quinta-feira, 27 de junho de 2013

Os protestos e a publicidade oficial

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Por Marco Aurélio Mello, no blog DoLaDoDeLá:

Estávamos todos tão ocupados em digerir as iniciativas da presidência da República para combater a corrupção, reformar a política, melhorar a mobilidade urbana, a educação e a saúde, que deixamos uma notícia importante fora de nossas pautas na última segunda-feira.

O novo balanço de gastos em propaganda oficial: R$ 1,2 bilhão no ano passado. A notícia foi veiculada pelo Instituto Brasil Verdade, que tentou saber da Secom por que houve aumento nos gastos com publicidade sem no entanto obter resposta.

Movimentos marcam ato na TV Globo

Por Gisele Brito, na Rede Brasil Atual:

Movimentos que defendem a democratização dos meios de comunicação realizaram na noite de ontem (26) uma plenária no vão livre do Masp, na Avenida Paulista, em São Paulo, para traçar uma estratégia de atuação. A ideia é aproveitar o ambiente de efervescência política para pautar o assunto. Concretamente cerca de 100 participantes decidiram realizar uma manifestação diante da sede da Rede Globo na cidade, na próxima quarta-feira (3).

O joio, o trigo e a razão

Wilson Dias/ABr
Por Mauro Santayana, em seu blog:

A situação criada com as numerosas manifestações, no Brasil, nas últimas semanas, não se resolverá com a reunião realizada ontem em Brasília, da Presidente Dilma Roussef, com governadores e prefeitos de todo o país - embora o encontro seja um importante passo para atender às reivindicações dos que foram às ruas.
Seria fácil enfrentar a questão, se as pessoas que vêm bloqueando avenidas e rodovias - levantando cartazes com todo o tipo de queixas - fossem apenas multidão bem intencionada de brasileiros, lutando por um país melhor.

Os protestos e a cobertura midiática

Por Bruno Marinoni, no Observatório do Direito à Comunicação:

As manifestações que surgiram no país em torno do aumento da passagem e que ganharam ao longo do mês de junho proporções gigantescas apresentaram a mídia como um ator importante nesse cenário. A cobertura feita dos atos públicos e a participação de jornalistas nesses lugares virou tema de debate dentro e fora das grandes aglomerações. Destaca-se o tom de crítica.

"Vamos ocupar a mídia"

Por Felipe Bianchi, no sítio do Centro de Estudos Barão de Itararé:

O vão livre do Museu de Artes de São Paulo (MASP), na Avenida Paulista, abrigou nesta terça-feira (25) uma Assembleia Popular sobre mídia e democracia. A atividade reuniu representantes de entidades do movimento social, jornalistas, estudantes e cidadãos interessados no tema para debater, de forma horizontal, o papel desempenhado pela grande imprensa frente à onda de manifestações massivas no país e alternativas para combater o monopólio midiático.

quarta-feira, 26 de junho de 2013

Na hora da crise, beba História

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Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Recebo de José Vicente Goulart, filho de Jango e presidente do Instituto João Goulart, um discurso pronunciado por seu pai dias antes do Golpe de 64, que nos impôs morte, trevas e opressão. Quando a direita golpista se move, mascarada debaixo de crises políticas, o melhor antídoto contra ela é nos abeberarmos das lições da história.

O Globo e a arte de fazer panfletos

Por Wevergton Brito Lima, no sítio Vermelho:

Alguém aí tem alguma dúvida sobre como se faz um bom panfleto de oposição? Pois se tem, procure alguma banca pela cidade, se for morador do Rio, compre o jornal O Globo de hoje (25 de junho).

Já fazia quase um mês que eu não comprava o diário da famiglia Marinho, mas minha porção masoquista não resistiu à curiosidade de ver como Ali Kamel e seus colunistas amestrados tratariam o mais importante fato jornalístico do dia anterior: a ofensiva política do governo Dilma propondo uma constituinte exclusiva para a reforma política e um pacto com governadores e prefeitos em temas como transporte, saúde e outros.

terça-feira, 25 de junho de 2013

Tensão em BH. Cadê o Aécio?

Por Luiz Carlos Azenha, no blog Viomundo:

Tensão em Belo Horizonte. Ninguém sabe o que pode acontecer nesta quarta-feira, quando Brasil e Uruguai fazem a semifinal da Copa das Confederações no Mineirão. A caminhada dos manifestantes será em direção ao estádio. A expectativa é de uma multidão maior que nas passeatas anteriores, onde as estimativas variaram entre 60 e 100 mil pessoas.

Serra solta rojão no "Roda Morta"

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Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

Ele saiu da tumba. E apareceu onde era mais previsível, em um dos dois únicos programas de visibilidade da TV brasileira que tratam de política, no “Roda Viva” (TV Cultura) – que, pela natureza previsível do que ocorre naquele programa após ser aparelhado pelo PSDB de São Paulo, passou a ser conhecido como “Roda Morta”. O outro programa é o Canal Livre (Band).

Por uma Lei da Mídia Democrática

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Por Karina Vilas Boas e Azael Júnior, no jornal Brasil de Fato:

Os olhos da sociedade brasileira estão voltados para o papel da mídia nas mobilizações e nas pautas das grandes manifestações pelo Brasil. Para debater essa situação e a importância de fortalecer a luta pela democratização da comunicação para contrapor o papel manipulador dos grandes veículos de comunicação, a Federação dos Trabalhadores em Educação de Mato Grosso do Sul (FETEMS) realiza o seu 2° Seminário de Comunicação. O evento iniciou na segunda (24) e termina nesta terça-feira (25).

