Por Gabriel Brito, no sítio Correio da Cidadania: Enquanto o país vive grande efervescência política, é do conhecimento geral a batalha ideológica em torno da informação. Ao mesmo tempo, temos uma crise que já se arrasta há anos no jornalismo, desde suas narrativas até a viciada roteirização dos temas, chegando à própria questão de sua viabilidade econômica. |
segunda-feira, 28 de outubro de 2013
A revolução da internet
A censura mancha as biografias
Por Marcelo Semer, no blog Sem Juízo:
Se a intenção de artistas como Caetano Veloso e Chico Buarque era se precaver contra possíveis deméritos em suas biografias, não há dúvidas que o tiro saiu pela culatra.
Associar a compositores como eles, cuja arte se relaciona de forma íntima com a liberdade arrancada a fórceps da ditadura, qualquer forma de censura, é a pior mácula que poderiam fazer às suas próprias biografias. Nem um historiador desatento ou um jornalista leviano conseguiriam provocar tamanho estrago.
Se a intenção de artistas como Caetano Veloso e Chico Buarque era se precaver contra possíveis deméritos em suas biografias, não há dúvidas que o tiro saiu pela culatra.
Associar a compositores como eles, cuja arte se relaciona de forma íntima com a liberdade arrancada a fórceps da ditadura, qualquer forma de censura, é a pior mácula que poderiam fazer às suas próprias biografias. Nem um historiador desatento ou um jornalista leviano conseguiriam provocar tamanho estrago.
Folha: A serviço de um certo Brasil
Por Saul Leblon, no sítio Carta Maior:
A afetação conservadora adicionada às páginas da Folha, um maneirismo que pouco ou nada acrescenta ao repertório original da direita, exceto pancadas de um bate-estaca monótono, talvez cause estranhamento à memória recente de seus leitores jovens. Justifica-se.
A Folha atingiria um milhão de exemplares de circulação ao final dos anos 70, (hoje caiu a 1/3 disso) atraindo amplas franjas de leitores introduzidos à vida política na esteira das mobilizações pela redemocratização.
A afetação conservadora adicionada às páginas da Folha, um maneirismo que pouco ou nada acrescenta ao repertório original da direita, exceto pancadas de um bate-estaca monótono, talvez cause estranhamento à memória recente de seus leitores jovens. Justifica-se.
A Folha atingiria um milhão de exemplares de circulação ao final dos anos 70, (hoje caiu a 1/3 disso) atraindo amplas franjas de leitores introduzidos à vida política na esteira das mobilizações pela redemocratização.
domingo, 27 de outubro de 2013
Vale a pena voltar ao passado?
Por João Sicsú, na revista CartaCapital:
O governo Dilma começou mal. Tirou a economia da trajetória vigorosa do período 2007-2010. Em 2011, elevou o superávit primário, subiu a taxa de juros básica (Selic) e deixou o câmbio apreciar. Lembrou a administração dos tempos de Fernando Henrique Cardoso. Lembrou o tal tripé que faz qualquer economia tropeçar e cair. Os resultados foram modestos. O Brasil cresceu 2,7% em 2011. Foi um tranco em uma economia que havia crescido 7,5% em 2010.
O governo Dilma começou mal. Tirou a economia da trajetória vigorosa do período 2007-2010. Em 2011, elevou o superávit primário, subiu a taxa de juros básica (Selic) e deixou o câmbio apreciar. Lembrou a administração dos tempos de Fernando Henrique Cardoso. Lembrou o tal tripé que faz qualquer economia tropeçar e cair. Os resultados foram modestos. O Brasil cresceu 2,7% em 2011. Foi um tranco em uma economia que havia crescido 7,5% em 2010.
Pressão popular pela reforma política
Por Hylda Cavalcanti, na Rede Brasil Atual:
O dia 12 de novembro será marcado por uma grande manifestação nacional pela reforma política e para coleta de novas assinaturas ao projeto de iniciativa popular sobre o tema, que está sendo coordenado pela chamada Coalizão Democrática pelas Eleições Limpas. O movimento, que conta com o apoio de mais de 160 parlamentares e é formado por 91 entidades, deu início a partir de hoje (25) à formalização de apoio de outras instituições, que até a data da manifestação já estarão engajadas na campanha. Além disso, definiu, durante reunião realizada ontem, na sede da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), a estratégia para intensificação de atos e seminários em todos os estados brasileiros a partir de novembro.
