quinta-feira, 26 de janeiro de 2012
FHC decreta o fim de Serra
Por Luis Nassif, em seu blog:
Na segunda-feira, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso concedeu uma entrevista ao blog do The Economist. Na terça-feira a entrevista foi reproduzida pelos principais jornais.
Nela, FHC rompe com limitações emocionais, reconcilia-se com sua biografia e ajuda a salvar o que resta do PSDB: rompe politicamente com José Serra, através de um diagnóstico duro:
Na segunda-feira, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso concedeu uma entrevista ao blog do The Economist. Na terça-feira a entrevista foi reproduzida pelos principais jornais.
Nela, FHC rompe com limitações emocionais, reconcilia-se com sua biografia e ajuda a salvar o que resta do PSDB: rompe politicamente com José Serra, através de um diagnóstico duro:
Qual preconceito mais te incomoda?
Por Leonardo Sakamoto, em seu blog:
Amo São Paulo. Por isso mesmo dói ouvir certas aberrações da boca dos meus conterrâneos.
Todos os criados neste caldo e que não foram devidamente conscientizados para o contrário não estão imunes a propagar preconceitos. Acreditem, é um trabalho diário, do qual não me excluo, para garantir que nossa boca não seja mais instrumento de opressão. Pois essas frases não são coisas inofensivas ou engraçadinhas, mas ajudam a renovar a segregação.
Amo São Paulo. Por isso mesmo dói ouvir certas aberrações da boca dos meus conterrâneos.
Todos os criados neste caldo e que não foram devidamente conscientizados para o contrário não estão imunes a propagar preconceitos. Acreditem, é um trabalho diário, do qual não me excluo, para garantir que nossa boca não seja mais instrumento de opressão. Pois essas frases não são coisas inofensivas ou engraçadinhas, mas ajudam a renovar a segregação.
Pinheirinho e a mídia independente
Por Antonio Martins, no sítio Outras Palavras:
Está circulando nas redes sociais um vídeo imprescindível. Chama-se: Massacre do Pinheirinho: a verdade não mora ao lado. Acaba de ser produzido, por uma equipe que conhece o poder do jornalismo de profundidade e o pratica, mesmo tendo em mãos meios tecnológicos precários. Seus autores — Cristina Bescow, Yan Caramel, Gabriel de Bacelos e Jefferson Vasques — articulam-se no Coletivo de Comunicadores Populares e na Camará Comunicação Popular (Camaracom).
Privataria, pancadaria e luta de idéias
Por Gilberto Maringoni, no sítio Carta Maior:
Vamos combinar: a administração Alckmin atingiu seu objetivo. Desocupou a força o bairro Pinheirinho, em São José dos Campos, desalojando cerca de seis mil pessoas. Através de uma guerra de liminares, contornou um imbróglio de competências jurídicas e legalizou a brutalidade contra setores pobres da população (mais uma vez). Fez um cálculo político: estamos a nove meses das eleições, tempo suficiente para que cenas de mães correndo com filhos nos braços, policiais espancando crianças e incêndios e tratores dando cabo de moradias sejam esquecidas pelo eleitorado. No jargão da Polícia Militar, a operação foi um sucesso.
Vamos combinar: a administração Alckmin atingiu seu objetivo. Desocupou a força o bairro Pinheirinho, em São José dos Campos, desalojando cerca de seis mil pessoas. Através de uma guerra de liminares, contornou um imbróglio de competências jurídicas e legalizou a brutalidade contra setores pobres da população (mais uma vez). Fez um cálculo político: estamos a nove meses das eleições, tempo suficiente para que cenas de mães correndo com filhos nos braços, policiais espancando crianças e incêndios e tratores dando cabo de moradias sejam esquecidas pelo eleitorado. No jargão da Polícia Militar, a operação foi um sucesso.
