sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013
A roupa nova do rei Brasil
Por Hildegard Angel, em seu blog:
Quando postei, na noite de quarta-feira, no meu ímpeto de pessoa impulsiva, que por vezes age mais como as vísceras do que com o bom senso, a minha fala pronunciada no debate no auditório da ABI, no Rio de Janeiro, em que foi levantada a bandeira pelo cancelamento do julgamento do dito Mensalão (que eu chamo de Mentirão), logo em seguida pensei: “Estou frita!”.
Quando postei, na noite de quarta-feira, no meu ímpeto de pessoa impulsiva, que por vezes age mais como as vísceras do que com o bom senso, a minha fala pronunciada no debate no auditório da ABI, no Rio de Janeiro, em que foi levantada a bandeira pelo cancelamento do julgamento do dito Mensalão (que eu chamo de Mentirão), logo em seguida pensei: “Estou frita!”.
Franklin, Dilma e a ofensiva da mídia
http://ajusticeiradeesquerda.blogspot.com.br |
A reunião de quarta-feira entre o ex-ministro da Comunicação Social do governo Lula Franklin Martins e a presidente Dilma Rousseff gerou alvoroço dissimulado entre os grandes meios de comunicação – que, oficialmente, quase ignoraram o fato político -, mas, na blogosfera, surgiram especulações e apostas “otimistas” sobre o significado daquela reunião.
O forte apache contra Dilma
Ilustração de Jorge Alaminos |
Tesouraria é o espaço físico. O departamento que cuida de maximizar os ganhos do capital a juro. Mas também é a palavra símbolo de uma lógica que disputa a hegemonia da política econômica.
Mídia e a imbecilização do Brasil
Do sítio: http://www.gentedigital.es/ |
Há muito tempo o Brasil não produz escritores como Guimarães Rosa ou Gilberto Freyre. Há muito tempo o Brasil não produz pintores como Candido Portinari. Há muito tempo o Brasil não produz historiadores como Raymundo Faoro. Há muito tempo o Brasil não produz polivalentes cultores da ironia como Nelson Rodrigues. Há muito tempo o Brasil não produz jornalistas como Claudio Abramo, e mesmo repórteres como Rubem Braga e Joel Silveira. Há muito tempo…
Racismo, mídia e hipocrisia
Por Sylvia Debossan Moretzsohn, no Observatório da Imprensa:
Em Campinas (SP), a Polícia Militar divulga uma ordem de serviço orientando patrulhamento em determinado bairro com atenção especial a suspeitos “de cor parda e negra” (ver aqui). No Rio, um menino negro é enxotado de uma concessionária de carros de luxo pelo funcionário que viu nele apenas mais um moleque importuno e não supôs que pudesse ser filho adotivo do casal branco a quem atendia.
O reajuste da gasolina e os bocós
Por Cadu Amaral, em seu blog:
O governo federal anunciou o reajuste do preço da gasolina em 6,6% nas refinarias e 4,4% nas bombas dos postos. Logo começou uma guerra de informação e contra informação nas redes sociais motivada pela boataria da “grande imprensa” para tentar desqualificar a redução da tarifa de energia elétrica.
Sob o argumento direto ou indireto de que a redução foi para compensar o aumento do preço do combustível, a “grande mídia” mais uma vez conseguiu inflar setores da classe média, sempre ela, contra o governo por aumentar o preço da gasolina e tornar 4% mais caro andar de carro.
O governo federal anunciou o reajuste do preço da gasolina em 6,6% nas refinarias e 4,4% nas bombas dos postos. Logo começou uma guerra de informação e contra informação nas redes sociais motivada pela boataria da “grande imprensa” para tentar desqualificar a redução da tarifa de energia elétrica.
Sob o argumento direto ou indireto de que a redução foi para compensar o aumento do preço do combustível, a “grande mídia” mais uma vez conseguiu inflar setores da classe média, sempre ela, contra o governo por aumentar o preço da gasolina e tornar 4% mais caro andar de carro.
A velha mídia, fora da realidade
Do sítio: http://www.elpuercoespin.com.ar |
Chávez não era Chávez. A foto exibida no último dia 24 de janeiro pelo “El País”, jornal conservador espanhol, havia sido retirada de um vídeo médico de 2008, que mostrava um homem anônimo em coma.
Uma rápida e simples checagem teria revelado o erro grotesco e primário. No entanto, o “El País”, espécie de sucursal ibérica do antichavismo, resolveu arriscar para ver se “colava”. Não colou. Um internauta percebeu logo o erro e o jornal teve de retirar a foto e pedir desculpas. Tirou a foto e imediatamente colocou em si mesmo uma grande e vergonhosa “barriga”, nome que se dá, no jargão jornalístico, a erros desse tipo.