O dia 12 de novembro será marcado por uma grande manifestação nacional pela reforma política e para coleta de novas assinaturas ao projeto de iniciativa popular sobre o tema, que está sendo coordenado pela chamada Coalizão Democrática pelas Eleições Limpas. O movimento, que conta com o apoio de mais de 160 parlamentares e é formado por 91 entidades, deu início a partir de hoje (25) à formalização de apoio de outras instituições, que até a data da manifestação já estarão engajadas na campanha. Além disso, definiu, durante reunião realizada ontem, na sede da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), a estratégia para intensificação de atos e seminários em todos os estados brasileiros a partir de novembro.
Primeiros ensaios das eleições de 2014
Por Luis Nassif, no Jornal GGN:
A última pesquisa Ibope traz algumas informações que devem ser relativizadas e outras relevantes.
No primeiro grupo, os índices de aprovação dos novos candidatos em comparação com os que participaram de eleições presidenciais. Políticos como José Serra, Dilma Rousseff e Marina Silva são mais conhecidos do que Aécio Neves e Eduardo Campos.
A última pesquisa Ibope traz algumas informações que devem ser relativizadas e outras relevantes.
No primeiro grupo, os índices de aprovação dos novos candidatos em comparação com os que participaram de eleições presidenciais. Políticos como José Serra, Dilma Rousseff e Marina Silva são mais conhecidos do que Aécio Neves e Eduardo Campos.
O que dirão os leitores da Folha?
Por José Dirceu, em seu blog:
É um caso a se analisar o da Folha de S.Paulo. Com seus dois novos articulistas, Reinaldo Azevedo e Demétrio Magnoli, a flor do pântano quer herdar os leitores da decadente revista cuja sede – que o tucanato preparou para ela, às margens mal cheirosas do Rio Pinheiros, denunciando o fracasso ambiental do PSDB – exala gases venenosos que asfixiaram a própria editora, a caminho da falência ou da venda de gaveta a algum grupo mais à direita no exterior…
É um caso a se analisar o da Folha de S.Paulo. Com seus dois novos articulistas, Reinaldo Azevedo e Demétrio Magnoli, a flor do pântano quer herdar os leitores da decadente revista cuja sede – que o tucanato preparou para ela, às margens mal cheirosas do Rio Pinheiros, denunciando o fracasso ambiental do PSDB – exala gases venenosos que asfixiaram a própria editora, a caminho da falência ou da venda de gaveta a algum grupo mais à direita no exterior…
Marina Silva na Rede do Itaú
Por Antônio Mello, em seu blog:
Teria sido apenas uma incrível coincidência? Teria sido feito de caso pensado? Quem nasceu primeiro, o ovo (Rede) da Marina ou a galinha (Rede) do Itaú?
Logo após a ex-senadora Marina Silva tentar e não conseguir registrar seu Rede no TSE, o banco Itaú, que tem uma das herdeiras da família Setúbal, Maria Alice Setúbal, como uma das principais apoiadoras da Rede, o banco Itaú, eu dizia, resolveu que seu Redecard passaria a se chamar apenas Rede.
Teria sido apenas uma incrível coincidência? Teria sido feito de caso pensado? Quem nasceu primeiro, o ovo (Rede) da Marina ou a galinha (Rede) do Itaú?
Logo após a ex-senadora Marina Silva tentar e não conseguir registrar seu Rede no TSE, o banco Itaú, que tem uma das herdeiras da família Setúbal, Maria Alice Setúbal, como uma das principais apoiadoras da Rede, o banco Itaú, eu dizia, resolveu que seu Redecard passaria a se chamar apenas Rede.
Ombudswoman da Folha e o rottweiler
Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:
A contratação de Reinaldo Azevedo foi, certamente, uma bofetada nos profissionais da Folha de S. Paulo que, apesar do que o jornal faz, ainda acreditam que existe algum equilíbrio no matutino da Barão de Limeira.
Não porque Reinaldo, como qualquer outro profissional, não tenha direito a trabalhar em qualquer jornal. Tem, mas ninguém o contratou para fazer títulos, leads ou copidesque.
A contratação de Reinaldo Azevedo foi, certamente, uma bofetada nos profissionais da Folha de S. Paulo que, apesar do que o jornal faz, ainda acreditam que existe algum equilíbrio no matutino da Barão de Limeira.
Não porque Reinaldo, como qualquer outro profissional, não tenha direito a trabalhar em qualquer jornal. Tem, mas ninguém o contratou para fazer títulos, leads ou copidesque.