Oito anos da morte dos fiscais em Unaí
Por Frei Gilvander Luiz Moreira, no sítio da Adital:
"Ouço o sangue do teu irmão, da terra, que clama por mim!”, exclama o Deus da vida. (Gênesis 4,10)
Era dia 28 de janeiro de 2004, 8h20’ da manhã. Em uma emboscada, cinco jagunços dispararam rajadas de tiros em quatro fiscais da Delegacia Regional do Ministério do Trabalho, perto da Fazenda Bocaina, município de Unaí, Noroeste de Minas Gerais. Passaram-se 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7 anos. Justiça? Cadê? Dia 28 de janeiro próximo completa oito anos desse bárbaro massacre. Quatro indiciados como mandantes estão soltos. São Antero Mânica (prefeito de Unaí, pelo PSDB), Norberto Mânica ("rei do feijão” (?)), Hugo Pimenta e José Alberto Costa, que contratou os executores. Estão presos quatro dos acusados: Francisco Pinheiro, Erinaldo de Vasconcelos Silva, Rogério Alan da Rocha Rios e William Gomes de Miranda. Humberto Ribeiro dos Santos, acusado de haver sido o encarregado de apagar as provas do crime, foi libertado.
"Ouço o sangue do teu irmão, da terra, que clama por mim!”, exclama o Deus da vida. (Gênesis 4,10)
Era dia 28 de janeiro de 2004, 8h20’ da manhã. Em uma emboscada, cinco jagunços dispararam rajadas de tiros em quatro fiscais da Delegacia Regional do Ministério do Trabalho, perto da Fazenda Bocaina, município de Unaí, Noroeste de Minas Gerais. Passaram-se 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7 anos. Justiça? Cadê? Dia 28 de janeiro próximo completa oito anos desse bárbaro massacre. Quatro indiciados como mandantes estão soltos. São Antero Mânica (prefeito de Unaí, pelo PSDB), Norberto Mânica ("rei do feijão” (?)), Hugo Pimenta e José Alberto Costa, que contratou os executores. Estão presos quatro dos acusados: Francisco Pinheiro, Erinaldo de Vasconcelos Silva, Rogério Alan da Rocha Rios e William Gomes de Miranda. Humberto Ribeiro dos Santos, acusado de haver sido o encarregado de apagar as provas do crime, foi libertado.
quarta-feira, 25 de janeiro de 2012
Estadão rosna contra o Pinheirinho
Por Altamiro Borges
O oligárquico jornal O Estado de S.Paulo, que na sua origem no final do século 19 publicava anúncios sobre a venda de escravos, considera a propriedade privada um direito sagrado. Ele nunca tolerou as greves ou protestos contra os proprietários capitalistas. Não poderia ser diferente agora no lamentável episódio da desocupação violenta dos moradores do Pinheirinho.
O oligárquico jornal O Estado de S.Paulo, que na sua origem no final do século 19 publicava anúncios sobre a venda de escravos, considera a propriedade privada um direito sagrado. Ele nunca tolerou as greves ou protestos contra os proprietários capitalistas. Não poderia ser diferente agora no lamentável episódio da desocupação violenta dos moradores do Pinheirinho.
Kassab “ovacionado” na festa de SP
O prefeito Gilberto Kassab, que já não estava bem nas pesquisas antes da desastrosa operação “dor e sofrimento” na Cracolândia, decidiu abusar da sorte e se deu mal. Após participar de uma missa em comemoração aos 458 anos da cidade de São Paulo, realizada na Catedral da Sé, a sua comitiva passou por uma manifestação de protesto e foi “ovacionada”. Seu carro foi alvo de muitos ovos!
Serra discorda de FHC. Só isso?
Por Altamiro Borges
Segundo o jornal Estadão, o ex-governador José Serra não engoliu a entrevista de FHC à revista britânica The Economist. Ao tratar da eleição presidencial de 2012, o ex-presidente descartou como bagaço o tucano paulista, revelou que Serra se isolou no próprio partido, deu apoio explícito ao senador mineiro Aécio Neves e reconheceu que haverá “uma briga interna muito forte no PSDB”.