Reforma política é ato de coragem

Por Ricardo Kotscho, no blog Balaio do Kotscho:

Confesso que fiquei surpreso quando entrei no táxi na tarde desta segunda-feira, depois de sair do dentista, e o motorista, que me reconheceu da televisão, já foi logo falando que a presidente Dilma Rousseff vai propor um plebiscito para fazer a reforma política, a tal reforma mãe que o país reclama há séculos.

A falácia da ‘alta’ carga tributária

Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

Estava na Folha, num editorial recente.

A carga tributária brasileira é alta. Cerca de 35% do PIB. Esta tem sido a base de incessantes campanhas de jornais e revistas sobre o assim chamado “Custo Brasil”.

Tirada a hipocrisia cínica, a pregação da mídia contra o “Custo Brasil” é uma tentativa de pagar (ainda) menos impostos e achatar direitos trabalhistas.

Centrais farão paralisações conjuntas

Por Fernando Damasceno, no sítio da CTB:

As oito centrais sindicais do país se reuniram nesta terça-feira (25), em São Paulo, para anunciar uma decisão histórica: CTB, CUT, UGT, CSB, NCST, CGTB, CSP-Conlutas e FS irão organizar, de maneira conjunta, uma série de paralisações por todo o Brasil no dia 11 de julho, com o propósito de pressionar o governo e o empresariado a aprovar a pauta de reivindicações da classe trabalhadora.

Constituinte é decisão política

Por Maria Inês Nassif, no sítio Carta Maior:

No debate sobre a convocação de uma Assembleia Nacional Constituinte com poderes limitados à mudança do sistema político, o que menos conta é a avaliação jurídica da proposta feita pela presidente Dilma Rousseff como base para um acordo nacional, porque a discussão é essencialmente política. É a conveniência política que deve pautar essas discussões, segundo o constitucionalistas Pedro Serrano, da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. O Brasil vive uma situação em que o Estado de direito constitucional está tensionado pela questão da soberania popular. E, nesse caso, “a sociedade deve ser dona de seu destino.”

Para afastar o dinheiro da política

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

As relações entre política e dinheiro são um ponto essencial quando se discute como o País pode livrar-se da corrupção, prática que, em essência, consiste em alugar os poderes públicos para atender a interesses privados.

Depois de passar os últimos quinze dias em brados onde tentava reaprender a Marselhesa em cursos à distância, nossa oposição conservadora só precisou ouvir a proposta de uma Constituinte exclusiva para realizar a reforma política para voltar à melodia de sempre, longe do povo, procurando ensaiar o coro ridículo de denunciar de chavismo e autoritarismo.

Cansei do Leblon: here is not Venezuela

Fernando Frazão/ABr
Por Rodrigo Vianna, no blog Escrevinhador:

Quem viu de perto os ataques da ultra-direita na avenida Paulista, quinta-feira passada, e quem acompanha a forma como grupos conservadores avançam na internet (de forma organizada) tinha mesmo motivos pra ficar preocupado. Entre sexta-feira e sábado, recebi dezenas de mensagens de pessoas amigas ou leitores do blog, perguntando: o que vai acontecer? Há um golpe em andamento? Vamos com calma.

Mídia e crise de representação

Por Venício A. de Lima, no Observatório da Imprensa:

Muito se tem escrito sobre a importância das novas TICs (tecnologias de informação e comunicação) para as manifestações de junho, ao mesmo tempo aparentemente anárquicas e organizadas. Procuro, ao contrário, identificar questões específicas relativas ao papel da grande (velha) mídia em todo esse complexo processo.

Quem tem medo das ruas e das redes?

Por José Dirceu, em seu blog:

A oposição piscou, não esperava a proposta de pacto feita ontem pela presidenta Dilma Rousseff. Pacto se constrói com a sociedade e não apenas com os três Poderes, partidos e governantes. A oposição preferiu não discutir e não participar, pelo menos por meio de seus partidos, o PSDB, o DEM e o PPS.

A catarse da classe média

Por Guilherme Leite Cunha, na revista Fórum:

O povo foi para as ruas? Ele acordou? Isso irá mudar o cenário político atual? Para detalhar e mesmo contrapor alguns argumentos de textos de professores como Henrique Carneiro e Vladimir Safatle e outros teóricos, creio ser necessário nos valermos do instrumental marxista de análise da realidade, para compreender a onda relâmpago de protestos de junho de 2013.

Reforma política: topa ou não topa?

Por Matheus Pichonelli, na revista CartaCapital:

O tabuleiro estava montado. A pouco mais de um ano para as eleições, a presidenta, às turras com o Congresso, escorregava nas notícias sobre a queda de sua popularidade (ainda alta) enquanto a oposição enrolava os dardos para alvejar os flancos abertos pelo Planalto. Em uma estratégia de eficácia incerta, citava fantasmas sobre inflação e números da Petrobras para tentar convencer o eleitor de que o governo estava desnorteado. Sob a presidência de seu partido, o possível candidato tucano, senador Aécio Neves (PSDB-MG), assumiu a linha de frente em entrevistas, pronunciamentos e inserções. O governador pernambucano Eduardo Campos (PSB), ainda vacilante como a terceira via da disputa, ensaiou um discurso similar e, em seguida, submergiu.