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Somente na semana passada, dois presidenciáveis desistiram da briga – o que confirma a dificuldade da tal “terceira via”. Em comunicado publicado no sábado (12), o senador Alessandro Vieira, de Sergipe, anunciou que deixará o seu atual partido, o Cidadania, no qual era pré-candidato à presidência da República e estava com traço nas pesquisas.
“Ingressei no Cidadania em dezembro de 2018, em um contexto de renovação política e modernização partidária... A manutenção de Roberto Freire como presidente [da sigla], condição que ostentará por 34 anos, levam à conclusão de que é absolutamente inviável a minha permanência no Cidadania”, justificou em uma estranha nota.
Até parece que Alessandro Vieira descobriu só agora a longevidade do mandato do chefão da legenda. Como explica o site Congresso em Foco, o parlamentar sergipano já vinha manifestando insatisfação com o partido, com a decisão de ingressar em federação partidária com o PSDB e com a sua própria performance na pré-campanha.
“Vieira aparecia nas últimas pesquisas eleitorais com menos de 1% das intenções de voto, ainda longe de candidatos de terceira via como Sergio Moro (Podemos) e Ciro Gomes (PDT). Com sua saída do partido, aumentam as chances de que o ex-delegado volte os planos para uma candidatura a governador de Sergipe”, afirma o site.
A desculpa esfarrapada de Rodrigo Pacheco
Três dias antes, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), também anunciou sua desistência de disputar a eleição presidencial. A desculpa exposta também foi furada. "Meus compromissos como presidente do Senado são urgentes, inadiáveis e não permitem qualquer espaço para vaidades. Por isso, afirmo que é impossível conciliar essa difícil missão com uma campanha presidencial", argumentou o mineiro.
Como explica a Folha, porém, sua candidatura “vinha sendo trabalhada desde o ano passado por Gilberto Kassab, presidente do PSD, mas havia algum tempo já não era levada em conta nos bastidores políticos de Brasília. Pacheco não conseguiu decolar nas pesquisas eleitorais e, diferentemente de outros concorrentes, não demonstrava estar empenhado na corrida ao Palácio do Planalto”.
Luciano Huck e José Luiz Datena
Antes dessas desistências, outros dois “presidenciáveis” já tinham abandonado o páreo. O primeiro foi o midiático Luciano Huck, apresentador da TV Globo. Após muita encenação, ele preferiu trocar a encarniçada disputa eleitoral pelo comando do programa Domingão, o que lhe rende uma fortuna. A decisão frustrou parte da cloaca burguesa, que apostava todas as fichas no “queridinho” do deus-mercado como o nome mais viável da terceira via.
Logo depois, outro midiático fugiu da briga – ou da farsa. O apresentador José Luiz Datena, da Band, voltou a recuar dos seus planos de disputar a presidência da República. Alegou que foi traído pelos partidos, o que não convenceu ninguém. Agora o bravateiro afirma que poderá disputar o Senado por São Paulo ou o posto de vice-presidente.
Segundo o site Metrópoles, “Datena revelou na sexta-feira (11), no programa policial que apresenta na Bandeirantes, os convites que tem recebido para ser candidato. Citou ter sido procurado por nomes como o vice-governador de São Paulo, Rodrigo Garcia (PSDB), o ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, e o ex-ministro Ciro Gomes (PDT)”.
“Os dois primeiros pretendem disputar o governo paulista este ano e sonham em ter o apresentador como candidato ao Senado em suas chapas. Já Ciro, segundo Datena, o convidou para ser candidato a vice-presidente”. O oportunista midiático segue valorizando o seu passe!
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