Segundo o jornal Estadão, o ex-governador José Serra não engoliu a entrevista de FHC à revista britânica The Economist. Ao tratar da eleição presidencial de 2012, o ex-presidente descartou como bagaço o tucano paulista, revelou que Serra se isolou no próprio partido, deu apoio explícito ao senador mineiro Aécio Neves e reconheceu que haverá “uma briga interna muito forte no PSDB”.
Nahas e Daniel Dantas fazem a festa
Por Altamiro Borges
Daniel Dantas e Naji Nahas, os megaespeculadores envolvidos em dezenas de processos por crimes financeiros, lavagem de dinheiro e outras maracutaias, devem ter feito uma baita festança nesta semana. Num país em que só ladrão de galinha vai preso, os dois agiotas continuam livres, embolsando fortunas e contando com a cumplicidade de governantes, do Judiciário e da mídia rentista.
Daniel Dantas e Naji Nahas, os megaespeculadores envolvidos em dezenas de processos por crimes financeiros, lavagem de dinheiro e outras maracutaias, devem ter feito uma baita festança nesta semana. Num país em que só ladrão de galinha vai preso, os dois agiotas continuam livres, embolsando fortunas e contando com a cumplicidade de governantes, do Judiciário e da mídia rentista.
Lamentável. O jornal JÁ fechou!
Por Luiz Cláudio Cunha, no Observatório da Imprensa:
O ex-governador gaúcho Germano Rigotto e sua família, enfim, conseguiram: o JÁ, um bravo e pequeno mensário de 5 mil exemplares e 26 anos de vida em Porto Alegre (RS), fechou as portas. Sucumbiu aos dez anos de uma longa, pertinaz perseguição judicial movida pelos Rigotto, que asfixiaram financeiramente um jornal de resistência que chegou a ter 22 profissionais numa redação que hoje se resume a dois jornalistas.
O ex-governador gaúcho Germano Rigotto e sua família, enfim, conseguiram: o JÁ, um bravo e pequeno mensário de 5 mil exemplares e 26 anos de vida em Porto Alegre (RS), fechou as portas. Sucumbiu aos dez anos de uma longa, pertinaz perseguição judicial movida pelos Rigotto, que asfixiaram financeiramente um jornal de resistência que chegou a ter 22 profissionais numa redação que hoje se resume a dois jornalistas.
Entidades acionam o MPF no caso BBB
Por Bia Barbosa, no Observatório do Direito à Comunicação:
As mobilizações da sociedade civil organizada se intensificaram esta semana no sentido de cobrar uma responsabilização da Rede Globo pela forma como tratou a suspeita de estupro ocorrida no programa Big Brother Brasil. Na última quinta-feira, a Rede Mulher e Mídia e dezenas de outras organizações signatárias protocolaram uma representação junto ao Ministério Público Federal pedindo novas investigações sobre o caso. O documento, direcionado à Procuradoria Regional dos Direitos do Cidadão, solicita que o MPF também faça uma análise de outros aspectos ainda não considerado pela Procuradoria.
As mobilizações da sociedade civil organizada se intensificaram esta semana no sentido de cobrar uma responsabilização da Rede Globo pela forma como tratou a suspeita de estupro ocorrida no programa Big Brother Brasil. Na última quinta-feira, a Rede Mulher e Mídia e dezenas de outras organizações signatárias protocolaram uma representação junto ao Ministério Público Federal pedindo novas investigações sobre o caso. O documento, direcionado à Procuradoria Regional dos Direitos do Cidadão, solicita que o MPF também faça uma análise de outros aspectos ainda não considerado pela Procuradoria.
Regulação da mídia: 2012 promete
Por João Brant, no jornal Brasil de Fato:
Para quem acompanha o cenário das comunicações, 2012 promete. O principal assunto será a mudança no marco regulatório do setor. No ano passado, o movimento da área viveu um certo compasso de espera, aguardando a movimentação do Ministério das Comunicações. Este ano, a pressão vai aumentar, e o movimento vai para a rua.
Para quem acompanha o cenário das comunicações, 2012 promete. O principal assunto será a mudança no marco regulatório do setor. No ano passado, o movimento da área viveu um certo compasso de espera, aguardando a movimentação do Ministério das Comunicações. Este ano, a pressão vai aumentar, e o movimento vai para a rua.
