segunda-feira, 17 de junho de 2013

O que não saiu na TV Globo

Os protestos contra a "Bolsa Estupro"

Por Deborah Moreira, no sítio Vermelho:

O movimento de mulheres foi às ruas no sábado (15) em diversas cidades para protestar contra o Estatuto do Nascituro, projeto de lei que dá direitos ao embrião e torna a mulher vítima de estupro, refém, diante da impossibilidade de abortar. Desde a década de 1940 o direto ao aborto é garantido em caso de violência ou risco à mulher. Pegando carona no movimento contra o aumento da passagem, elas gritaram: passe livre às mulheres na sociedade.

Sobre o que dizem as ruas

Por Vinicius Wu, no sítio Carta Maior:

A forma menos adequada de buscarmos a compreensão de um fenômeno social complexo é a simplificação. Não encontraremos uma única motivação para os recentes protestos que se espalharam pelas principais cidades do país, se o procurarmos. Temos questões mais gerais e universais ao lado de outros muitos temas locais e setoriais. Há aspectos que aproximam os manifestantes de São Paulo aos do Rio e de Porto Alegre e, outros tantos, que os distanciam.

Um Big Brother em escala planetária

Por Eduardo Graça, na revista CartaCapital:

Oportunidade para um debate. Vitória da democracia. Convite ao diálogo. As reações em coro de Washington ao maior escândalo da era Barack Obama dão a impressão de que o democrata ainda é candidato da oposição a um governo conservador acusado de utilizar a ameaça do terror para justificar um ataque sem precedentes às liberdades civis dos cidadãos americanos.

Viva a primavera da juventude!

Por Miguel do Rosário, no blog O Cafezinho:

Há tempos eu não encontrava um assunto tão desafiador como esses levantes da juventude. De início, fiquei chocado, negativamente, com algumas cenas: jovens queimando a bandeira do Brasil; um outro vestido com as cores dos EUA exibindo uma bandeira do Brasil pichada com a palavra Lixo; depredação da sede de um partido político; destruição de patrimônio público, ônibus, agências…

domingo, 16 de junho de 2013

Mídia engatilha a arma da PM

Por Alexandre Haubrich, no blog Jornalismo B:

Depois de incitar a violência policial contra jovens que têm se manifestado nas ruas em defesa de um transporte público e de qualidade, os dois maiores jornais do país viram serem agredidos, alvejados e presos alguns jornalistas. A Folha de S. Paulo mudou o tom, depois de, juntamente com o Estadão, ter defendido em editorial ações mais contundentes para conter os protestos. Na quinta-feira, antes da manifestação que terminou em atitudes policiais que remetem diretamente aos anos da Ditadura Militar, Folha e Estadão publicaram editoriais que falaram, respectivamente, em “hora do basta” e “retomar a Paulista”.

"Cancelei minha assinatura da Folha"

http://www.ajusticeiradeesquerda.blogspot.com.br/
Por Regina Desiree, no blog Maria Frô:

Ontem cancelei a minha assinatura da Folha de S.Paulo (que já era só aos fins de semana) assim que li o editorial onde eles exigiam a cabeça dos manifestantes ao governo do estado. Mandei uma carta para a ombudsman e hoje recebi uma resposta dela e do sr. Marcelo Leite, editor do Caderno Opinião.

Lendo, tive a certeza de que o dinheiro que vou economizar com a assinatura será muito melhor empregado nem que seja comprando figurinhas da Copa pra encher um álbum.

A luta contra o aumento das passagens

Por Cadu Amaral, em seu blog:

Mais uma vez o valor das passagens do transporte público tem seu aumento. Geralmente eles ocorrem todos os anos e sempre com o argumento da inflação dos custos do setor e reajustes salariais dos trabalhadores. Há casos de que o intervalo do acréscimo do preço é maior, mas é raro.

Quem começou foram eles

Os protestos e a lógica capitalista

Por Fábio Salem Daie, no sítio Opera Mundi:

No sentido de uma crise generalizada do contexto sócio-econômico nacional e mundial, podemos afirmar que as manifestações iniciadas contra o aumento das passagens de ônibus, em diversas cidades do Brasil, são “políticas”. No entanto, parece não ser este o sentido outorgado a elas, ao menos pelos gestores estaduais. Alarmados com a força demonstrada pela articulação popular (iniciada pelo Movimento Passe Livre), os governadores de São Paulo e do Rio de Janeiro, Geraldo Alckmin (PSDB) e Sérgio Cabral (PMDB), apressaram-se em tachar os protestos, na última quinta-feira, de “políticos”: querendo significar, entretanto, que se tratam na verdade de estratégias partidárias e não de “mobilizações espontâneas”.

O AI-5 do governador Alckmin

http://ajusticeiradeesquerda.blogspot.com.br
Por Igor Felippe, no blog Viomundo:

Guardo na memória alguns episódios do governo de Mário Covas, que considero um político importante na história, que fazia política com convicção e sangue nas veias. Líder mais autêntico da história do PSDB, Covas foi governador de São Paulo e sofreu uma pressão muito forte por conta do crescimento dos índices de violência.