A UNE e a comunicação
http://www.une.org.br/ |
De 18 a 21 de janeiro de 2013, foi realizado o 14º Conselho de Entidades de Base da UNE, em Recife. Os debates foram tão quentes quanto o clima e desencadearam promessas de parcerias entre a entidade estudantil e os movimentos sociais.
Com nomes de peso e uma sala lotada, a democratização da comunicação esteve presente entre os principais temas de debate da conjuntura. Os convidados que compuseram a mesa foram Nelson Breve (presidente da Empresa Brasileira de Comunicação – EBC), Altamiro Borges (presidente do Centro de Estudos da Mídia Alternativa do Instituto Barão de Itararé) e Laurindo Leal Filho (professor da Escola de Comunicações e Artes da USP).
Mídia e Judiciário: relação incestuosa
pigimprensagolpista.blogspot.com.br |
O pior livro de 2013 está prestes a ser lançado: Mensalão, de Merval Pereira.
Cuidado, pois.
Tratando-se de Merval, não poderia ser outra coisa que não a reunião de seus artigos maçantes e previsíveis ao longo do julgamento. Conteúdo novo? Talvez na próxima.
O livro é importante, não obstante.
Ele mostra a relação incestuosa entre a Globo (e a grande mídia) e o STF. O prefácio é de Ayres Britto, que presidia o Supremo durante o Mensalão.
Cuidado, pois.
Tratando-se de Merval, não poderia ser outra coisa que não a reunião de seus artigos maçantes e previsíveis ao longo do julgamento. Conteúdo novo? Talvez na próxima.
O livro é importante, não obstante.
Ele mostra a relação incestuosa entre a Globo (e a grande mídia) e o STF. O prefácio é de Ayres Britto, que presidia o Supremo durante o Mensalão.
quinta-feira, 31 de janeiro de 2013
Ato pela anulação do julgamento do STF
Do sítio da CUT do Rio de Janeiro:
O ato da CUT-RJ e do Barão de Itararé, nesta quarta (30), na ABI, no Rio, transbordou de gente e fez lembrar os grandes eventos da luta pela redemocratização do país. Com o auditório superlotado, extrapolando a capacidade máxima de 600 pessoas, muita gente não pôde entrar porque não cabia mais ninguém. A manifestação foi marcada pelo farto conteúdo político das falas, pelos esclarecimentos jurídicos cabais e detalhados e, acima de tudo, por muita emoção, espírito de luta e energia militante. A mesa de debates, que foi mediada por Fernanda Carísio, ex-presidente do Sindicato dos Bancários do Rio e integrante da direção Executiva do Partido do Trabalhadores, contou com o ex-ministro José Dirceu, os jornalistas Raimundo Pereira, da revista "Retrato do Brasil", Altamiro Borges (Barão de Itararé) e Hildegard Angel, além do advogado e professor da PUC-Rio, Adriano Pilatti.
O ato da CUT-RJ e do Barão de Itararé, nesta quarta (30), na ABI, no Rio, transbordou de gente e fez lembrar os grandes eventos da luta pela redemocratização do país. Com o auditório superlotado, extrapolando a capacidade máxima de 600 pessoas, muita gente não pôde entrar porque não cabia mais ninguém. A manifestação foi marcada pelo farto conteúdo político das falas, pelos esclarecimentos jurídicos cabais e detalhados e, acima de tudo, por muita emoção, espírito de luta e energia militante. A mesa de debates, que foi mediada por Fernanda Carísio, ex-presidente do Sindicato dos Bancários do Rio e integrante da direção Executiva do Partido do Trabalhadores, contou com o ex-ministro José Dirceu, os jornalistas Raimundo Pereira, da revista "Retrato do Brasil", Altamiro Borges (Barão de Itararé) e Hildegard Angel, além do advogado e professor da PUC-Rio, Adriano Pilatti.
Os mil guerreiros da ABI
Por Miguel do Rosário, no blog O Cafezinho:
Num certo momento, olhei as pessoas em volta, aquele amálgama colorido, quase mil pessoas participando de um evento político supra-partidário, pensando, acreditando, agindo e votando na contramão da mídia. Alguma coisa de muito grande acontecia ali. Apesar do tema do evento ser a denúncia de uma terrível injustiça praticada não apenas contra quadros importantes da esquerda, não apenas contra o mais importante partido do campo popular, não apenas contra a Constituição, mas contra o centro vital da democracia, que é a confiança dos cidadãos em seu regime político, apesar disso, não havia ódio. Nem sequer tensão. Havia alegria. Não a doce e irresponsável alegria de uma noite de carnaval, mas a alegria que nasce do alívio de constatar que não estamos sós. A alegria que nasce da força inacreditável de estarmos unidos contra um inimigo em comum.