"Campo de refugiados" do Pinheirinho
Por Ricardo Kotscho, no blog Balaio do Kotscho:
O que diriam agora o presidente do Tribunal de Justiça de São Paulo, Ivan Sartori, o governador Geraldo Alckmin e o coronel Carlos Mello, comandante da PM na operação Pinheirinho, à mulher magra olhando para o vazio, deitada ao lado de crianças no chão da igreja do bairro Campo dos Alemães, que está na primeira página da Folha desta terça-feira?
O que diriam agora o presidente do Tribunal de Justiça de São Paulo, Ivan Sartori, o governador Geraldo Alckmin e o coronel Carlos Mello, comandante da PM na operação Pinheirinho, à mulher magra olhando para o vazio, deitada ao lado de crianças no chão da igreja do bairro Campo dos Alemães, que está na primeira página da Folha desta terça-feira?
A escalada de guerra dos EUA
Por Pedro Guerreiro, no sítio português O Diário:
A escalada de agressão (nas suas dimensões política, económica e militar) que os EUA (e os seus aliados) levam a cabo contra os povos do Médio Oriente atingiu um sério e perigoso patamar, perante as ameaças de intervenção militar na Síria e de confronto directo com o Irão.
A escalada de agressão (nas suas dimensões política, económica e militar) que os EUA (e os seus aliados) levam a cabo contra os povos do Médio Oriente atingiu um sério e perigoso patamar, perante as ameaças de intervenção militar na Síria e de confronto directo com o Irão.
Republicanos desejam a morte de Fidel
Por Thassio Borges, no sítio Opera Mundi:
Se os pré-candidatos republicanos à Presidência dos Estados Unidos divergem em muitos temas, o mesmo não se pode dizer em relação a Cuba. Ainda mais se o local do debate for o estado da Flórida, reduto da dissidência cubana. Em debate realizado na noite desta segunda-feira (23/01) em Tampa, dois dos quatro pré-candidatos que ainda seguem na disputa atacaram o governo de Raúl Castro e fizeram ameaças.
Se os pré-candidatos republicanos à Presidência dos Estados Unidos divergem em muitos temas, o mesmo não se pode dizer em relação a Cuba. Ainda mais se o local do debate for o estado da Flórida, reduto da dissidência cubana. Em debate realizado na noite desta segunda-feira (23/01) em Tampa, dois dos quatro pré-candidatos que ainda seguem na disputa atacaram o governo de Raúl Castro e fizeram ameaças.
EUA iniciam a ocupação da Líbia
Do sítio Vermelho:
Os Estados Unidos enviaram 12 mil soldados para a Líbia na primeira fase de mobilizações para ocupação da nação do Norte da África. De acordo com o diário árabe Asharq Alawsat, as tropas chegarão a Brega, sob a suposta premissa de gerar "estabilidade" e "segurança".
Os Estados Unidos enviaram 12 mil soldados para a Líbia na primeira fase de mobilizações para ocupação da nação do Norte da África. De acordo com o diário árabe Asharq Alawsat, as tropas chegarão a Brega, sob a suposta premissa de gerar "estabilidade" e "segurança".
The Economist e o capitalismo de Estado
Por Renato Rabelo, em seu blog:
Pode parecer incrível, mas o número especial desta semana da revista inglesa The Economist - dedicado à ascensão do capitalismo de Estado - estampou a figura de Vladimir Illych Lênin em sua capa e assume em editorial que existe uma crise deliberada do “capitalismo de livre mercado”, lançando luzes e números sobre um fenômeno nada novo, mas que a crise se encarregou de revelar.
Pode parecer incrível, mas o número especial desta semana da revista inglesa The Economist - dedicado à ascensão do capitalismo de Estado - estampou a figura de Vladimir Illych Lênin em sua capa e assume em editorial que existe uma crise deliberada do “capitalismo de livre mercado”, lançando luzes e números sobre um fenômeno nada novo, mas que a crise se encarregou de revelar.
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