quinta-feira, 27 de junho de 2013

A plebe e a nobreza

Por Frei Betto, no sítio da Adital:

Era uma vez um reino governado por um rei despótico. Sua majestade oprimia os súditos e mandava prender, torturar, assassinar quem lhe fizesse oposição. O reino de terror prolongou-se por 21 anos.

Os plebeus, inconformados, reagiram ao déspota. Provaram que ele estava nu, denunciaram suas atrocidades, ocuparam os caminhos e as praças do reino, até que o rei perdesse a coroa.

Desmilitarização, a pauta urgente

Por Sylvia Debossan Moretzsohn, no Observatório da Imprensa:

A truculência na repressão indiscriminada e gratuita a manifestantes que participaram de várias das passeatas nos últimos dias, desde a quinta-feira sangrenta (13/6) na Avenida Paulista, impôs a urgência de uma velha demanda: a desmilitarização das polícias e a discussão sobre o papel dessa instituição num Estado democrático.

A crise e as planilhas dos ônibus

Fernando Borges/Terra
Por Luis Nassif, em seu blog:

A decisão do prefeito Fernando Haddad, de São Paulo, de cancelar a licitação de ônibus, montar um conselho e abrir as planilhas de custos do sistema, permitirá, pela primeira vez, escancarar a maior caixa preta do sistema público: as companhias municipais de transporte.

Rebeliões de Junho: um mês sem fim

Wilson Dias/ABr
Por Rodrigo Vianna, no blog Escrevinhador:

A velocidade é assustadora e ao mesmo tempo fascinante. As “Rebeliões de Junho” – um dia talvez elas sejam chamadas assim – mudam de significado dia após dia. O que apenas reforça a tese de que o ganhador não está definido – de saída. A história se escreve agora nas ruas, mais do que nas redes ou nos gabinetes. E isso me faz lembrar o que dizia um velho professor marxista, com quem eu tinha até várias discordâncias: “os líderes políticos fazem muitos discursos, os intelectuais escrevem demais, mas a História se escreve mesmo é na ponta das baionetas” (Edgard Carone).

Protestos continuam. Até quando?

Wilson Dias/ABr
Por Ricardo Kotscho, no blog Balaio do Kotscho:

Chegando ao final da semana em que o governo, o legislativo e o judiciário fizeram até horas extras para atender de uma vez só a todas as reivindicações do povo nas ruas - e até outras que nem estavam nos cartazes - os protestos continuam em todo o país e já estão marcadas as próximas manifestações.

Os protestos e a publicidade oficial

http://www.ajusticeiradeesquerda.blogspot.com.br/
Por Marco Aurélio Mello, no blog DoLaDoDeLá:

Estávamos todos tão ocupados em digerir as iniciativas da presidência da República para combater a corrupção, reformar a política, melhorar a mobilidade urbana, a educação e a saúde, que deixamos uma notícia importante fora de nossas pautas na última segunda-feira.

O novo balanço de gastos em propaganda oficial: R$ 1,2 bilhão no ano passado. A notícia foi veiculada pelo Instituto Brasil Verdade, que tentou saber da Secom por que houve aumento nos gastos com publicidade sem no entanto obter resposta.

Movimentos marcam ato na TV Globo

Por Gisele Brito, na Rede Brasil Atual:

Movimentos que defendem a democratização dos meios de comunicação realizaram na noite de ontem (26) uma plenária no vão livre do Masp, na Avenida Paulista, em São Paulo, para traçar uma estratégia de atuação. A ideia é aproveitar o ambiente de efervescência política para pautar o assunto. Concretamente cerca de 100 participantes decidiram realizar uma manifestação diante da sede da Rede Globo na cidade, na próxima quarta-feira (3).

O joio, o trigo e a razão

Wilson Dias/ABr
Por Mauro Santayana, em seu blog:

A situação criada com as numerosas manifestações, no Brasil, nas últimas semanas, não se resolverá com a reunião realizada ontem em Brasília, da Presidente Dilma Roussef, com governadores e prefeitos de todo o país - embora o encontro seja um importante passo para atender às reivindicações dos que foram às ruas.
Seria fácil enfrentar a questão, se as pessoas que vêm bloqueando avenidas e rodovias - levantando cartazes com todo o tipo de queixas - fossem apenas multidão bem intencionada de brasileiros, lutando por um país melhor.

Os protestos e a cobertura midiática

Por Bruno Marinoni, no Observatório do Direito à Comunicação:

As manifestações que surgiram no país em torno do aumento da passagem e que ganharam ao longo do mês de junho proporções gigantescas apresentaram a mídia como um ator importante nesse cenário. A cobertura feita dos atos públicos e a participação de jornalistas nesses lugares virou tema de debate dentro e fora das grandes aglomerações. Destaca-se o tom de crítica.

"Vamos ocupar a mídia"

Por Felipe Bianchi, no sítio do Centro de Estudos Barão de Itararé:

O vão livre do Museu de Artes de São Paulo (MASP), na Avenida Paulista, abrigou nesta terça-feira (25) uma Assembleia Popular sobre mídia e democracia. A atividade reuniu representantes de entidades do movimento social, jornalistas, estudantes e cidadãos interessados no tema para debater, de forma horizontal, o papel desempenhado pela grande imprensa frente à onda de manifestações massivas no país e alternativas para combater o monopólio midiático.

quarta-feira, 26 de junho de 2013

Na hora da crise, beba História

http://www.pirikart.com.br/
Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Recebo de José Vicente Goulart, filho de Jango e presidente do Instituto João Goulart, um discurso pronunciado por seu pai dias antes do Golpe de 64, que nos impôs morte, trevas e opressão. Quando a direita golpista se move, mascarada debaixo de crises políticas, o melhor antídoto contra ela é nos abeberarmos das lições da história.