'Reviravolta' nas ruas fortalece Dilma
Por Luiz Carlos Azenha, no blog Viomundo:
Quatro meses se passaram desde o início das grandes manifestações de junho. Uma eternidade na política. Dilma Rousseff termina 2013 fortalecida. O Movimento Passe Livre (MPL), estopim dos protestos que acabaram mirando não só, mas também a presidente, enfraquecido.
Quatro meses se passaram desde o início das grandes manifestações de junho. Uma eternidade na política. Dilma Rousseff termina 2013 fortalecida. O Movimento Passe Livre (MPL), estopim dos protestos que acabaram mirando não só, mas também a presidente, enfraquecido.
Um jornal no banco dos réus
Por Frederico Füllgraf, no Observatório da Imprensa:
Quarenta após o golpe militar que derrubou e matou o presidente democraticamente eleito, Salvador Allende, o dono do conglomerado El Mercurio Sociedad Anónima Periodística, Agustín Edwards Eastman, senta no banco dos réus, processado por crime de homicídio múltiplo. A ação em mãos do juiz Mario Carroza, que também investiga a morte do Prêmio Nobel de Literatura, Pablo Neruda, aponta novo rumo da Justiça chilena na apuração dos crimes da ditadura do general Augusto Pinochet: depois dos militares, o caso Edwards sinaliza que os civis também deverão responder pelos crimes de violação de direitos humanos. Ouvido pelo juiz Carroza em setembro último, Edwards negou tudo. Menos que havia tomado o café da manhã com a CIA.
Quarenta após o golpe militar que derrubou e matou o presidente democraticamente eleito, Salvador Allende, o dono do conglomerado El Mercurio Sociedad Anónima Periodística, Agustín Edwards Eastman, senta no banco dos réus, processado por crime de homicídio múltiplo. A ação em mãos do juiz Mario Carroza, que também investiga a morte do Prêmio Nobel de Literatura, Pablo Neruda, aponta novo rumo da Justiça chilena na apuração dos crimes da ditadura do general Augusto Pinochet: depois dos militares, o caso Edwards sinaliza que os civis também deverão responder pelos crimes de violação de direitos humanos. Ouvido pelo juiz Carroza em setembro último, Edwards negou tudo. Menos que havia tomado o café da manhã com a CIA.
“Eles” somos nós!
Por Marco Piva
Existe um movimento na mídia comercial que precisa ser analisado com a urgência de um vôo de águia e a argúcia de um leopardo. Falo da crítica pela crítica, aquela feita a partir de qualquer situação cotidiana que, amplificada, se transforma em tragédia. Esse tipo de crítica é movida por um sentimento que nunca se sabe ao certo se é legítimo ou se carrega um interesse oculto. Não importa. O resultado é o mesmo: a sensação de que vivemos o desgoverno rumo ao caos.
Existe um movimento na mídia comercial que precisa ser analisado com a urgência de um vôo de águia e a argúcia de um leopardo. Falo da crítica pela crítica, aquela feita a partir de qualquer situação cotidiana que, amplificada, se transforma em tragédia. Esse tipo de crítica é movida por um sentimento que nunca se sabe ao certo se é legítimo ou se carrega um interesse oculto. Não importa. O resultado é o mesmo: a sensação de que vivemos o desgoverno rumo ao caos.
sábado, 26 de outubro de 2013
Ibope mostra oposição em frangalhos
Editorial do sítio Vermelho:
A pesquisa Ibope/Estadão divulgada na última quinta-feira (23), como toda sondagem eleitoral, retrata um momento do quadro político que, por óbvio, pode sofrer alterações. Mas a contundência dos dados revelados lança luz sobre alguns fenômenos que precisam ser considerados pelos campos em disputa.
A pesquisa Ibope/Estadão divulgada na última quinta-feira (23), como toda sondagem eleitoral, retrata um momento do quadro político que, por óbvio, pode sofrer alterações. Mas a contundência dos dados revelados lança luz sobre alguns fenômenos que precisam ser considerados pelos campos em disputa.
Os jantares de Joaquim Barbosa
Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:
Não por acaso, nos dias de hoje o Brasil debate a postura de biografados de prestígio que se acham no direito de romper a garantia constitucional que protege a liberdade de expressão para garantir o privilégio de proibir a divulgação de narrativas que não consideram convenientes.
Em seu esforço para firmar autoridade como um magistrado acima de toda suspeita, o presidente do STF, Joaquim Barbosa, é um crítico permanente do que chama de “conluio” entre juízes e advogados. É uma crítica que tem fundamento.