A revolução será mal televisionada

Por Camila Petroni e Gustavo Menon, no jornal Brasil de Fato:

Damos o pontapé inicial em nosso texto fazendo um trocadilho com o título do documentário irlandês, de 2002, dirigido por Kim Bartleyle Donnacha O'Briain, que retrata a derrubada sofrida por Hugo Chávez na Venezuela, em abril do mesmo ano. Em "A revolução não será televisionada", os diretores abordam o caráter golpista dos grandes canais televisivos venezuelanos, que aliados à burguesia do país, efetivamente, protagonizaram um verdadeiro Golpe de Estado em Caracas. Nenhum título para o nosso texto caberia melhor, no momento - lembrando que corremos o risco de sermos acusados de vândalos pelo uso da palavra “pontapé”, acima.

Muito além dos 20 centavos

Por Sylvia Debossan Moretzsohn, no Observatório da Imprensa:

Os dois principais jornais paulistas amanheceram na quinta-feira (13/6) com editoriais que conclamavam a polícia à ação: “Retomar a Paulista”, pedia a Folha de S.Paulo; “Chegou a hora do basta”, enfatizava o Estadão, apelando ao “maior rigor” na repressão aos protestos contra o aumento das tarifas de ônibus.

Ao fim daquele dia, tiveram o que pediram: a polícia esmerou-se no que melhor sabe fazer e distribuiu seus coices indiscriminadamente, atingindo inclusive jornalistas, alguns dos quais feridos com gravidade por balas de borracha no rosto. Um deles, um fotógrafo, corre o risco de perder a visão.

Jovens voltam às ruas em SP

Do sítio da União da Juventude Socialista (UJS):

Está marcado para esta segunda (17), às 17 horas, novo manifesto dos jovens contra o aumento de tarifas do transporte coletivo da região metropolitana de São Paulo. O ato ocorrerá no Largo da Batata, em Pinheiros, por onde circulam muitos ônibus.

Os jovens mostram disposição em continuar as manifestações pacíficas com a palavra de ordem que mais se ouviu no ato de quinta-feira (13): “Sem violência”.

sábado, 15 de junho de 2013

Um retrato dos jovens agitadores

Do sítio: http://www.advivo.com.br/luisnassif
Por Luis Nassif, em seu blog:

O artigo “Jovens vão às ruas e nos mostram que desaprendemos a sonhar”, do nosso comentarista André Borges Lopes, entrará para a história do ativismo online brasileiro como um marco. Hoje de manhã bateu em 202 mil leituras. A divulgação se deu exclusivamente através das redes sociais e liberou o grito engasgado na garganta de milhares de jovens por todo o país.

Dei-me conta do fenômeno alertado por minha filha de 15 anos, que soube por colegas de várias partes do país, através de sua página do Facebook.

Lula e Dilma acertam o tom

Foto: Ricardo Stuckert/Instituto Lula
Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Um vez, ouvi de Luiz Carlos Prestes, comentando alguns episódios na China, a frase: “Governo que não se defende merece cair”.

Embora não se esteja tratando de queda de Governo - afinal, apesar da polícia de Alckmin, estamos numa democracia - é inegável que o governo brasileiro andou apanhando feio na luta que, querendo ou não, tem de travar com a mídia que pratica o “terrorismo informativo” ao qual se referiu a Presidenta Dilma Rousseff, ontem, na Rocinha.

Uma homenagem a Dynéas Aguiar

Arnaldo Jabor não vale 20 centavos!



Por Altamiro Borges

Arnaldo Jabor, o serviçal da famiglia Marinho, detesta os movimentos sociais brasileiros. Em seus textos nos jornais e nos seus comentários nos telejornais das Organizações Globo, ele ataca com rancor o sindicalismo, o MST, as lutas da juventude. Saudoso do reinado neoliberal de FHC, ele defende os interesses das elites. Frequentador assíduo dos convescotes do Instituto Millenium, que reúne os barões da mídia golpista, ele tem um ódio doentio das forças de esquerda. Seu último "teatrinho" contra os protestos de jovens em São Paulo confirma que Arnaldo Jabor "não vale nem 20 centavos"!


Como evitar bandidos precoces

Por Frei Betto, no sítio da Adital:

Já que o assunto é redução da maioridade penal, tenho uma sugestão que, com certeza, facilitará, e muito, a prevenção à criminalidade.

Supondo que reduzir de 18 para 16 anos é mero paliativo juridicês, tendo em vista que há assassinos com menos de 16 anos, deve-se encontrar uma solução para que, em breve, não haja nova campanha para criminalizar pivetes de 14, 12 ou 10 anos de idade. Sei inclusive de casos em que o criminoso tinha 6 e 5 anos. O que fazer?

O vinagre e a ação ridícula da PM

Por José Nabuco Filho, no blog Diário do Centro do Mundo:

A detenção de manifestantes que portavam vinagre e a prisão em flagrante de outros por crime de quadrilha são atos ilegais e uma clara tentativa de criminalizar os movimentos sociais.

É difícil um autoritário praticar um ato de opressão e não resvalar no ridículo. Na ditadura militar, por exemplo, a par da violência, agentes da repressão, não raro, expunham-se ao ridículo com sua ação estúpida. Basta lembrar a proibição pela censura da música “Torturas de amor”, de Waldick Soriano. Talvez esse seja o ponto em comum dos reacionários: eles perdem o senso do ridículo.