O Globo e a arte de fazer panfletos

Por Wevergton Brito Lima, no sítio Vermelho:

Alguém aí tem alguma dúvida sobre como se faz um bom panfleto de oposição? Pois se tem, procure alguma banca pela cidade, se for morador do Rio, compre o jornal O Globo de hoje (25 de junho).

Já fazia quase um mês que eu não comprava o diário da famiglia Marinho, mas minha porção masoquista não resistiu à curiosidade de ver como Ali Kamel e seus colunistas amestrados tratariam o mais importante fato jornalístico do dia anterior: a ofensiva política do governo Dilma propondo uma constituinte exclusiva para a reforma política e um pacto com governadores e prefeitos em temas como transporte, saúde e outros.

terça-feira, 25 de junho de 2013

Tensão em BH. Cadê o Aécio?

Por Luiz Carlos Azenha, no blog Viomundo:

Tensão em Belo Horizonte. Ninguém sabe o que pode acontecer nesta quarta-feira, quando Brasil e Uruguai fazem a semifinal da Copa das Confederações no Mineirão. A caminhada dos manifestantes será em direção ao estádio. A expectativa é de uma multidão maior que nas passeatas anteriores, onde as estimativas variaram entre 60 e 100 mil pessoas.

Serra solta rojão no "Roda Morta"

http://www.ajusticeiradeesquerda.blogspot.com.br/
Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

Ele saiu da tumba. E apareceu onde era mais previsível, em um dos dois únicos programas de visibilidade da TV brasileira que tratam de política, no “Roda Viva” (TV Cultura) – que, pela natureza previsível do que ocorre naquele programa após ser aparelhado pelo PSDB de São Paulo, passou a ser conhecido como “Roda Morta”. O outro programa é o Canal Livre (Band).

Por uma Lei da Mídia Democrática

http://www.ajusticeiradeesquerda.blogspot.com.br/
Por Karina Vilas Boas e Azael Júnior, no jornal Brasil de Fato:

Os olhos da sociedade brasileira estão voltados para o papel da mídia nas mobilizações e nas pautas das grandes manifestações pelo Brasil. Para debater essa situação e a importância de fortalecer a luta pela democratização da comunicação para contrapor o papel manipulador dos grandes veículos de comunicação, a Federação dos Trabalhadores em Educação de Mato Grosso do Sul (FETEMS) realiza o seu 2° Seminário de Comunicação. O evento iniciou na segunda (24) e termina nesta terça-feira (25).

Reforma política é ato de coragem

Por Ricardo Kotscho, no blog Balaio do Kotscho:

Confesso que fiquei surpreso quando entrei no táxi na tarde desta segunda-feira, depois de sair do dentista, e o motorista, que me reconheceu da televisão, já foi logo falando que a presidente Dilma Rousseff vai propor um plebiscito para fazer a reforma política, a tal reforma mãe que o país reclama há séculos.

A falácia da ‘alta’ carga tributária

Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

Estava na Folha, num editorial recente.

A carga tributária brasileira é alta. Cerca de 35% do PIB. Esta tem sido a base de incessantes campanhas de jornais e revistas sobre o assim chamado “Custo Brasil”.

Tirada a hipocrisia cínica, a pregação da mídia contra o “Custo Brasil” é uma tentativa de pagar (ainda) menos impostos e achatar direitos trabalhistas.

Centrais farão paralisações conjuntas

Por Fernando Damasceno, no sítio da CTB:

As oito centrais sindicais do país se reuniram nesta terça-feira (25), em São Paulo, para anunciar uma decisão histórica: CTB, CUT, UGT, CSB, NCST, CGTB, CSP-Conlutas e FS irão organizar, de maneira conjunta, uma série de paralisações por todo o Brasil no dia 11 de julho, com o propósito de pressionar o governo e o empresariado a aprovar a pauta de reivindicações da classe trabalhadora.

Constituinte é decisão política

Por Maria Inês Nassif, no sítio Carta Maior:

No debate sobre a convocação de uma Assembleia Nacional Constituinte com poderes limitados à mudança do sistema político, o que menos conta é a avaliação jurídica da proposta feita pela presidente Dilma Rousseff como base para um acordo nacional, porque a discussão é essencialmente política. É a conveniência política que deve pautar essas discussões, segundo o constitucionalistas Pedro Serrano, da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. O Brasil vive uma situação em que o Estado de direito constitucional está tensionado pela questão da soberania popular. E, nesse caso, “a sociedade deve ser dona de seu destino.”

Para afastar o dinheiro da política

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

As relações entre política e dinheiro são um ponto essencial quando se discute como o País pode livrar-se da corrupção, prática que, em essência, consiste em alugar os poderes públicos para atender a interesses privados.

Depois de passar os últimos quinze dias em brados onde tentava reaprender a Marselhesa em cursos à distância, nossa oposição conservadora só precisou ouvir a proposta de uma Constituinte exclusiva para realizar a reforma política para voltar à melodia de sempre, longe do povo, procurando ensaiar o coro ridículo de denunciar de chavismo e autoritarismo.