Não por acaso, nos dias de hoje o Brasil debate a postura de biografados de prestígio que se acham no direito de romper a garantia constitucional que protege a liberdade de expressão para garantir o privilégio de proibir a divulgação de narrativas que não consideram convenientes.
Em seu esforço para firmar autoridade como um magistrado acima de toda suspeita, o presidente do STF, Joaquim Barbosa, é um crítico permanente do que chama de “conluio” entre juízes e advogados. É uma crítica que tem fundamento.
O esfarelamento de Aécio Neves
Por Miguel do Rosário, no blog O Cafezinho:
O Grande Derrotado na pesquisa do Ibope divulgada ontem foi Aécio Neves. Dentre todos os candidatos, ele é o único que só cai. Mesmo com todo o apoio da mídia. Até Serra, cuja rejeição atingiu, segundo o Ibope, cataclísmicos 47%, avançou um pouco na pesquisa, de um mês para cá. A Bíblia diz que todos os homens do pó vieram e ao pó voltarão. No caso de Aécio, ele parece estar voltando a ser poeira antes da hora.
O Grande Derrotado na pesquisa do Ibope divulgada ontem foi Aécio Neves. Dentre todos os candidatos, ele é o único que só cai. Mesmo com todo o apoio da mídia. Até Serra, cuja rejeição atingiu, segundo o Ibope, cataclísmicos 47%, avançou um pouco na pesquisa, de um mês para cá. A Bíblia diz que todos os homens do pó vieram e ao pó voltarão. No caso de Aécio, ele parece estar voltando a ser poeira antes da hora.
Os dilemas do neodesenvolvimentismo
Por Ricardo Musse, na revista Fórum:
A economia brasileira vive atualmente um paradoxo. Os dados indicam que a renda e o consumo não cessam de crescer, com seus valores atingindo picos históricos, enquanto a indústria local, principal fornecedora do mercado interno, patina.
A economia brasileira vive atualmente um paradoxo. Os dados indicam que a renda e o consumo não cessam de crescer, com seus valores atingindo picos históricos, enquanto a indústria local, principal fornecedora do mercado interno, patina.
Internet livre: contagem regressiva
Por Bruno Marinoni, no Observatório do Direito à Comunicação: O Marco Civil da Internet (Projeto de Lei 2126/11) deve ser votado na Câmara dos Deputados até a próxima segunda-feira (28), sob o risco de trancar a pauta da casa. A proposta tramita em regime de urgência, solicitado pela presidenta Dilma Roussef após a descoberta de que os Estados Unidos andavam espionando o Brasil. Com 34 emendas, o texto ainda sofre pressão e corre risco de ser modificado. |
Um mundo 'des-americanizado'
Por Pepe Escobar, no jornal Brasil de Fato:
É isso. A China decidiu que “basta!” Tirou as luvas (diplomáticas). É hora de construir um mundo “des-americanizado”. É hora de “uma nova moeda internacional de reserva” substituir o dólar estadunidense.
Está tudo lá, escrito, em editorial da rede Xinhua, saído diretamente da boca do dragão. E ainda estamos em 2013. Apertem os cintos – especialmente as elites em Washington. Haverá fortes turbulências.
É isso. A China decidiu que “basta!” Tirou as luvas (diplomáticas). É hora de construir um mundo “des-americanizado”. É hora de “uma nova moeda internacional de reserva” substituir o dólar estadunidense.
Está tudo lá, escrito, em editorial da rede Xinhua, saído diretamente da boca do dragão. E ainda estamos em 2013. Apertem os cintos – especialmente as elites em Washington. Haverá fortes turbulências.
Azevedo na Folha e o carreirismo
Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:
As interpretações sobre a contratação do blogueiro da revista Veja Reinaldo Azevedo pelo jornal Folha de São Paulo foram unânimes – até entre o antipetismo – e óbvias: o jornal trouxe para o seu time de colunistas um militante antipetista com vistas a combater com maior ímpeto e virulência a reeleição de Dilma Rousseff, ano que vem.
As interpretações sobre a contratação do blogueiro da revista Veja Reinaldo Azevedo pelo jornal Folha de São Paulo foram unânimes – até entre o antipetismo – e óbvias: o jornal trouxe para o seu time de colunistas um militante antipetista com vistas a combater com maior ímpeto e virulência a reeleição de Dilma Rousseff, ano que vem.
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