabalhadora, precedida apenas pela continuidade da luta contra a Covid e pelo fortalecimento do SUS e da Anvisa.
Em vários estados e em inúmeras categorias esta reivindicação comparece nas discussões, elaborações e moções enviadas à comissão organizadora da Conclat-2022, associada às reivindicações locais dos pisos salariais regionais.
Cito como exemplo o Paraná em que uma articulação unitária das centrais sindicais em apoio à candidatura de Roberto Requião ao governo do estado apresentou a ele uma pauta estadual em que tem força a reivindicação do piso regional compatível com os valores praticados quando ele foi governador.
A luta para a garantia de uma política nacional e de Estado para a valorização do salário mínimo é essencial e pode, dependendo do resultado das eleições de 2022, confirmar a nova vitória sindical maiúscula dos trabalhadores e das trabalhadoras do Brasil.
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