Ato de apoio à revolução bolivariana
Do sítio do MST:
Organizações políticas e movimentos sociais do Brasil que defendem uma integração da América Latina para fazer frente ao poder do imperialismo dos Estados Unidos fazem atos em solidariedade ao povo venezuelano e ao presidente Hugo Chávez em Brasília e em São Paulo.
Organizações políticas e movimentos sociais do Brasil que defendem uma integração da América Latina para fazer frente ao poder do imperialismo dos Estados Unidos fazem atos em solidariedade ao povo venezuelano e ao presidente Hugo Chávez em Brasília e em São Paulo.
José Dirceu: "Não vão me calar"
O auditório da Associação Brasileira de Imprensa (ABI), no Centro do Rio, na noite passada, estava com sua capacidade de 600 lugares completamente esgotada. Mas havia gente pelos corredores, no saguão, no hall de entrada, na entrada do prédio histórico erguido à Rua Araújo Porto Alegre. Este público, de pé, aplaudiu o brado de José Dirceu em ato contra sua condenação no Supremo Tribunal Federal: “Não vou me calar!”.
A universalização da banda larga
Por Bruno Marinoni, no Observatório do Direito à Comunicação:
A última Conferência Mundial de Telecomunicações Internacionais (CMTI-12) deixou claro que há dissenso entre governos, tensionados pela pressão das empresas privadas de telecomunicação e o cumprimento do dever de atender à demanda da sociedade por efetivação de direitos. Enquanto isso, aqui no Brasil, pesquisadores coordenados pelo Coletivo Intervozes, com apoio do Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br), realizaram uma investigação comparativa entre países com o objetivo de fornecer dados e apontar rumos para a universalização da internet de banda larga no país.
Paulo Pimenta processará fascistóides
Por Renato Rovai, em seu blog:
Na tragédia de Santa Maria muitos sofreram diferentes dores e alguns foram marcados para sempre. Muito provavelmente o que aconteceu com o deputado Paulo Pimenta (PT) é quase insignificante tamanha a proporção da tragédia. Mas é algo que talvez só ele tenha vivido. Por ser de Santa Maria, deputado federal e filiado ao PT, Paulo Pimenta não foi poupado nem neste momento. Pessoas vinculadas à oposição divulgaram em redes sociais que Pimenta era o verdadeiro proprietário da Boate Kiss.
Reflexões sobre as tragédias
Por Wladimir Pomar, no sítio Correio da Cidadania:
Quando acontecem tragédias, como a de Santa Maria, na qual mais de duas centenas de jovens perderam suas vidas, o senso comum é o de buscar as responsabilidades individuais. Parece haver um sentimento arraigado de que, embora as vidas perdidas jamais sejam resgatadas, penalidades sobre os indivíduos diretamente responsáveis ao menos demonstrariam a existência de justiça e mitigariam parte da dor dos parentes, amigos e conhecidos. Esse sentimento é alimentado pelas reportagens e comentários de muitas personalidades e autoridades.
Quando acontecem tragédias, como a de Santa Maria, na qual mais de duas centenas de jovens perderam suas vidas, o senso comum é o de buscar as responsabilidades individuais. Parece haver um sentimento arraigado de que, embora as vidas perdidas jamais sejam resgatadas, penalidades sobre os indivíduos diretamente responsáveis ao menos demonstrariam a existência de justiça e mitigariam parte da dor dos parentes, amigos e conhecidos. Esse sentimento é alimentado pelas reportagens e comentários de muitas personalidades e autoridades.
Santa Maria e os ratos de Pavlov
Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:
Quando eu tinha a idade dos meninos e meninas que morreram na balada em Santa Maria, uma tragédia igual à que ocorreu no último sábado seria usada para massacrar a liberdade da juventude.
Com seus reflexos condicionados, que permitem a um ser humano ficar idêntico aos ratos de laboratório de Pavlov – nome muito em voga na época – eles diriam que o caso demonstrava que essa juventude não tem eira nem beira, não merece a confiança dos pais, pois passam o dia fumando maconha, ouvindo rock e pensando em dormir com a namorada.
Quando eu tinha a idade dos meninos e meninas que morreram na balada em Santa Maria, uma tragédia igual à que ocorreu no último sábado seria usada para massacrar a liberdade da juventude.
Com seus reflexos condicionados, que permitem a um ser humano ficar idêntico aos ratos de laboratório de Pavlov – nome muito em voga na época – eles diriam que o caso demonstrava que essa juventude não tem eira nem beira, não merece a confiança dos pais, pois passam o dia fumando maconha, ouvindo rock e pensando em dormir com a namorada.
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