Charge: Aroeira |
Os últimos dias foram traumáticos para Sergio Moro, o herói da mídia udenista que ainda sonha com o ex-juizeco como o candidato viável da congestionada terceira via. E não foi só em decorrência do baque ocasionado pelo áudio asqueroso do deputado sexista Arthur do Val, o Mamãe Falei do MBL – que detonou de vez o palanque do Podemos em São Paulo.
Na mesma semana, o site Metrópoles revelou que o "partido de Sergio Moro tenta aliança com o PSC, presidido pelo Pastor Everaldo, preso pela Lava-Jato em 2020". A união preocupa o marreco de Maringá, mas ele não tem o que fazer. “Ligado aos evangélicos, o PSC é uma das poucas legendas de centro direita dispostas a apoiar Moro em vez de Jair Bolsonaro”, explica o site.
Sergio Moro está isolado, sem palanque na maioria dos estados – inclusive no Paraná, onde o seu partido namora Ratinho Júnior, o governador que tem um acordo de exclusividade com o fascista no Planalto. A situação é tão adversa que vários parlamentares do Podemos já anunciaram que deixarão a sigla na janela partidária que se encerra em 1º de abril.
Já no primeiro dia da janela, na quinta-feira (3), o deputado paranaense Diego Garcia anunciou a sua saída do Podemos e sua filiação ao Republicanos. O bolsonarista ficou famoso ao participar de uma live em janeiro com mentiras sobre a vacinação infantil no canal da deputada aloprada Bia Kicis. O canal inclusive foi bloqueado pelo YouTube.
A maré de azar do ex-juizeco
Como ironizou o colunista Leonardo Sakamoto no site UOL, “desde a Quarta-Feira de Cinzas, Sergio Moro está vivendo alguns dos piores dias após se lançar pré-candidato pelo Podemos à Presidência da República. O ex-juiz viu um de seus principais aliados acusado de machismo e sexismo com refugiadas ucranianas”.
“Após os áudios virem a público, Sergio Moro emitiu nota para se afastar do aliado. ‘Lamento profundamente e repudio veementemente as graves declarações do deputado Arthur do Val divulgadas pela imprensa’. Também afirmou que ‘jamais dividirá palanque’ com ele. Mamãe Falei era apontado como o seu candidato ao governo de São Paulo”.
“O ex-juiz, que recebe apoio do MBL para que sua pré-campanha ganhe tração nas redes sociais, já tinha sido bastante criticado quando afirmou que os comentários de outro membro do movimento, o deputado federal Kim Kataguiri (União Brasil-SP), contra a criminalização do nazismo na Alemanha, eram uma ‘gafe verbal’”.
Ex-ministro do fascista empacou nas pesquisas
Além dos graves problemas com os fascistas mirins do MBL, o “queridinho” de parte da mídia também não decolou nas pesquisas. “PoderData aponta Moro numericamente em quarto lugar com 6% das intenções de voto, atrás de Lula (40%), Bolsonaro (32%) e Ciro (7%)... Apoiadores de Moro esperavam que ele estivesse em março com, pelo menos, 15% de intenções de voto para se provar competitivo”.
Para completar, lembra Leonardo Sakamoto, “a última ação penal resultante de investigação da operação Lava Jato contra Lula foi suspensa. A decisão foi tomada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal Ricardo Lewandowski. Moro se notabilizou sendo o juiz responsável pela Lava Jato em uma Vara Federal de Curitiba. A ação tratava de suposto tráfico de influência na compra de caças suecos Gripen para a Força Aérea Brasileira”.
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